Curta nossa página

Saúde em dia

Imunização no DF alcança altos índices de cobertura vacinal em 2024

Publicado

Imunização no DF 2024
Foto/Imagem: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF


Os índices de cobertura vacinal em crianças de até um ano de idade no Distrito Federal foram os maiores dos últimos três anos. Até agosto de 2024, as doses de BCG – protege contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa -, hepatite B ao nascer, meningo C (meningite e meningococcemia) e a primeira da tríplice viral alcançaram 100% de cobertura. Comparado a 2023, também houve um aumento no percentual de outros imunizantes como rotavírus, poliomielite e febre amarela.

O acesso ampliado a vacinas é, segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, uma importante ferramenta para o bem-estar da sociedade. “A imunização é uma das estratégias mais eficazes de proteção da saúde pública, prevenindo doenças, controlando surtos e salvando vidas. Elas evitam hospitalizações, óbitos e que enfermidades já erradicadas retornem ao nosso território”, lembra.

Ações fora das salas de vacina e busca ativa por parte dos profissionais de saúde também mostraram resultados. De janeiro ao início de dezembro deste ano, foram aplicadas mais de 2,2 milhões de doses de rotina, especiais e de campanhas para todas as faixas etárias, como covid-19 e gripe (influenza). São esses servidores que orientam as famílias sobre esquemas vacinais e promovem o amparo coletivo, especialmente em escolas públicas e unidades básicas de saúde (UBSs).

“Na linha de frente da prevenção, os trabalhadores da Atenção Primária do DF transformam cada dose de vacina em proteção, cuidado e esperança para toda a comunidade”, aponta a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (Coaps), da Secretaria de Saúde (SES-DF), Sandra Araújo de França.

Busca ativa

Um dos principais públicos da busca feita pelos profissionais da pasta são crianças e adolescentes. O Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Saúde (MS), por exemplo, promove o bem-estar no ambiente educacional. Por meio de uma parceria entre a SES-DF e a Secretaria de Educação (SEEDF), estudantes recebem informações e têm acesso facilitado aos imunizantes. Neste ano, foram mais de 58 mil doses aplicadas em cerca de 500 ações nas escolas públicas da capital.

Os servidores não pararam por aí. Entre julho e agosto de 2024, as equipes de saúde tocaram as campainhas de 4,7 mil imóveis espalhados por todo o DF. O objetivo era conferir os esquemas de vacinação das crianças e, se fosse o caso, realizar a aplicação da dose ali mesmo. Na bolsa térmica que carregavam, os principais imunizantes do calendário de rotina; por exemplo: contra a poliomielite e o sarampo.

A tecnologia foi também uma aliada da vacinação com o envio de mensagens de WhatsApp sobre doses atrasadas do público infantojuvenil. Iniciado em julho deste ano, o projeto, contudo, não manda ou pede dados sigilosos; apenas informa e incentiva os responsáveis a levarem seus filhos aos pontos de imunização.

Segundo a gerente da Rede de Frio da SES-DF, Tereza Luíza Pereira, o engajamento da população e dos pais é fundamental para que a proteção coletiva funcione. “Se a pessoa não vê a doença, ela acha que não existe. Mas ainda não chegamos lá [em todas as metas]. Precisamos que os responsáveis compareçam, levem os filhos e o cartão de vacina. Para várias dessas doses, falta muito pouco alcançar os índices”, explica.

Vacinação extramuros

Ao longo deste ano, não bastassem as 151 salas de vacina, a SES-DF facilitou ainda mais o acesso aos imunizantes, levando doses a espaços de grande circulação. Foram mais de 300 ações em feiras, shoppings, mercados, parques, igrejas, zoológico, órgãos públicos e rodoviária. Somado às escolas e ao Carro da Vacina, como resultado em 2024, as equipes aplicaram 127 mil vacinas fora das UBSs.

Para alcançar ainda mais pessoas, a imunização recebeu um dia só dela no DF. Em 13 de abril, o Dia D de Vacinação contou com mais de 90 locais de atendimento, registrando 14 mil doses aplicadas em um único dia. Alguns pontos também foram disponibilizados em eventos públicos, como o GDF Mais Perto do Cidadão e o Saúde Mais Perto do Cidadão, e em outros tradicionais como Pentecostes e o Festival Capital Moto Week.

Modificações no calendário

O ano de 2024 trouxe também mudanças no calendário de rotina. Em 4 de novembro, a vacina contra a poliomielite, conhecida como “gotinha” por via oral, passou a ser ofertada apenas de forma injetável. O novo esquema vacinal é em três doses, aos 2, 4 e 6 meses; e uma dose de reforço aos 15 meses da criança.

A gerente da Rede de Frio explica que a mudança se deu por recomendação internacional. “Assim como com a varíola, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem o objetivo de erradicar a pólio do planeta”, completa. Ela explica ainda que, em 2025, a ideia é atualizar o plano contra a poliomielite com a nova realidade do imunizante.

Essa alteração, no entanto, não tira a importância do personagem querido das crianças. “A gotinha teve um papel fundamental no controle da pólio. Sua suspensão, contudo, não significa a aposentadoria do Zé Gotinha, que continua como o principal símbolo da saúde no país”, ressalta a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.

Decisão do Ministério da Saúde (MS), o imunizante contra a covid-19 passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos, bem como para crianças de 6 meses a 4 anos. A medida foi tomada com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no país.

Outra diferença foi a ampliação do acesso a imunobiológicos especiais indicados a pessoas em condições específicas, como imunocomprometidos, pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diabéticos, cardiopatas, pneumopatas (pulmões), nefropatas (rins), prematuros, dentre outros.

O serviço já era disponibilizado nas salas de vacina dos hospitais regionais da Asa Norte (Hran), Ceilândia (HRC), Taguatinga (HRT) e Gama (HRG). Neste ano, passou a ser ofertado também em 26 UBSs, além do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), localizado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

Resposta à epidemia

Frente aos altos índices no início do ano, uma nova vacina entrou no rol da saúde pública: a da dengue. Com orientação do MS, o imunizante foi disponibilizado para a faixa etária de 10 e 11 anos. No primeiro dia da campanha, em 9 de fevereiro, 3,6 mil doses foram aplicadas.

Mais tarde, o público-alvo foi ampliado para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, mantendo-se até hoje. Apesar de a SES-DF ter superado a marca de 100 mil doses contra a dengue, cerca de 84,4% desse grupo estão com o esquema vacinal incompleto.

De acordo com os dados da pasta, somente 46% dessa faixa etária tomaram a primeira dose e 18,9% completaram o ciclo com a segunda aplicação. A meta é chegar a 90%. Ainda há 35 mil doses em estoque na Rede de Frio Central (GRF). “O período de chuvas constantes acende o alerta para que o esquema seja completado. Continuem imunizando e protegendo seus filhos”, reforça a secretária de Saúde.

Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

CONTINUAR LENDO

Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2024 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense