Saúde
Hospital de Santa Maria avança no controle on-line de medicamentos
Até o final deste ano, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o segundo maior da rede de saúde pública do Governo do Distrito Federal (GDF), está avançando na implantação do sistema de rastreabilidade de medicamentos.
O projeto pioneiro lançado em junho foi ativado na farmácia satélite do Centro Cirúrgico, o quarto setor incluído na experiência. Em agosto, o controle on-line estará no Centro Obstétrico e em todos os setores no final de 2023.
No início, a iniciativa foi aplicada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto, na Maternidade e na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal (Ucin).
O avanço do projeto-piloto foi destacado pela superintendente do HRSM, Eliane Abreu. “Com a proposta de melhoria dos processos, a implantação da rastreabilidade no Centro Cirúrgico, visa o aprimoramento da segurança do paciente no que tange à cadeia medicamentosa, cumpre com as exigências dos órgãos de controle e entrega eficiência operacional em toda a cadeia, desde a compra do medicamento até o uso dele no paciente”, detalhou.
Trata-se de iniciativa pioneira do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela administração do HRSM, além do Hospital de Base do DF e das 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Segurança e economia
O objetivo principal da experiência é garantir maior segurança aos pacientes quanto ao uso de medicamentos e melhor aplicação dos recursos públicos. Tudo isso por meio de monitoramento informatizado e em tempo real de todos os medicamentos.
Um dos resultados almejados é estabelecer desperdício zero no HRSM, evitando, por exemplo, o que acontece quando finda o prazo de validade dos medicamentos adquiridos. A meta será atingida com a implantação completa de rastreabilidade em todos os setores do HRSM.
É o que prevê o assessor Fulvio Fontana, da superintendência do Hospital, ao detalhar que o sistema passará por colocação manual de código de barras em cada produto. Ao final da instalação da rastreabilidade, haverá controle sobre todos os 220 mil medicamentos distribuídos por mês na organização hospitalar.
“A colocação manual é um processo trabalhoso, mas representa um investimento a favor do paciente e da economia de recursos públicos”, afirmou. “A quantidade de medicamentos e o volume de recursos públicos serão menores depois da implantação do sistema de rastreabilidade”.
Segundo Késsia Borges, farmacêutica do HRSM, a rastreabilidade protege o paciente porque o código de barras possui informações relevantes sobre cada medicamento e alerta sobre procedimentos equivocados.
“Se aparecer uma medicação diferente do que está na prescrição, o próprio sistema emite uma nota ‘Medicamento não foi solicitado’. Então, não tem como a gente dispensar [distribuir com controle de qualidade] nada que não seja prescrito para o paciente”, esclareceu.