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Custo de R$ 700

Faxineiro faz “vaquinha” para conseguir manter tratamento de filho com hidrocefalia

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Com o fornecimento dos remédios do filho interrompidos pela rede pública, um faxineiro teve de recorrer a uma “vaquinha” no local onde trabalha para conseguir manter o tratamento da criança, que tem hidrocefalia. A Secretaria de Saúde informou que a falta do medicamento é pontual e que o insumo está com estoque regularizado na Farmácia Central.

Segundo Luiz Carlos Souza, o custo é de R$ 96. Aos 8 anos, Carlos Eduardo Almeida precisa tomar quatro comprimidos por dia de um remédio para controlar a bexiga. Para os funcionários do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que contribuíram, ajudar é um gesto de caridade.

Por causa do quadro, o menino também requer gazes, fraldas e sondas – elevando os gastos para até R$ 700, afirma o homem. O faxineiro conta que o filho lida desde que nasceu com a doença, caracterizada pelo aumento de fluidos no crânio e que pressionam o cérebro. A família mora na região administrativa do Recanto das Emas.

O remédio nem sempre está presente nos postos de saúde, disse o pai. “Tem mês que tem, tem mês que não tem, e é aquele negócio”, afirmou o pai, que recebe R$ 880 como salário.

“Estou trabalhando há quase um ano e meio no CNPq. Falo para o pessoal do meu problema e todo mundo vai ajudando como pode. Se não fosse isso, não teria como a gente fazer. Ajuda muito”, declarou. “Quando eu comento, falo que ele tem problema, é cadeirante e precisa de remédio.”

Na primeira vaquinha, realizada em junho, o pai conseguiu arrecadar R$ 350. Da segunda vez, há cerca de dez dias, recolheu R$ 400. Para uma das colaboradoras, a analista Andrea Victor Dias, ajudar “é só o que faz sentido”.

“A gente tem uma condição muito privilegiada, é funcionário público e tem estabilidade. O Luiz ganha salário mínimo. Não tem sentido ter dinheiro e ver o outro nessa situação”, disse.

Segundo a servidora, todo mundo colaborou com o que tinha na carteira. Ela deu R$ 40. “Todo mundo [do departamento dela, cerca de 20 pessoas] ajudou. Quem não deu dinheiro comprou fralda.”

Hidrocefalia
Mesmo com a doença, o faxineiro diz que o filho se adapta bem à escola e que não sofre bullying. Ainda assim, ele requer cuidado constante, e Souza precisa se reveza com a mulher na atenção.

A hidrocefalia é uma doença rara no Brasil, com menos de 150 mil casos por ano. Ela é caracterizada pela dilatação da cabeça nos bebês. Crianças mais velhas e adultos são afetados por dores de cabeça, comprometimento da visão, dificuldades cognitivas, perda de coordenação motora e incontinência urinária.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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