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Técnica inovadora

Hospital de Santa Maria começa a fazer cirurgia para diabetes

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Foto/Imagem: Davidyson Damasceno/IGESDF


O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) começou a realizar cirurgia metabólica para diabetes do tipo 2. Trata-se de uma das técnicas mais inovadoras para controlar a doença e prevenir complicações como cegueira e insuficiência renal. A oferta do novo serviço só foi possível após a unidade receber investimentos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) para compra de materiais e contratação de profissionais da saúde, como anestesistas e clínicos médicos.

“A previsão é de operar toda sexta-feira e sábado no HRSM, que tem equipamentos de última geração e acompanhamento diferenciado. O instituto adquiriu todos os materiais necessários para fazer essa cirurgia da maneira mais atual que existe e, nós, somos cirurgiões da rede com capacitação para realizar esse procedimento”, explicou o coordenador do Serviço de Cirurgia Metabólica para Diabetes da Secretaria de Saúde, Renato Alves.

Segundo ele, diversos pacientes já foram beneficiados neste mês. “Eles evoluíram muito bem e estão em pós-operatório já com o diabetes controlado e sendo acompanhados por diversos profissionais”, disse.

O presidente do IGESDF, Francisco Araújo, ressalta a importância desse investimento para a saúde pública do Distrito Federal, tendo em vista que o índice de mortalidade e de sequelas provocadas pela doença é considerado alto. “O Ministério da Saúde gasta mais de R$ 1 bilhão por ano somente com medicamentos, o que representa um custo muito elevado. Esses recursos, economizados, poderão ser investidos em outras melhorias”, destacou Araújo.

Bypass Gástrico

A cirurgia metabólica, chamada de Bypass Gástrico, modifica a produção de substâncias pelo organismo. “Deixamos o estômago com maior longitude. O procedimento não causa muita restrição; assim, o paciente tem mais facilidade de se alimentar. O tempo médio da duração da operação é de 45 minutos após o paciente ter sido anestesiado”, explicou.

A alta pode ocorrer em um ou dois dias, quando não há complicações. O paciente é preparado por uma equipe multiprofissional composta por psicólogo, fisioterapeuta, psiquiátrica, endocrinologista, cirurgiões e clínicos de forma a garantir um tratamento integral.

“O procedimento ocorre de acordo com a especificidade de cada paciente. Com essa cirurgia, podemos tratar não só diabetes, mas obesidade e refluxo, porém com modificações entre as técnicas cirúrgicas”, ressaltou o médico. O Hospital de Santa Maria está fazendo inicialmente as operações apenas para tratar o diabetes e, em breve, devem começar cirurgias para tratamento de obesidade.

Doença

O diabetes é uma das maiores causas de morte no mundo, já que ele é fator de surgimento do infarto agudo do miocárdio e de outras doenças. “Com essa cirurgia, não estamos apenas evitando mortes. O diabetes também causa cegueira, insuficiência renal, acidente vascular cerebral, amputação”, alertou Renato Alves.

O supervisor do serviço de cirurgia do aparelho digestivo, da Secretaria de Saúde, Adriano Guimarães Ibiapina, também ressaltou que, muitas vezes, até mesmo quando o paciente com diabetes está sendo acompanhado, tomando todos os remédios, pode sofrer com as consequências da doença.

“Essa cirurgia é um dos recursos para controlar a doença, evitando essas sequelas e morbidade. Por isso, o atendimento que o IGESDF está oferecendo no Hospital de Santa Maria é como uma vanguarda para o Centro-Oeste e o Brasil, trazendo grande benefício à população”, ressaltou.

No Brasil, a cada mil pessoas com diabetes do tipo 2, um total de 27 morrem, por ano, devido a infarto do miocárdio. Metade das pessoas com diabetes do tipo 2 vão desenvolver doença renal grave.

Aproximadamente, 80% das pessoas em hemodiálise têm diabetes. Além disso, um paciente, a cada dez, terá comprometimento grave da visão. A amputação é 20 vezes mais comum em pacientes com diabetes.

Xô, Aedes!

Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue

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Ao Vivo de Brasília
Combate à dengue GDF
Foto/Imagem: Freepik

O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.

“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.

O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.

Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.

Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.

Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.

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Estoque crítico

A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue

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estoque Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Divulgação/Hemocentro

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.

“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.

A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.

O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.

Como funciona a senha preferencial

A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

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