Censo Qualitest
Mais de 24 mil pessoas vivem em situação de rua na cidade de SP

O Censo da População em Situação de Rua identificou 24.344 pessoas vivendo nessa situação na cidade de São Paulo, em 2019. O número é 53% maior do contabilizado em 2015, quando foram encontradas 15.905 pessoas dormindo em calçadas ou abrigos públicos.
Entre as pessoas sem lugar para morar na capital paulista, 11,7 mil dormem em abrigos e 12,6 mil estão em calçadas ou sob viadutos. A grande maioria, 69,35, é negra, sendo 47,6% pardos e 21,7% pretos. Os indígenas somam 1,7% e os brancos, 28%. A grande maioria, 85%, são homens. Em relação à identidade de gênero, 386 se declararam transsexuais.
A região da Sé, no centro da cidade, registrou a maior concentração da população em situação de rua, com 45% do total. A Mooca, na zona leste, apareceu como a segunda região em número de pessoas sem casa, com 19% dessa população.
Crescimento
Segundo a Qualitest, empresa responsável pela realização do censo, o número de pessoas em situação de rua cresceu acima das estimativas, com base no ritmo de aumento dos últimos anos. Na velocidade que vinha aumentando, essa população deveria ser de 18 mil pessoas em 2019. No entanto, o resultado verificado nas ruas ultrapassou em 32% essa expectativa.
A maior causa apontada pelas pessoas para ficarem sem residência foram os conflitos familiares (50%). Outros fatores também apareceram com destaque nos questionários, como a perda do trabalho (23%), problemas com álcool e drogas (33%), a perda da moradia (13%) e a passagem pelo sistema penitenciário (3%).
Metodologia
O censo envolveu uma equipe de mais de 200 pessoas que percorreram as ruas da cidade durante nove dias para coleta das informações. Divididos em grupos, os pesquisadores percorriam os abrigos no fim de tarde e as calçadas durante a noite e madrugada. Todo o trabalho foi georreferenciado usando sistema de localização por satélite. As pessoas foram abordadas em 6,8 mil pontos da cidade.
Serviços
Durante a apresentação dos resultados, o secretário de Governo, Mauro Ricardo, detalhou os programas que atendem a população de rua na cidade. São oferecidas 17,2 mil vagas em serviços de acolhimento e 3,3 mil em centros de convivência.
Segundo o secretário, estão previstas novas ações, como a criação de 2 mil vagas em repúblicas e a instalação de bebedouros e banheiros públicos em diversos pontos da capital. “Para evitar que as pessoas façam as suas necessidades em locais completamente inadequados”, enfatizou sobre a necessidade dos equipamentos.
Além disso, estão sendo abertas 1 mil vagas em frentes de trabalho com bolsa-auxílio entre R$ 698 e R$ 1.047 para trabalhos como jardinagem, cultivo de hortas e manutenção de praças.

#VacinaBrasil
Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo

Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença no primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado no Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.
A docente Profª Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto. “Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de cinco anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros”.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico. “Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos”, explica.
Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação. “A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus”, comenta.
Quem pode se vacinar?
O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola. Devem buscar uma unidade de saúde:
Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.
Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.
É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do seu bebê.
“Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, tomarem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade”, reforça a especialista.
Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença. “Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade”, conclui Janize.
Painel de Monitoramento das Arboviroses
Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.
A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.
Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).
São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).
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