Perseverança
Golaço! Taça das Favelas mostra a força de que vem da periferia
Oportunidade! Essa é a palavra de ordem que move muitos garotos e garotas do Distrito Federal que batalham, diariamente, para vencer a falta de recursos, desigualdade, violência, preconceitos e tantos outros problemas sociais. O esporte, aliado de muitos desses jovens na luta por um futuro melhor, quando acompanhado de uma oportunidade torna-se um grande combustível, capaz de impulsionar nos caminhos mais difíceis. Por isso, a Taça das Favelas, campeonato de futebol de campo, realizado pela Central Única das Favelas do Distrito Federal (CUFA DF), em parceria com a Rosa dos Ventos Produções que visa dar visibilidade aos jovens talentos de comunidades locais, vem recheada de histórias emocionantes de luta e perseverança. O campeonato acontece de 17 de agosto a 28 de setembro e vai além dos jogos em campo.
“Quando falamos de favelas, se houve falar muito em reparação, por todos os anos de descaso. Porém nós queremos mostrar o lado positivo e potente das favelas. A Taça tem um papel fundamental, não somente de dar oportunidade na realização do sonho de jogar bola, mas também na construção do caráter e identidade desses jovens”, destaca Bruno Kesseler, Presidente da CUFA DF.
Persistência feminina
Camila Lima tem 16 anos e mora no Riacho Fundo I, começou a se interessar por futebol vendo o irmão mais velho jogar. Sabia de seu potencial e por isso, com apenas 5 anos, tentou convencer o treinador de seu irmão de que ela poderia jogar tão bem, ou ainda melhor que os meninos. A resposta, já esperada, foi não, mas determinada que é continuou insistindo até que aos 7 anos entrou em campo e não parou mais.
“Desse dia em diante comecei a treinar todos os dias com os meninos, era a única menina. Logo depois já estava treinando nos 3 horários disponíveis, no dos mais novos como goleira, no da minha categoria e até no horário dos mais velhos”, afirma Camila.
Foram 5 anos de treinos intensos no CID (Centro de Iniciação Desportiva), localizado no Núcleo Bandeirante, até que a aposentaria, por problemas de saúde, de seu professor, dificultaram sua permanência no centro. “Depois que meu técnico saiu ficou mais difícil continuar treinando como antes, as piadinhas vindas dos meninos, por eu ser mulher e jogar futebol aumentaram muito e achei que era hora de mudar”, relembra a jogadora
E as dificuldades não pararam por aí, separação dos pais, desemprego da mãe, falta de recurso da família para arcar com as mensalidades da tão sonhada escolinha de futebol society foram alguns dos obstáculos superados por Camila. Em 2016, a estudante passou a treinar no COAFF (Camila Orlando Academia de Futebol Feminino). “No início éramos somente 4 atletas, treinávamos em uma quadra torta, quadra aberta, então a chuva por um tempo foi inimiga, mas nunca desistimos, continuamos firmes, focadas no futebol, lá desenvolvi meu espírito de liderança. Hoje temos união, disciplina, respeito e humildade, mas a minha principal característica é a garra, sou guerreira nata”, se orgulha Camila.
A menina que afirma ter o sonho de jogar no Brasil e em outros países é uma das centenas de jogadores que estão participando da Taça das Favelas no DF e promete dar um show de bola no campeonato que contará com olheiros de clubes locais e nacionais.
Distância não é empecilho
Andar quase 10km ou até mudar de estado e atravessar cerca de 1.400km em busca do sonho de ser um jogador de futebol, parece muito, mas não é nada perto do que Ericles da Silva e Paulo Alves, já enfrentam pela realização desse sonho.
Ericles da Silva Lima, tem 17 anos, mora em planaltina, é filho de mãe solteira, manicure e doméstica. Nunca conheceu o pai. Passou por diversas dificuldades “às vezes, mal tínhamos o que comer em casa”, afirma. Foi por pouco que não mergulhou no caminho das drogas, cercado por um contexto de desigualdade social, no qual a violência e criminalidade são ameaças constantes, o esporte surgiu como um resgate e caminho para uma vida melhor. Hoje, Ericles faz parte de um projeto social que oferece aulas gratuitas de futebol a jovens adolescentes. Quando soube das peneiras organizadas pela CUFA DF, na região onde mora, e da oportunidade de participar, não teve dúvidas. Como não tinha dinheiro para pagar a passagem de ônibus até o local da seleção, acordou às 06h da manhã e percorreu um trajeto de cerca de 10 km, a pé. A fome e cansaço não foram empecilho, ele brilhou e se classificou para jogar a Taça das Favelas no time de Planaltina.
Criado no interior Piauí pelo pai e avó, Paulo Alves de 15 anos veio sozinho para Brasília em busca de profissionalização. Aqui, ele vive no Pôr do Sol, em Ceilândia, na casa dos tios e para ajudar na renda da família trabalha fazendo bicos. Apesar da saudade de casa e das dificuldades financeiras, a luta pelo sonho fala mais alto.
“Quando cheguei em Brasília comecei a jogar um campeonato e logo depois apareceu uma oportunidade de viagem para Goiânia. Falaram que teriam olheiros e não pensei duas vezes. O professor falou que todos tinham que levar colchão para dormir, mas eu não tinha. Mesmo assim não baixei a cabeça botei um pano no chão e dormi assim mesmo, feliz porque estava fazendo o que eu gosto. Não conseguimos ganhar mas voltei feliz por ter jogado um campeonato grande”, recorda Paulo.
