Pesquisa do Ministério da Saúde
Homens cuidam mais da saúde após participarem de pré-natal

Oito em cada dez homens presentes em consultas de pré-natal passaram a ficar mais cuidadosos com a própria saúde, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Saúde. O estudo indica que 72,25% dos pais ou cuidadores entrevistados pela pasta participaram das consultas de pré-natal com suas parceiras. Desse total, 80,71% afirmaram que esse envolvimento os motivou a cuidar melhor de sua saúde.
“Os dados demonstram que a paternidade é a principal porta de entrada do homem na unidade de saúde para que ele também se cuide”, informou o ministério.
Nesta terceira etapa da pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado, foram feitas 37.322 entrevistas com pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna e que acompanharam o pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 2015.
O objetivo do estudo, de acordo com a pasta, é obter dados sobre acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina nos serviços públicos de saúde e levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal e no nascimento da criança. A coleta de informações foi feita entre março de 2017 e março deste ano.
Falhas
Embora a pesquisa aponte maior conscientização em relação à saúde, ainda é alto o número de homens que não têm na sua rotina o cuidado com a saúde. Quando questionados sobre o costume de buscar estabelecimentos públicos de saúde, 36,36% dos entrevistados afirmaram não ter o hábito de ir a esses locais. Desse total, 47,57% (6.455) informaram como motivo nunca ter precisado, falta de interesse ou não gostar de hospital.
“Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção”, destacou o ministério.
Novembro Azul
O tema da campanha Novembro Azul este ano é Homem, da Infância à Velhice, Cuide de Sua Saúde, de Novembro a Novembro. A proposta, segundo a pasta, é chamar a atenção da população, dos gestores e dos profissionais de saúde para a importância de olhar para a saúde do homem de forma integral, e não apenas para a questão da próstata.
Ao longo de todo o mês, o ministério vai intensificar ações de comunicação nas redes sociais, na TV e no rádio, além da realizar eventos relacionados à campanha. No próximo dia 14, ocorre o 4º Fórum Ser Homem: Discutindo Políticas Públicas para a Saúde do Homem, no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. O encontro é uma parceria com o Instituto Lado a Lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Já nos dias 21 e 22, a pasta promove o Simpósio Internacional: Saúde do Homem Integral e a Construção e Planejamento de Linha de Cuidado Participativa. O evento será no Hospital Regional do Paranoá, em Brasília, com a presença de Noel Richardson, representante da Irlanda, primeiro país a implantar a política de saúde do homem. Também participa do encontro o professor da Universidade de Brasília (UnB) Muna Muhammad Odeh.
Números
Dados do ministério mostram que, em 2017, foram registrados, no SUS, 533 milhões de atendimentos ambulatoriais e 4,3 milhões de procedimentos hospitalares em homens. No mesmo período, no âmbito da estratégia Pré-Natal do Parceiro, foram registradas 3.795 consultas e 31.732 exames de detecção do HIV e sífilis no parceiro ou na gestante.
O Sistema de Informações de Mortalidade da pasta msotra que, em 2016, 736.842 homens morreram em todo o país. Entre as principais causas de morte estão: tipos diversos de câncer (112.272), como próstata, fígado, pulmonar e de pele; doenças do coração (68.018); agressões (56.409); acidentes (84.139), em especial de transporte (31.565); doenças cerebrovasculares (51.753) e gripe e pneumonia (41.695).

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2850 pode pagar prêmio de R$ 25 milhões nesta terça-feira (8)
-
Olha a sorte
Mega-Sena 2848 pode pagar prêmio de R$ 51 milhões nesta quinta-feira (3)
-
Trilhando o futuro
Brasília é eleita pela 2ª vez a cidade mais sustentável do Centro-Oeste
-
Lei nº 15.116/2025
Mulher vítima de violência pode ter reconstrução dentária pelo SUS
-
Economia
Pix parcelado deve ser lançado em setembro, diz Banco Central
-
3º Ciclo 2025
RenovaDF oferece 2.500 vagas para cursos de qualificação profissional
-
Mobilidade
Vai de Graça: transporte gratuito ganha reforço a partir deste domingo (6)
-
Acumulou, de novo!
Mega-Sena 2849 pode pagar prêmio de R$ 60 milhões neste sábado (5)