Exames mostram alterações
Infecções de repetição podem indicar imunidade baixa, diz especialista

A imunidade é um fator essencial para a defesa do organismo contra ameaças externas, como bactérias, vírus e outros agentes patogênicos. Quando o sistema imunológico não está funcionando adequadamente, o corpo pode tornar-se mais suscetível a infecções recorrentes, também chamadas de ‘infecções de repetição’, o que compromete a qualidade de vida. Elas podem manifestar-se em diferentes formas, incluindo infecções respiratórias, urinárias, cutâneas e gastrointestinais, entre outras.
Os sintomas podem variar, mas a frequência e a gravidade dessas doenças servem como um alerta para a necessidade de investigação a respeito das causas, principalmente, se têm a ver com a baixa imunidade. Consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, o infectologista Marcelo Cordeiro cita as infecções respiratórias como exemplo e explica as principais possíveis causas.
“Um sistema imunológico comprometido devido a doenças crônicas, tratamentos médicos como quimioterapia, ou deficiências imunológicas, torna o organismo mais suscetível a infecções. O tabagismo e a poluição do ar também aumentam esse risco. Outro caso é o de pessoas com alergias respiratórias, como rinite alérgica, que podem causar inflamação crônica nas vias aéreas e aumentar o risco de infecções”, pontua o especialista.
Sinais de imunidade baixa
Quando a imunidade está baixa, o corpo costuma dar sinais de que algo não vai bem. Além de infecções frequentes, o indivíduo pode também sentir cansaço excessivo, ter queda de cabelo, febres e calafrios frequentes, náuseas, vômitos e diarreia. Quando isso acontece, é hora de procurar um médico e verificar a necessidade de realizar exames para confirmar o quadro de imunidade baixa.
“Existem alguns exames de sangue que podem auxiliar o médico nessa investigação, dentre eles o hemograma [analisa componentes do sangue], dosagens de imunoglobulinas (IGM, IGG, IGA, IGE) – que são proteínas que circulam no sangue-, subclasses de IgG (1,2,3,4) – ligados aos anticorpos humanos, e dosagens de linfócitos T [células imunológicas] e B [produção de anticorpos]”, explica a biomédica e assessora científica do Grupo Sabin, Gabriele Mesquita.
Além da imunidade, o médico pode solicitar exames específicos para detectar as causas de infecções recorrentes. “Realizamos o painel molecular para infecções respiratórias causadas por vírus e bactérias. Temos também a cultura de secreções do ouvido, para doenças nessa região, e a cultura do trato urinário para infecções urinárias, dentre outros exames a depender do tipo de infecção que se quer investigar”, diz a profissional.
Cuidados
A prevenção para cada tipo de infecção recorrente pode variar a depender do órgão acometido, no entanto, a dica comum a todos é buscar fortalecer a imunidade. “É importante ter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, incluindo frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais. Praticar atividades físicas também fortalece o corpo e estimula o sistema imunológico. Outra dica é ter atenção à saúde do sono, permitindo que o corpo descanse bem. Por fim, é não fumar e evitar exposição a poluentes do ar”, orienta o médico Marcelo Cordeiro.
De acordo com o infectologista, é importante também manter o calendário vacinal em dia. “Se imunize conforme as orientações médicas, especialmente para gripe e pneumonia, que podem levar a complicações respiratórias”, ressalta. Além da rede pública, os imunizantes também estão disponíveis na rede privada, com vantagens que vão desde atendimento em casa até vacinas que só podem ser encontradas neste setor.
Sobre o Sabin
Referência em saúde, destaque em gestão de pessoas e liderança feminina, dedicado às melhores práticas sustentáveis e atuante nas comunidades onde está presente, o Grupo Sabin nasceu na capital federal, fruto da coragem e determinação de duas empreendedoras, Janete Vaz e Sandra Soares Costa, em 1984.
Presente em 15 estados, além do Distrito Federal, a empresa oferece serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental às 78 cidades em que está presente e atende mais de 6,5 milhões de clientes ao ano em 350 unidades distribuídas de norte a sul do país.
O ecossistema de saúde do Grupo Sabin integra um portfólio de negócios que contempla análises clínicas, diagnósticos por imagem, anatomia patológica, genômica, imunização e check-up executivo. Além disso, contempla também serviços de atenção primária, contribuindo para a gestão de saúde de grupos populacionais por meio de programas e linhas de cuidados coordenados, com a Amparo Saúde, e a plataforma integradora de serviços de saúde – Rita Saúde – solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
-
Economia
GDF vai classificar dívidas ativas para tentar reduzir inadimplência
-
Taguatinga
Alameda Shopping celebra Páscoa com feira temática e programação especial
-
E aniversário de Brasília
Semana Santa: confira o que abre e o que fecha no feriado prolongado
-
Perigos das redes
Desafio do desodorante: psicóloga faz alerta após morte de criança
-
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença
-
Acesso livre
Brasília 65 anos: tudo sobre a programação, transporte e segurança
-
Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite
-
Continua acumulada
Mega-Sena 2854 pode pagar prêmio de R$ 50 milhões neste sábado (19)