Saúde
Inverno chegou! Saiba como fazer para cuidar da pele na estação
No próximo dia 20 de junho começa o inverno no Brasil. É nesta temporada que a umidade do ar baixa e as temperaturas ficam mais frias, o que ocasiona a diminuição na transpiração corporal. Todos esses fatores fazem com que a pele do corpo e rosto fique mais seca e seja necessária uma hidratação mais potencializada.
Nesta época do ano é comum que o banho seja mais quente, o que provoca uma remoção da oleosidade natural de forma mais intensa e, por consequência, o ressecamento.
De acordo com o dermatologista Erasmo Tokarski o clima frio e seco pode deixar a pele com aspecto esbranquiçado, o que indica a desnaturação das proteínas. Para evitar tais sintomas é importante fazer hidratações corporais mais profundas e investir em uma alimentação saudável, rica em vitaminas e antioxidantes, o que pode trazer benefícios em longo prazo. O dermatologista também ressalta que é imprescindível a ingestão de água para conservar a hidratação da pele e de todo o organismo.
“Durante o inverno, é muito comum que as pessoas diminuam a ingestão de líquidos, um erro brutal. Um corpo hidratado apresenta uma pele macia e elástica”, afirma Tokarski. E o profissional ainda dá uma dica: “As pessoas que têm dificuldade em tomar água durante esta estação podem ingerir chás claros ou de frutas, dividindo a quantidade indicada de dois litros ao dia, entre água e chás”, explica.
Mas calma, o inverno não é tão vilão assim. Segundo o profissional, o inverno também tem suas vantagens. Para o especialista em pele a estação é uma boa época para realizar alguns tratamentos estéticos e dermatológicos.
“É o melhor momento para a realização de peelings, tratamentos a laser, etc. A depilação a laser, bastante procurada, requer a ausência de exposição ao Sol, principalmente se ela for feita em áreas expostas como por exemplo o rosto”, pontua.
Doenças de inverno
O médico Erasmo Tokarski ainda ressalta que, durante o inverno, algumas doenças podem aparecer por causa do ressecamento da pele. Entre elas, a dermatite seborreica, a dermatite atópica e psoríase. Portanto, além da hidratação é preciso ficar atento aos sinais que o corpo oferece e procurar um especialista sempre que perceber algo de diferente.
“Algumas pessoas têm alergias a cremes, óleos e, por isso, deixam de hidratar a pele. Outras, negligenciam os primeiros indicativos de que algo não vai bem com a pele do corpo. É preciso ter disciplina e cuidado diariamente”, alerta.
O profissional explica sobre as doenças mais comuns neste período:
Dermatite seborreica: ocorre principalmente nas regiões que contenham pelos, como face e couro cabeludo. É uma descamação da pele causada pela desregulação sebácea. As manifestações mais frequentes são caracterizadas pela oleosidade, descamação e coceira.
Dermatite atópica: são lesões cutâneas que se manifestarem e pode atingir a face, tronco e membros. Na infância, as lesões são avermelhadas e descamam. Nos adolescentes e adultos, as lesões localizam-se preferencialmente nas áreas de dobras da pele, como a região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços. A pele destes locais torna-se mais grossa, áspera e escurecida.
Psoríase: é uma doença da pele crônica e não contagiosa. Atinge homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento e pode atuar como fator desencadeador de uma predisposição genética. A real causa da psoríase ainda é desconhecida.