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IPCA e INPC

Inflação em Brasília diminuiu no primeiro semestre de 2016, segundo IBGE

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado do primeiro semestre de 2016 em Brasília diminuiu em relação ao mesmo período de 2015 — passou de 4,78% para 2,76%. Os dados foram levantados em pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 13 capitais brasileiras e divulgada nesta quarta-feira (13) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), na sede da empresa.

O índice semestral de Brasília é o menor entre as cidades que fizeram parte da pesquisa. No entanto, o gerente de Contas e Estudos Setoriais, da Codeplan, Jusçanio de Souza, salientou que a inflação ainda é preocupante. “Apesar de o índice ter diminuído, ainda é assustador chegar ao mercado e ver uma caixa de leite por mais de R$ 5”, observou.

Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES) tiveram IPCA maior do que o de Brasília nesse semestre. A capital do Espírito Santo teve o resultado mais próximo ao do DF — 3,18%. O valor mais alto foi o de Fortaleza, 5,41%.

Queda nos preços administrados
O gerente de contas explicou durante a divulgação da pesquisa que uma das razões para a diminuição do percentual de inflação em Brasília é a queda nos preços administrados — que estão relacionados a contratos e podem ser estabelecidos pelo governo — de 10,92% no primeiro semestre de 2015 para 0,96%, em 2016.

Se de um lado houve queda, de outro os preços livres aumentaram. Eles se dividem em comercializáveis e não comercializáveis. O primeiro teve pouca alteração, com diminuição de 3,49% para 3,43%. O segundo elevou de 2,88% para 3,23%. Os grupos de consumo que mais tiveram impacto nos valores foram habitação e alimentação e bebidas, com acréscimo nos valores, e artigos de residência e transportes, com deflação.

Para o cálculo do IPCA, são consideradas famílias com rendimento de até 40 salários mínimos por mês e que habitam regiões urbanas.

Além dos valores semestrais, foram apresentados dados sobre o IPCA de junho e dos últimos 12 meses. Em Brasília, o índice ficou em 0,11% em junho, o terceiro menor das cidades avaliadas. Das 13, a única que teve deflação foi Porto Alegre, com -0,02%. É o quarto mês consecutivo em que o Distrito Federal se encontra entre os três menores índices. Em um ano, o valor acumulado na capital do País foi de 7,55%, abaixo da média nacional, de 8,84%.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Além do IPCA, a Codeplan divulgou a pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também do IBGE. Os valores de inflação do INPC acompanharam a diminuição do IPCA, com acumulado no semestre de 2,99%, mensal de 0,28% e dos últimos 12 meses de 8,59%. Todos abaixo da média nacional.

O INPC considera famílias com até cinco salários mínimos. Segundo o gerente de contas, há uma tendência nacional de diminuição tanto do IPCA quanto do INPC.

Preço de frutas e legumes diminuíram em junho
A Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) apresentou o Índice Ceasa do Distrito Federal na mesma ocasião. O ICDF indicou deflação porque o preço das frutas, dos legumes e das verduras diminuíram em junho. Mesmo com o aumento do valor dos ovos e dos grãos, que têm pouca influência sobre o cálculo, o resultado final foi de redução.

O economista do Ceasa Fernando Cabral salientou, porém, que a tendência é que os preços cresçam nos próximos meses. Ele também explicou que o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, em novembro de 2015, trará consequências para o setor a partir de agosto. “Aquela região é uma grande produtora de banana-da-terra e de mamão”, exemplifica.

O diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da Codeplan, Aldo Paviani; o diretor administrativo-financeiro da empresa pública, Antônio Fucio de Mendonça Neto; e o agrônomo do Ceasa Marcos Franco também participaram da divulgação dos resultados das pesquisas.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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