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Economia

Governo de Brasília reduziu R$ 3,7 bilhões de despesas em 2015

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Chegar ao fim de 2015 com os salários dos servidores em dia e evitar um colapso nas contas exigiram do governo de Brasília criatividade, pulso firme para adotar algumas medidas duras e transparência no trato do dinheiro público. Com poucos recursos e um rombo calculado em R$ 6,5 bilhões, a primeira providência da então nova cúpula do Executivo foi estudar todas as dívidas. As ações a fim de resgatar o equilíbrio financeiro do Distrito Federal, até 21 de dezembro, resultaram em economia de R$ 1,9 bilhão com reprogramações orçamentárias e na redução dos débitos do Estado com fornecedores em R$ 1,8 bilhão.

O governo encerrou o ano com uma dívida estimada em R$ 2,8 bilhões, déficit relevante, mas 54% menor do que o encontrado no início da gestão. Ainda em janeiro, veio a primeira demonstração do governador Rodrigo Rollemberg de que faria uma administração austera. Via decreto, ele extinguiu 14 secretarias de Estado — de 38 para 24. Nove meses depois, uma nova reestruturação fez o número de pastas cair para 17.

O enxugamento da máquina pública não ficou restrito à eliminação de secretarias. Os gastos com diárias e passagens aéreas foram bem mais modestos e resultaram em 61% de economia em relação a 2014. Se até 24 novembro daquele ano o governo usou R$ 15.249.325,77 para essa finalidade, no mesmo período de 2015 foram empenhados R$ 5.952.770,07. Já o dispêndio com combustível caiu 36% — mesmo sem considerar os aumentos da gasolina, do álcool e do diesel —, proporcionando poupança de R$ 2,8 milhões.

Mais cortes
Nos 11 primeiros meses de 2015, 626 veículos alugados foram devolvidos. O deslocamento dos secretários de Estado a eventos oficiais também ficou mais econômico com a substituição dos caros e luxuosos Ford Fusions e Hyundai Azeras por modelos populares. As medidas fizeram com que o governo deixasse de gastar R$ 15 milhões anuais. Além disso, o Executivo reduziu as despesas com aluguel de imóveis em quase R$ 2 milhões por ano. A maior contribuição foi a transferência para o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha das sedes das Secretarias de Economia e Desenvolvimento Sustentável (que se uniu ao Turismo), de Desenvolvimento Humano e Social (que se fundiu às pastas do Trabalho, das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos) e do Esporte e Lazer (que se juntou à Educação).

Paralelamente o governo iniciou um profundo corte nos cargos comissionados. Entre setembro de 2014 (período utilizado como base da campanha eleitoral) e novembro de 2015, foram dispensados 4.618 trabalhadores em funções de confiança, configurando uma redução de 53,7% e a economia de R$ 143 milhões. O arrocho em toda a estrutura rendeu uma poupança estimada em cerca de R$ 1 bilhão.

Outra novidade na área de gestão foi a assinatura, em novembro, da Resolução nº 72, que autoriza a abertura de editais convidando pessoas físicas e jurídicas a apresentarem projetos de gerenciamento de espaços públicos. Por meio de parcerias público-privadas, Jardim Zoológico de Brasília, Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, Centro de Convenções Ulysses Guimarães e outros poderão ser administrados de forma compartilhada, o que deve melhorar a manutenção dos equipamentos e reduzir os gastos do Executivo.

Receitas extraordinárias
Mesmo com o corte bilionário nas despesas, o governo precisou buscar fontes de receitas extraordinárias para honrar os compromissos. Em 27 de fevereiro, R$ 180 milhões dos 33 fundos especiais ajudaram a pagar salários, férias e décimo terceiro atrasados de parte do funcionalismo. O mesmo expediente estendeu a possibilidade de uso de R$ 240 milhões de 23 fundos distritais em 2016. As duas medidas contaram com aval da Câmara Legislativa.

