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Doença vascular grave

Internações por trombose venosa no Brasil chegam a casa de 165 por dia

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Trombose venosa
Foto/Imagem: Freepik


Recentemente, o Brasil bateu recorde de internações em decorrência da trombose venosa, aumentando o alerta e a preocupação com esta doença vascular potencialmente grave. Estudo feito pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) com dados do Ministério da Saúde, mostrou que em 2023 uma média de 165 pessoas foram hospitalizadas diariamente na rede pública para receber tratamento contra a trombose. Além disso, mais de 489 mil brasileiros foram internados em decorrência da condição entre 2012 e no ano passado.

Em um cenário mundial, estima-se que a trombose afete cerca de 1 em cada 1.000 pessoas, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas afinal o que é a trombose e como tratá-la?

A trombose é caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos nas veias, frequentemente identificada na região das pernas, tendo como principais sintomas dor e inchaço nas pernas, que podem evoluir para complicações mais graves, como a embolia pulmonar. Para identificar a trombose, existem alguns sinais que podem ser notados:

  • Inchaço e dor na região do coágulo;
  • Vermelhidão e calor excessivo no local afetado;
  • Sensação de peso na região;
  • Rigidez na musculatura.

A especialista em cirurgia vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Carol Mardegan, destaca que ao identificar estes sinais adjuntos aos sintomas comuns, é imprescindível procurar por ajuda especializada. “Buscar acompanhamento médico é essencial e, depois do diagnóstico feito pelo médico, é fundamental continuar o tratamento”, explica.

Para quem tem histórico familiar e quer se prevenir, Carol dá algumas dicas. “A prevenção é igualmente necessária ao acompanhamento médico, para isso, evitar o sobrepeso, o consumo excessivo de álcool, tabagismo e o colesterol alto são opções ideais para quem não quer lidar com a trombose no futuro”, salienta a especialista.

Já para os portadores da trombose que pretendem conviver melhor com a condição, a especialista também tem orientações. “Agora, com o verão e com as altas temperaturas, os sintomas tendem a ser potencializados, assim como acontece com as varizes. Se manter hidratado, utilizar meias elásticas, roupas e calçados confortáveis e tentar ao máximo se manter em movimento, podem amenizar as dores e ajudar durante o dia-a-dia”, diz Carol.

A especialista ainda alerta para o risco de agravamento dos sintomas durante viagens longas. Segundo a cirurgiã, o longo período sentado em viagens faz com que a circulação sanguínea fique mais lenta, aumentando o risco de formação desses coágulos e, consequentemente, agravando as dores.

Em viagens de carro, como reduzir os sintomas?

Para reduzir a incidência dos sintomas da trombose durante viagens de carro, a especialista recomenda algumas medidas simples. “Faça paradas a cada duas horas para esticar as pernas e caminhar por alguns minutos. Movimente os pés e as pernas durante o trajeto e evite apertar as pernas ou cruzá-las durante muito tempo”, indica Mardegan.

E em viagens aéreas, como sentir menos dores?

Já em viagens aéreas, onde o tempo prolongado sentado é ainda maior, a especialista sugere algumas estratégias adicionais para aliviar os sintomas. “Além de movimentar as pernas regularmente durante o voo, é importante usar meias de compressão elástica, que ajudam a estimular o fluxo sanguíneo. Também é recomendado evitar o consumo excessivo de álcool e se manter hidratado durante a viagem”, orienta a especialista.

A prevenção é fundamental para evitar complicações relacionadas à trombose. Portanto, se você está planejando uma viagem longa agora no final do ano, seja de carro ou avião e sofre com a trombose, tente ao máximo manter o acompanhamento médico antes das viagens. Cuide da sua saúde e desfrute de uma viagem segura e confortável.

26 de abril

Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

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Ao Vivo de Brasília
hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.

O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.

Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.

Sinais de pressão alta

Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.

Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.

“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.

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Sem fake news

Vacina contra gripe é segura e não causa a doença

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Ao Vivo de Brasília
Vacina gripe SUS
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o “inverno amazônico”, período de chuvas de dezembro a maio.

Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.

“Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana”, avisa . “Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito”, ela complementa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

Verdade e  fake news

Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas:

MENTIRA: “A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe”

VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.

MENTIRA: “A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas”

VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos.  Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.

MENTIRA: “A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia”

VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.

MENTIRA: “A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar”

VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.

MENTIRA: “Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid”

VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.

Vacina atualizada

Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano.

Quem deve se vacinar contra a gripe

  •  Idosos;
  •  Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  •  Gestantes e puérperas;
  •  Povos indígenas;
  •  Pessoas em situação de rua;
  •  Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  •  Pessoas com deficiência permanentes;
  •  População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens;
  •  Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.
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