Tecnologia chinesa
GDF testa câmeras fototérmicas no combate ao novo coronavírus
Tecnologia de ponta no combate ao novo coronavírus. Quem passar pela Rodoviária do Plano Piloto nos próximos dias irá se deparar com duas câmeras fototérmicas, de alta definição, fabricadas na China e que estão sendo testadas para medir a temperatura da população. E não apenas isso. O equipamento robusto, mas de operação simples e eficiente, irá captar também quem não estiver usando máscara ou utilizando o acessório de maneira errada. Trata-se de uma operação piloto do Governo do Distrito Federal (GDF) que pretende adquirir os aparelhos, caso eles atendam às exigências de prevenção contra a doença.
“Algumas pessoas do GDF tiveram oportunidade de ver o aparelho, achamos interessante e a empresa fabricante propôs fazer um teste durante uns 30 dias na rodoviária, sem custo para o governo”, explicou o secretário de Cidades, Fernando Leite. “Está aí para gente acompanhar e verificar se realmente atende as nossas exigências, vamos testar a precisão e ouvir especialistas da área de saúde”, observou o gestor.
Setores da área privada como alguns shoppings da cidade já aderiram a nova tecnologia. Na Rodoviária do Plano Piloto, essa operação em fase de teste funciona desde semana passada. Funcionário da área de TI de um hotel do Plano Piloto, Marco Aurélio Almeida ficou curioso com a engenhoca. “Muito intrigante, vou sugerir para a direção do hotel, acho que pode ser um aliado na luta contra o vírus”, comentou. “Pelo menos passa sensação de segurança para as pessoas”, defendeu.
Eficiência
As câmeras apesar de móveis, estão instaladas na entrada do metrô, em função do grande fluxo de passageiros. Os aparelhos têm capacidade de registar o movimento de 35 pessoas simultaneamente, por segundo, ou seja, 1.800 pessoas por minuto, além de traçar o perfil do comportamento de cada uma.
Os alertas são parecidos com as sinalizações de um semáforo de trânsito. Se a pessoa não estiver com febre e usando a máscara corretamente, sua passagem será registrada com uma luz verde. Se ela estiver sem máscara ou usando a peça de maneira errada, uma luz laranja será acionada. Por fim, se o passante apresentar temperatura acima de 37,3 graus, uma luz vermelhar acenderá. A mensagem captada pelas lentes é direcionada para um computador, que joga as informações para um telão. A partir daí o operador do equipamento poderá acionar um agente de segurança, que abordará a pessoa detectada.
“Claro que essas informações são configuradas de acordo com a exigência da situação, são importantes para ajudar o governo, por exemplo, no controle dos índices da doença”, atesta o operador da máquina, Márcio Gomes. “Não tem lugar melhor para fazer o teste desse equipamento do que o metrô ou a rodoviária, porque o fluxo de gente é muito grande”, observa o profissional.
“Qualquer ajuda que vier na luta contra essa doença é válida”, agradeceu Millena Lima, funcionária de uma loja de equipamentos de celulares. “O movimento aqui aumentou absurdamente com a abertura dos shoppings”, alegou.
Economia
Orçamento do Distrito Federal prevê receita de R$ 66,6 bilhões para 2025
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que estima a receita e fixa o valor da despesa ao longo do ano. A medida está no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (31).
O valor total será de R$ 66,6 bilhões, com R$ 41,6 bilhões de receitas próprias. O montante é acrescido dos R$ 25 bilhões originários do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).
O orçamento total estimado supera o de 2024 em R$ 5,5 bilhões, o equivalente a um incremento de 9%. A lei entra em vigor nesta quarta-feira (1º).
A receita própria do DF foi dividida em três esferas: fiscal (R$ 30,6 bilhões), seguridade social (R$ 9,3 bilhões) e investimento das empresas estatais (R$ 1,7 bilhão), totalizando R$ 41,6 bilhões.
Já o repasse do Fundo Constitucional do Distrito Federal tem destino certo. Os R$ 25 bilhões serão repartidos para o custeio, pagamento da folha e investimentos de três áreas: segurança pública (R$ 11,4 bi), saúde (R$ 8,1 bi) e educação (R$ 5,4 bi).
A peça orçamentária, segundo o secretário de Economia, Ney Ferraz, foi elaborada de forma participativa e é fruto de debates com a sociedade e os parlamentares. Embora, ressalte ele, sempre tendo como meta final a busca pelo equilíbrio fiscal.
Mas também foi levada em conta, de forma especial, a eficiência na alocação dos recursos. “O orçamento reflete a orientação do governador Ibaneis Rocha em atender às demandas da população”, diz.
Trabalho e renda
Prospera DF encerra 2024 com R$ 9 milhões liberados a empreendedores
Abrir — e manter — uma empresa pode ser tarefa difícil para micro e pequenos empresários. André Cabral passou por isso quando, em 2016, decidiu inaugurar uma loja de tintas em Taguatinga, junto à esposa. Eles conseguiram superar os primeiros dois anos, mas, em 2018, para o negócio crescer, o casal recorreu a um empurrãozinho: o Prospera DF, programa de microcrédito do Governo do Distrito Federal (GDF).
“A gente conheceu por indicação de um amigo. Entramos em contato, fomos na agência [do trabalhador] perguntar quais os documentos e os trâmites para conseguir esse crédito e aí deu certo”, relata o empresário. “O Prospera tem uma facilidade muito grande. A questão da documentação é muito tranquila, não tem dificuldade nenhuma. A taxa de juros também é bem menor do que os bancos praticam, então isso tudo é muito bom para o pequeno empreendedor, para o pequeno empresário”, acrescenta.
E a intenção é essa mesmo: oferecer crédito mais fácil a micro e pequenos empreendedores — sejam eles formais ou informais —, como feirantes, artesãos, trabalhadores, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e cooperativas de trabalho e produção. Só neste ano, de janeiro ao início de dezembro, o GDF liberou um total de R$ 8.910.592,25 em créditos, sendo 368 empréstimos para empresários da área urbana (equivalentes a R$ 7.734.230,37) e 49 para a área rural (R$ 1.176.361,88).
Os recursos são oriundos do Fundo para Geração de Emprego e Renda (Funger). “O programa Prospera é gerido por um fundo que conta com participação da sociedade civil e do governo. Nós investimos [em 2024] quase R$ 9 milhões — a gente inclusive entende que vai alcançar um pouquinho mais desse valor [até o fim do ano] — em contratos de financiamento de empresas que já existem ou daqueles negócios que queiram ser formalizados”, aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, Thales Mendes.
Desde que a iniciativa foi criada, em 2019, o total de crédito liberado soma quase R$ 50 milhões. “O ticket médio está em torno de R$ 15 mil por cada empréstimo, e a todo mês a gente contempla vários empresários. É um programa de financiamento para custeio, para investimento e para capital de giro para as pessoas que querem empreender no DF”, completa o secretário.
Os interessados podem consultar detalhes no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) e fazer uma proposta de empréstimo nas agências do trabalhador ou pelo WhatsApp (61) 98312-1053.
André Cabral já se prepara para fazer mais um pedido, o quarto desde que abriu a loja — um deles, inclusive, foi o que ajudou a manter o estabelecimento durante a pandemia. Agora, a ideia é abrir uma nova unidade. “A gente está abrindo a segunda loja, já estamos com todos os preparativos para, em janeiro, estar com a loja aberta, contratar mais gente, investir em produtos, crescer… É isso que a gente quer, fazer a economia girar”, pontua.
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