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Verão 2019

Fiocruz faz alerta para possível epidemia de chikungunya, no Rio

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Foto/Imagem: Divulgação/Fiocruz
Jéssica Antunes

O Rio de Janeiro pode enfrentar uma epidemia de chikungunya neste verão. Esse é o alerta feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e demais órgãos municipais e estaduais de saúde. De janeiro até outubro deste ano, já foram registrados cerca de 37 mil casos da doença no estado, no mesmo período de 2017 foram notificadas apenas 4.425 ocorrências.

Para o coordenador de Vigilância e Saúde do laboratório de referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, o aumento de casos de chikungunya representa um desafio para o estado do Rio, que vem enfrentando dificuldades políticas e econômicas.

“Estamos falando de uma doença relativamente nova no Brasil e também no Rio de Janeiro. Boa parte dos profissionais de saúde formados há mais de cinco anos certamente não teve contato com informações relativas a chikungunya. Então, nós temos um desafio adicional que é capacitar esses profissionais de saúde de várias categorias que irão fazer o atendimento”, disse o coordenador.

Ele também explica que há uma preocupação com o aumento de casos de febre amarela durante o verão, já que a população do estado do Rio ainda não está devidamente vacinada. Neste ano, 268 casos já foram registrados.

“Estamos muito preocupados com a possibilidade de enfrentarmos, neste verão, os mesmos fatos que ocorreram com a febre amarela no mesmo período de 2017 para 2018. Por isso a Fundação Oswaldo Cruz, que é a fabricante da vacina contra febre amarela, faz o apelo para que a população não vacinada procure as unidades de saúde para se vacinar, que é a forma mais segura de evitar a doença”, explicou.

Prevenção

A chikungunya é uma doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue, zika e febre amarela. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, explica que a Chikungunya pode ser prevenida, mas é importante estar atento aos sintomas. “É uma doença que se parece com a dengue. Ela atinge as articulações, juntas, e pode durar por semanas, meses e até anos”.

No Rio de Janeiro, o período de maior risco de transmissão é entre janeiro e maio. “A orientação é para a pessoa com febre súbita e elevada procure um posto de atenção à saúde para que seja feita avaliação. Os grupos de risco de chikungunya são: crianças e pessoas mais idosas, principalmente aquelas que têm doenças crônicas associadas”. completa Chieppe.

Para evitar a doença, a Secretaria de Saúde recomenda eliminar qualquer possibilidade de água parada e também investir em medidas de proteção pessoal, com o uso de repelente de forma regular.

“O Rio de Janeiro vem se preparando há algum tempo, desde as epidemias de dengue. Hoje, no estado do Rio de Janeiro, todas as secretarias municipais de saúde têm planos de contingência elaborados para dar assisitência ao aumento de casos. O desafio de uma epidemia de Chikungunya é enorme, mas, hoje, essas doenças, de certa forma, têm um plano de ação preparado”, acrescenta o subsecretário.

#VacinaBrasil

Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo

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Ao Vivo de Brasília
vacina sarampo Brasil
Foto/Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença no primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado no Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.

A docente Profª Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto. “Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de cinco anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros”.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico. “Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos”, explica.

Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação. “A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus”, comenta.

Quem pode se vacinar?

O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola. Devem buscar uma unidade de saúde:

Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.

Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.

É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do seu bebê.

“Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, tomarem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade”, reforça a especialista.

Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença. “Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade”, conclui Janize.

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Painel de Monitoramento das Arboviroses

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

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Ao Vivo de Brasília
dengue Brasil 2025
Foto/Imagem: Freepik

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

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