Saúde pública
Hospital da Criança de Brasília (HCB) inaugura 48 novos leitos
Crianças e jovens que precisam de tratamento para doenças de alta complexidade no Distrito Federal estão cada vez mais bem assistidos pela saúde pública. Nesta quarta-feira (4), o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) inaugurou 48 novos leitos de internação, possibilitando o atendimento de mais 200 pacientes por mês. Com isso, a unidade passa a ser classificada como hospital de grande porte do país, com um total de 192 leitos ativos.
Para atender à demanda, o Governo do Distrito Federal contratou mais 85 novos servidores, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que já estão trabalhando no Hospital. Dos leitos ativados, oito são voltados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 20 às especialidades pediátricas e 20 às cirurgias.
“Estamos fazendo o possível para melhorar o atendimento da saúde à população do DF, tão esquecida nos últimos anos. Nosso governo já abriu 88 novos leitos no Hospital da Criança e contratou, ao todo, 361 novos funcionários. A partir de agora, mais crianças terão a oportunidade de tratamento e suas famílias também receberão acolhimento digno”, disse o vice-governador Paco Britto. Ao todo, o HCB atende 45 mil usuários ao custo de quase R$ 20 milhões por mês. “Por ano, são realizados 400 mil atendimentos”, completou Paco.
Para atingir a capacidade completa, o hospital pretende, ainda, construir mais 10 leitos que serão destinados ao transplante de medula óssea. “Falta pouco, estamos na reta final para dar mais este passo no hospital que já é referência para o Brasil”, frisou o vice-governador.
Entre as metas estão realizar, também, transplante de fígado e rim, além de fazer cirurgias cardíacas de baixa complexidade, para apoio e parceria com o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). “O trabalho realizado no hospital é exercido com muita qualidade e recebe muitos elogios, é comentário em todos os lugares do Brasil pela sua capacidade e qualidade de atendimento”, frisou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.
O HCB
Inaugurada em novembro de 2018, a Unidade de Internação do HCB foi ativada progressivamente, de modo a garantir a segurança dos pacientes atendidos. Dividida em oito blocos, ela conta com leitos voltados às especialidades clínicas, cuidados cirúrgicos, transplante de medula óssea, oncologia, cuidados paliativos e UTI.
A ativação progressiva também obedece às determinações do contrato de gestão firmado entre o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), responsável por gerir o HCB, e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O Hospital da Criança de Brasília é o único hospital público do DF acreditado pela Organização Nacional de Acreditação – ONA (certificação de qualidade).
“Há mais de 30 anos este hospital era um sonho. Assumimos a tarefa de transformar esse sonho em realidade. É uma satisfação muito grande concluir, praticamente, a ativação completa do hospital”, enfatizou o presidente do Icipe, Newton Alarcão.
HCB em números
- 3 milhões e 845 mil atendimentos até o final de janeiro de 2020
- 2 milhões e 307 mil exames laboratoriais
- 585 mil consultas
- 89.201 internações
- 62.313 diárias hospital-dia
- 52 mil sessões de quimioterapia
- 26 mil transfusões
- 10 mil cirurgias ambulatoriais
- 19 mil ecocardiogramas
- 51 mil raios-x
- 27 mil tomografias
- 38 mil ultrassons
- 98,6% índice de satisfação do usuário
- 29 mil m² de área construída
- 30 consultórios médicos
- 202 leitos
- 30 UTIs pediátricas
- 5 salas de cirurgia de médio e grande porte
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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