Lançado em junho, o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal (Refis) teve adesão expressiva. Cerca de 100 mil pessoas físicas e jurídicas renegociaram débitos com o Executivo com descontos sobre juros e multas. De acordo com dados da Secretaria de Fazenda apurados até o início de dezembro, os acordos garantiram o retorno imediato de R$ 258 milhões aos cofres públicos. Além disso, R$ 959 milhões foram parcelados por meio da iniciativa, que terminou em 18 de dezembro. Esses valores devem aumentar após o fechamento do balanço pela pasta. O Refis ainda reduziu em mais de 70 mil a quantidade de processos que tramitavam na Vara de Execução Fiscal.

A garantia de pagar os salários em dia veio em setembro, quando a Câmara Legislativa autorizou a transferência dos recursos entre os fundos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev). A operação fez com que o governo deixasse de gastar R$ 240 milhões por mês, verba usada para a complementação das folhas de pagamento do fim do ano.

Fontes extras de receita também estão programadas para 2016, entre elas a que trata da securitização de parte da dívida ativa. Com a venda de carteiras de créditos, a estimativa da Secretaria de Fazenda é arrecadar entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões.

Transparência
Dar transparência às ações governamentais foi outro compromisso feito por Rodrigo Rollemberg no primeiro ano de mandato. Desde os primeiros pronunciamentos, o governador colocou à disposição da população as contas públicas. As operações financeiras ficaram mais compreensíveis com a criação do aplicativo Siga Brasília, que descomplicou o Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), cuja linguagem é muito técnica. Simples, o app detalha os salários dos servidores, o valor dos contratos com empresas privadas e as escalas dos profissionais da rede pública de saúde.

A intenção do chefe do Executivo de fazer um governo mais próximo da sociedade tomou corpo com as realizações das rodas de conversa — que consistem em visitar regiões administrativas e ouvir as demandas da população. Já o programa Voz Ativa na Segurança recebeu diversas contribuições para a consolidação do Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida. Por fim, o Voz Ativa no Planejamento serviu para que os moradores do DF contribuíssem com sugestões para a destinação dos recursos descritos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016.

Saulo Araújo, da Agência Brasília

Atualizado em 01/01/2016 – 20:37.

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Segurança Pública

Sete RAs do Distrito Federal estão há mais de um ano sem registrar homicídios

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Ao Vivo de Brasília
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Foto/Imagem: Divulgação/Sinpol-DF

O Distrito Federal tem reduzido de forma consistente o número de homicídios. Em 2024, alcançou as menores taxas já verificadas em toda a série histórica, chegando à redução de 35% no total de homicídios registrados em outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Como efeito positivo da estabilidade dos dados, algumas regiões administrativas têm se destacado e estão há mais de um ano sem registros desta natureza criminal.

Em novembro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal completaram 12 meses sem registro de homicídios. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressalta o esforço das forças de segurança, das demais áreas de governo e da sociedade civil na redução desses crimes: “O planejamento constante de nossas ações, tanto preventivas quanto repressivas, pautadas na integralidade, converge para promover a pacificação das regiões administrativas”.

O monitoramento dos crimes no DF, desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mostra, ainda, que Jardim Botânico, Cruzeiro, Riacho Fundo, Varjão e Arniqueira também integram a lista das cidades sem registro de homicídio em 12 meses.

“Trabalhamos para que todas as regiões administrativas alcancem essas taxas. Reconhecemos que ainda temos a evoluir e estamos constantemente em busca de novas soluções e parcerias com esse foco. No entanto, esses resultados precisam ser evidenciados e demonstram que o programa DF Mais Seguro – Segurança Integral está no caminho certo”, assegura Avelar.

Para a comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Ana Paula Barros Habka, os números refletem as permanentes ações da corporação pautadas em dados e estudos analíticos deste fenômeno criminal. “O policiamento ostensivo do Distrito Federal é permanentemente orientado pelos dados e análises de manchas criminais, sendo determinante para uma maior eficiência das ações de prevenção.”

