Saúde
GDF planeja ação de combate à dengue, chikungunya e zika vírus
O combate à dengue, chikungunya e zika vírus está no radar do Governo do Distrito Federal. Com a proximidade do período de chuvas, o governador Ibaneis Rocha decidiu antecipar e intensificar as ações para reduzir o número de casos na capital. O chefe do Executivo recebeu parte do secretariado para tratar do assunto.
“Vamos entrar fortes na prevenção, ampliar os atendimentos e colocar fumacê nas cidades”, determinou o governador.
Ibaneis reforçou a importância do foco em prevenção e no cuidado especial com os moradores, por meio de avisos e a devida publicidade ao assunto. Participaram desse primeiro encontro os secretários de Saúde, Osnei Okumoto; de Governo, José Humberto; de Comunicação, Weligton Moraes; da Casa Civil, Valdetário Monteiro; e da Economia, André Clemente.
Ficou definido que o Distrito Federal vai dobrar o número de veículos nas ruas para aplicação do fumacê, de 40 para 80. O efetivo de agentes de vigilância ambiental também será aumentado.
As ações vão ter início a partir de 1º de novembro e durarão seis meses. Reforçará o trabalho a aquisição de biolarvicidas, substâncias mais potentes e duradouras para matar as larvas, e também adulticidas, estes aplicados no fumacê para atingir o mosquito Aedes aegypti já na fase adulta.
Plano de enfrentamento
Na reunião, Osnei Okumoto apresentou o plano de enfrentamento para o controle dos vírus da dengue, chikungunya e zika. O titular da Saúde mostrou um panorama sobre a incidência dos vírus em todo o país e a necessidade de reforço das ações também no Entorno.
“Com o aumento de agentes de vigilância ambiental e de equipamentos que vamos conseguir para atuar no DF e no Entorno poderemos intensificar nosso trabalho”, destacou o secretário.
O plano de enfrentamento ao Aedes aegypti envolverá diferentes secretarias, reforçando a característica de integração deste governo. Além da Saúde, as pastas de Educação, Cidades, Governo, Agricultura e Comunicação vão integrar o grupo de trabalho. Também vão participar Emater, Corpo de Bombeiros Militar do DF, Defesa Civil, DF Legal, Novacap, Caesb, SLU e Vigilância Sanitária.
“O plano foi feito. Montamos a sala distrital onde parte das secretarias vão atuar junto da Saúde, separadas em eixos. Vamos trabalhar na questão da prevenção, da identificação, da circulação desses vírus no DF e, também, na assistência”, explica Okumoto.
Proação
Embora o DF esteja em período de seca, a Secretaria de Saúde segue no combate à dengue. A pasta registrou uma intensa queda no número de casos prováveis na capital, a partir de junho passado.
Os dados indicam uma redução de 99% nos casos de transmissão da dengue no período de junho a agosto. No período, foram notificados 47.745 casos de dengue, dos quais 96,9% em pessoas que residem no Distrito Federal. Desses registros, 41.572 (87,1%) estão classificados como casos prováveis.
Esse trabalho, constante, foi reforçado por meio de uma determinação judicial que permite aos agentes da Secretaria de Saúde entrar em ambientes fechados e abandonados. A medida vale, ainda, para locais onde houver negativa de acesso aos servidores. A decisão judicial tem validade de um ano e deverá perder seus efeitos em 10 de setembro de 2020.