45 mil casos por ano
INCA: câncer de intestino é o terceiro tumor maligno mais recorrente no Brasil
São estimados mais de 45 mil novos casos de câncer de intestino grosso, também chamado de câncer colorretal, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse tipo de câncer ocupa a terceira posição entre os mais frequentes no Brasil, e pode atingir tanto homens quanto mulheres, embora seja mais incidente na população masculina.
O câncer de intestino é um tumor maligno, que se desenvolve no intestino grosso (colón) ou em sua porção final (reto). É uma doença que surge a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como os pólipos, lesões pequenas que crescem nas paredes do intestino e servem de alerta ao paciente.
“O câncer colorretal costuma ser silencioso e, de modo geral, causa sintomas apenas em estágios mais avançados”, explica Sérgio Teixeira, diretor médico da Ferring Brasil. Sangue nas evacuações, alterações no hábito intestinal, constipação, cólicas e inchaço abdominal podem ser indicadores do problema.
Além disso, existem sintomas pouco específicos que podem estar presentes também em outras doenças, como fadiga, perda de peso e anemia crônica. A melhor forma de investigar esses sinais e confirmar ou descartar a presença de câncer de intestino é com exame de colonoscopia.
Na maioria dos casos, a colonoscopia deve ser feita entre 45 e 50 anos, com intervalos de 3 a 10 anos, a depender da recomendação médica. Se houver histórico familiar de câncer de intestino ou retocolite ulcerativa, a colonoscopia pode ser realizada antes.
O procedimento capta imagens da porção final do intestino delgado, do intestino grosso e do reto. Além de tumores, o procedimento pode detectar outras enfermidades, como doenças inflamatórias.
Entre os fatores que podem aumentar o risco de câncer de intestino estão obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada (principalmente dietas ricas em ultraprocessados), tabagismo e alcoolismo. É importante enfatizar que apresentar um fator de risco não significa que a doença se desenvolverá.
Após diagnóstico e identificação do estadiamento da doença, o paciente deve discutir com o médico qual tratamento será utilizado, considerando os benefícios à saúde e os possíveis efeitos colaterais. Atualmente, os pacientes podem contar com tratamento local, como cirurgia e radioterapia, e o tratamento sistêmico, que inclui a administração de medicamentos via oral ou via intravenosa, como quimioterapia e imunoterapia.
Ações imediatas e eficazes
TCDF determina medidas urgentes para o combate à dengue no DF
Em decisão unânime, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou que a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) adote ações imediatas e eficazes para reforçar o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, como a dengue. A decisão foi tomada após uma inspeção do Tribunal, que revelou falhas graves nas ações preventivas realizadas pela pasta, incluindo a ausência de registros informatizados das visitas domiciliares.
Risco para estudantes
Em visita à Região Administrativa de Ceilândia na terça-feira, dia 28 de janeiro, o presidente do TCDF, conselheiro Manoel de Andrade, inspecionou áreas abandonadas perto de unidades da Rede Pública de Ensino.
O terreno ao lado do Centro de Educação da Primeira Infância Jasmin e do Centro de Ensino Fundamental 02 está repleto de entulho e lixo, aumentando o risco de proliferação do mosquito. A creche e a escola atendem cerca de mil estudantes, incluindo de setores de maior vulnerabilidade social, como o Pôr do Sol e o Sol Nascente. “É preciso agir preventivamente para evitar outra epidemia como a do ano passado”, afirmou o presidente da Corte.
No entorno do Centro de Atenção Integral à Criança – Caic Professor Anísio Teixeira, onde estudam cerca de 450 alunos, também há muito entulho e risco de contaminação por dengue. A área em volta do EduSesc e do Centro de Atividades do Sesc, escola particular também na Ceilândia, é utilizada para descarte irregular de lixo e entulho, podendo servir de criadouro do mosquito transmissor da doença. “É inadmissível que a administração pública não cuide disso. O combate à dengue é uma missão de todos, mas o Estado tem que ir na frente”, defendeu o presidente do TCDF.
Equipes insuficientes
A fiscalização do TCDF identificou uma insuficiência significativa no número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em todas as Regiões Administrativas do DF, contrariando parâmetros ideais definidos pelas diretrizes nacionais. Em áreas como Plano Piloto, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Guará, Riacho Fundo I, Taguatinga e Candangolândia, o déficit ultrapassa 80% do ideal. Já Riacho Fundo II e Fercal estão um pouco mais próximas do recomendado, com 63% e 92% da força de trabalho necessária, respectivamente.
A auditoria ainda revelou que o número de Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS) também é inadequado. Atualmente, cada agente precisaria cobrir, em média, 2.345 imóveis, o que compromete gravemente a eficácia das ações de controle da dengue.
Determinações
Diante desse cenário, o Tribunal exigiu que a SES/DF realize com urgência um diagnóstico detalhado para dimensionar o número adequado de profissionais, tanto AVAS quanto ACS, para atender à demanda de forma eficaz. A secretaria deverá apresentar um plano com cronograma de implementação para garantir a efetividade das ações de controle da dengue.
Outra determinação do Tribunal é a criação de um sistema informatizado para registrar as visitas domiciliares dos agentes, integrando essas informações aos sistemas de saúde já existentes. A SES/DF também deverá desenvolver um sistema de monitoramento contínuo das medidas de controle, permitindo ajustes rápidos conforme as variações dos indicadores de saúde.
O TCDF recomendou ainda que a SES/DF adote um regime de zoneamento para que os AVAS atuem em áreas próximas às suas residências, otimizando os recursos e melhorando a territorialização, alinhando-se às diretrizes da Atenção Primária à Saúde.
Essas medidas visam a intensificar o combate à dengue, especialmente durante os períodos quentes e chuvosos, quando há um aumento significativo na transmissão da doença. Em 2024, o Distrito Federal enfrentou uma epidemia de dengue. Nos três primeiros meses daquele ano, foram registrados 217 mil casos prováveis, superando o acumulado dos cinco anos anteriores, que somaram cerca de 214 mil casos.
Qdenga
Menos de 20% do público-alvo no DF foi imunizado contra a dengue
Apenas 18,9% das crianças e dos adolescentes de 10 a 14 anos no Distrito Federal receberam as duas doses da vacina contra a dengue, que garante a imunização contra a doença. Os dados são da Secretaria de Saúde do DF.
Segundo a pasta, nem a metade das crianças e dos adolescentes na faixa etária definida como público-alvo recebeu a primeira dose contra a dengue no Distrito Federal – a cobertura, neste caso, é de 46%.
A Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda Pharma e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), começou a ser distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024, em duas doses, com intervalo de 90 dias.
Por causa da capacidade limitada do fabricante, a distribuição das doses adquiridas pelo governo brasileiro precisou ser restrita ao grupo com idade entre 10 e 14 anos, que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois dos idosos.
Alerta
Neste mês, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. O imunizante está disponível para 1,9 mil cidades onde a doença é mais frequente. Entretanto, apenas metade das doses distribuídas aos estados e municípios foi aplicada.
De acordo com a Ministério da Saúde, de janeiro de 2024 a 20 de janeiro de 2025, foram distribuídas 6.370.966 doses. A Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) indica que somente 3.205.625 foram aplicadas até o momento.
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