O delegado-geral da Polícia Civil, José Werick, destaca, ainda, a atuação da instituição na responsabilização dos autores de crimes de homicídio. “Nosso empenho é intenso para que nenhum caso fique sem solução no Distrito Federal. Prova disso é a recente pesquisa divulgada pelo Instituto Sou da Paz, que nos posicionou como a unidade da Federação com a maior taxa de elucidação de homicídios do país”, afirma.

Operações integradas

A Subsecretaria de Operações Integradas da SSP-DF promove sistematicamente reuniões técnicas com as forças de segurança pública e demais agências do Governo do Distrito Federal (GDF) para aprimoramento do planejamento das ações com foco na redução de homicídios. A subsecretária Cintia Queiroz enfatiza que esses encontros são fundamentais para que todos possam atuar com o mesmo foco.

“Reuniões integradas entre diferentes esferas de governo, forças de segurança e sociedade civil são fundamentais para o enfrentamento da violência. Ao promover o compartilhamento de informações, a articulação de estratégias conjuntas e a troca de experiências, essas reuniões contribuem para a aplicação de políticas públicas e planejamento operacional mais eficazes e direcionadas”

Evidências

A Subsecretaria de Gestão da Informação é o setor encarregado da análise de dados e da elaboração de estudos diagnósticos na área de segurança pública. O papel dela é crucial no planejamento tático-operacional, fornecendo informações estratégicas para a execução de ações integradas.

“É imprescindível entender a dinâmica criminal em todo o Distrito Federal, considerando as particularidades regionais e as principais causas dessas ocorrências, para orientar de maneira mais eficaz a atuação conjunta das forças de segurança. Desta forma, estamos sempre em busca de criar ferramentas e análises que possam contribuir com nossas políticas e para servir de base para atuação de nossas forças de segurança”, ressalta o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto.

Pesquisas recentes

Segundo o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a capital federal tem a segunda menor taxa de homicídio: 13%. A cidade só perde para Florianópolis (8,9%), capital de Santa Catarina. Os dados se referem ao ano de 2022. Salvador (BA), Macapá (AP) e Manaus (AM) figuram entre as capitais com o maior número de assassinatos.

DF Mais Seguro – Segurança Integral

O programa DF Mais Seguro tem sido fundamental para o fortalecimento das políticas de segurança pública, por meio de uma abordagem inovadora, com base na integralidade, ou seja, com a participação de órgãos governamentais e população. Lançado há um ano, o objetivo da reformulação da política era sustentar a redução histórica da criminalidade no DF. A política, que vinha sendo implementada desde o início de 2023, foi oficialmente lançada em novembro do ano passado.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:17.

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Secretaria de Justiça e Cidadania

Carreta do Na Hora estará em Samambaia nesta sexta (22) e sábado (23)

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Unidade Móvel Na Hora
Foto/Imagem: Divulgação/Sejus-DF

Dois dias de atendimento de serviços prestados por órgãos públicos estarão disponíveis para a comunidade na Unidade Móvel do Na Hora em Samambaia. A carreta estará nesta sexta-feira (22), das 9h às 16h, e no sábado (23), das 9h às 12h, em frente à administração regional da cidade.

A unidade móvel oferece à população serviços do BRB, Caesb, Codhab, Detran-DF, INSS, Neoenergia, Procon-DF, Receita Federal, entre outros. O Na Hora é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF).

“Essa é a grande oportunidade de a comunidade local resolver as suas pendências ao lado de casa. A Carreta do Na Hora concentra os serviços prestados por órgãos públicos aos cidadãos e isso desburocratiza os serviços. E a Sejus trabalha para isso: facilitar a vida da população do DF. O Na Hora traz agilidade e conforto e prioriza a cidadania”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Lançada em fevereiro de 2022, a unidade móvel do Na Hora já promoveu 34.452 atendimentos à população. Também chamada de Carreta do Na Hora ou Na Hora Móvel, a iniciativa busca facilitar o acesso do cidadão, especialmente daqueles que vivem nas regiões mais distantes e vulneráveis do Distrito Federal, aos serviços de órgãos parceiros.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:16.

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