Hoje, ele precisa andar 1h30 para ir aos treinos. “Como moro em uma chácara distante e que não passa ônibus, vou andando aos treinos, mas não tem problema, tenho fé em Deus que vou conseguir realizar o meu sonho”, afirma.
Inscrições até 8 de dezembro
IGESDF abre novos processos seletivos com salários de até R$ 12 mil
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) abriu dois novos processos seletivos. As vagas são para Médico Nefrologista e Enfermeiro Administrativo. A carga horária varia de 24 a 40 horas semanais e a remuneração vai de R$ 5.187,841 a R$ 12.744,02, conforme o cargo e o nível de escolaridade. As inscrições podem ser feitas até o dia 08 de dezembro.
Para se inscrever, os interessados devem ter o diploma do curso, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Os benefícios das vagas são o auxílio-transporte, clube de benefícios com descontos em estabelecimentos parceiros, abono semestral e folga de aniversário. Para mais informações sobre o processo seletivo e detalhes sobre como se inscrever, acesse o site oficial do IGESDF. Veja abaixo os requisitos específicos para as vagas.
Enfermeiro Administrativo – Educação Permanente
É necessário ter diploma do curso de Enfermagem, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) ou Declaração de Conclusão de Curso, devidamente assinado e carimbado. Pós-graduação completa em áreas da educação, tais como: Docência em Enfermagem, Educação em Saúde, entre outras, comprovada por meio de certificado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) registro ativo no Conselho Regional de Enfermagem – COREN/DF, como enfermeiro; experiência mínima de 6 meses como enfermeiro na área assistencial; experiência mínima de 06 meses na área de educação em saúde com docência, preceptoria, educação continuada ou educação permanente em instituições hospitalares. Curso de nível intermediário em Pacote Office, comprovado por meio de certificado. É desejável residência completa na área da saúde comprovada por meio de diploma ou Pós-graduação completa na área da saúde comprovada por meio de certificado reconhecido pelo MEC; experiência mínima de 06 meses em atividades de Simulação realística na área da saúde; curso de Metodologia Ativas. Conforme o edital N°161/2024.
Médico Nefrologista
É necessário ter o diploma de conclusão do curso de Medicina, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), ou declaração de conclusão de curso de no máximo 06 meses da conclusão de grau. Residência (Com RQE) ou Título de Especialista em Nefrologia, experiência mínima de 6 meses como Médico Nefrologista. Registro no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal – CRM/DF comprovado por meio da Carteira Profissional, Declaração ou Protocolo que contenha o número do registro. É desejável conhecimento em Sistema de Gestão e prontuário eletrônico como: MV. Trackcare, entre outros. Conforme o edital N°162/2024.
As inscrições são feitas exclusivamente pelo site oficial do instituto. O IgesDF é a instituição responsável pela administração do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), das 13 Unidades de Pronto Atendimento do Distrito Federal (UPAs) e mais recentemente do Hospital Cidade do Sol (HSol).
Placas final 9 e 0
CRLV digital: prazo para licenciar veículos termina no dia 31 de dezembro
De acordo com o calendário divulgado pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), os proprietários de veículos com placas final 9 e 0 têm até 31 de dezembro para efetuarem a renovação do licenciamento. A partir de 1° de janeiro de 2025, para a circulação desses veículos será exigido o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV-e) 2024, em formato digital.
O Detran-DF deu início à exigência do CRLV-e 2024 em 1° de outubro para veículos com placas final 1 e 2 e em 1° novembro para os de final 3, 4 e 5. Nesse domingo (1°), o documento também passou a ser obrigatório para a circulação dos veículos com placas terminadas em 6, 7 e 8.
Segundo dados do Detran-DF, até agora 1.178.961 veículos estão licenciados na capital federal, o que corresponde a 56,6% da frota em circulação, estimada em 2.080.949 veículos. O diretor-geral do órgão, Takane do Nascimento, destaca a importância da regularização.
“O Código de Trânsito exige que o veículo esteja devidamente licenciado para circular nas vias e o Detran tem oferecido ao proprietário facilidades que possibilitam a obtenção do documento digital de forma rápida, por meio do aplicativo e do Portal de Serviços”, afirma.
Para obter o documento, o proprietário deverá pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), a taxa de Licenciamento e, se houver, as multas pendentes. Após a quitação dos débitos, o proprietário deverá emitir o CRLV-e 2024 por meio do Portal de Serviços ou pelo aplicativo Detran-DF Digital. O documento também pode ser obtido no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT), do Governo Federal.
Desde 2021, o certificado de licenciamento é emitido apenas no formato digital. O CRLV-e pode ser apresentado na versão digital, por meio dos aplicativos oficiais, ou na versão impressa em papel A4 branco comum.
Fiscalização
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), transitar com veículo não licenciado é considerado infração gravíssima e resulta em sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), recolhimento do veículo e multa de R$ 293,47. De janeiro a novembro deste ano, os órgãos de fiscalização de trânsito do DF apontaram 63.368 infrações por condução de veículo não registrado ou licenciado.
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