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Dra. Sandra Sapienza*

Estudos revelam relação entre saúde bucal e o Alzheimer

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Alzheimer
Foto/Imagem: Freepik


Pesquisas recentes apontam uma relação preocupante entre a falta de cuidados com a higiene bucal e o avanço de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. De acordo com a Dra. Sandra Sapienza, cirurgiã-dentista especializada em promoção da saúde e adepta do Protocolo GBT (Guided Biofilm Therapy) da EMS (Electro Medical System), inflamações orais crônicas, como a periodontite, podem aumentar significativamente o risco de progressão da doença.

“Estudos indicam que a periodontite, uma inflamação gengival grave, está associada ao aumento dos marcadores inflamatórios no corpo, impactando diretamente o sistema nervoso central”, explica a especialista. Entre as bactérias envolvidas, a Porphyromonas gingivalis, comum em casos de periodontite, foi identificada em cérebros de pacientes com Alzheimer, evidenciando a conexão entre essas condições. Desde 1992, mais de 450 estudos publicados na base de dados PUBMED reforçam essa ligação entre saúde bucal e doenças neurodegenerativas.

Além disso, os estudos de Sim K. Singhrao revelam que bactérias como P. gingivalis e Treponema denticola estão envolvidas em danos cerebrais, favorecendo inflamações sistêmicas que comprometem a memória, aumentam o risco vascular e alteram os níveis de inflamação no corpo, como a proteína C reativa (PCR). Esses dados são preocupantes, mas a boa notícia é que a periodontite é um fator de risco modificável.

“Manter a saúde bucal em dia, adotando práticas preventivas, como o uso de tecnologias avançadas para remoção de biofilme oral pode ajudar a retardar o aparecimento dos sintomas”, afirma a Dra. Sapienza. Ela destaca o protocolo Guided Biofilm Therapy (GBT), que é uma solução moderna e eficaz para o tratamento da periodontite.

A GBT e outros protocolos integrativos reconhecidos já disponíveis em consultórios odontológicos, oferecem uma abordagem eficiente para remover bactérias e reduzir a inflamação. “Esse protocolo garante uma limpeza oral profunda e confortável, e é um método eficaz para prevenir o agravamento de inflamações que podem impactar negativamente a saúde cerebral”, explica a Dra. Sapienza.

A EMS, empresa suíça de dispositivos médicos, tem apoiado iniciativas que promovem a importância da saúde bucal para a prevenção de doenças sistêmicas, como o Alzheimer. Gislaine Sachetti, Dental & Medical LATAM Education & Marketing Manager da EMS, ressalta que “ao investirmos em tecnologias como o GBT, conseguimos integrar saúde bucal e bem-estar geral, ajudando a população a prevenir tanto problemas dentais quanto condições mais graves”.

Para pacientes e cuidadores, a mensagem é clara: cuidar da saúde bucal é um passo essencial na prevenção de doenças inflamatórias crônicas e neurodegenerativas. Pequenas mudanças na rotina de cuidados bucais podem trazer grandes benefícios, contribuindo para a saúde geral e cerebral, retardando o aparecimento de sintomas e garantindo uma melhor qualidade de vida.

*Dra. Sandra Sapienza é Cirurgiã-Dentista graduada pela UNESP, com especialização em promoção da saúde pela Faculdade de Saúde Pública de São Paulo. Com uma abordagem integrativa, ela combina técnicas tradicionais de odontologia com terapias complementares como: Yoga, Ozonioterapia e Laserterapia e outras. Speaker da EMS (Electro Medical System), Dra. Sandra é uma referência no cuidado da saúde bucal, unindo ciência e bem-estar em suas práticas odontológicas.

Saúde em dia

Janeiro Roxo alerta para importância do diagnóstico precoce de hanseníase

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Ao Vivo de Brasília
Janeiro Roxo hanseníase
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Dados da Secretaria de Saúde indicam que os casos de hanseníase diminuíram nos últimos três anos no Distrito Federal. Foram registradas 108 ocorrências em 2024. O número é 29,4% menor que os 153 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 130 registros da doença. Apesar da diminuição, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior ocorrência de casos, segundo o Ministério da Saúde (MS). Com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde, o mês de janeiro levanta atenção para o diagnóstico precoce da doença, fundamental para uma boa recuperação.

Atualmente, a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa interromper a transmissão e alcançar a meta de zero casos. A subnotificação e o atraso do diagnóstico podem levar a sequelas a longo prazo. “O Janeiro Roxo coloca a doença em evidência e desperta a atenção da população para eventuais sintomas e lesões para os quais não haviam procurado assistência, geralmente por não achar que fosse algo importante”, enfatizou a Referência Técnica Distrital em dermatologia da SES-DF, Ana Carolina Igreja. “Também desperta nos próprios profissionais um alerta para a doença”, completou.

Sintomas

A hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, é uma doença que atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar sequelas como deformidades e incapacidade físicas, e comprometer os nervos periféricos, extremidades e a pele. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado.

A especialista da SES-DF explica que o diagnóstico tardio decorre, muitas vezes, da negligência aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “Os sinais mais comuns são manchas com sensibilidade alterada. Mas nódulos eritematosos [caroços vermelhos, dolorosos e inchados], áreas com alteração de sensibilidade, áreas com diminuição sudorese [suor] e pilificação [pelos no corpo] também são sintomas frequentes”, detalhou.

Tratamento

A doença tem cura e o tratamento, padronizado pelo MS, é realizado por meio da associação de três antimicrobianos, denominada de Poliquimioterapia Única (PQT). O tempo pode variar de seis a 12 meses, de acordo com a forma clínica da doença.

No DF, o atendimento às suspeitas é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs), que encaminham os casos em que haja necessidade aos serviços de referência – no Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

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Xô, dengue!

Estações do Metrô-DF recebem ação de combate ao Aedes aegypti

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Ao Vivo de Brasília
combate à dengue Metrô-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Sete estações do Metrô-DF receberam, neste sábado (25), uma ação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Seis agentes de vigilância ambiental realizaram a aplicação de 133 litros de inseticida por meio da técnica chamada de borrifação residual intradomiciliar.

“O produto cria uma camada protetora e irá afetar o mosquito quando pousar no local”, explica o chefe do Núcleo de Controle Químico e Biológico da SES-DF, Anderson Leocadio. A aplicação ocorre nas paredes, locais onde os insetos costumam pousar. O produto não é perigoso para humanos nem animais de estimação – os agentes utilizam roupas de proteção porque fazem a diluição do produto.

A ação de hoje ocorreu nas estações Central, Galeria, 102, 106, 108, 110 e 112. Até o fim de fevereiro, as equipes da SES-DF vão realizar o trabalho em todas as estações, sempre nos fins de semana. A Rodoviária do Plano Piloto e a Rodoviária Interestadual receberam a borrifação residual intradomiciliar.

“São selecionados locais de grande circulação de pessoas e a proteção também se estende a quem mora ou trabalha nas proximidades”, explica o servidor. Ele ressalta, porém, ser necessário manter os demais cuidados para a prevenção da dengue, como a eliminação de possíveis locais de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Resultados

Além das visitas diárias dos agentes de vigilância ambiental em residências de todo o DF, a SES-DF adotou novas estratégias de combate ao mosquito transmissor da dengue, como instalações de estações disseminadoras de larvicidas e de armadilhas – chamadas de ovitrampas.

“Trabalhamos diariamente em diversas frentes para combater o mosquito Aedes aegypti. Lembrando que se trata do mesmo vetor da zika e da chikungunya. O governador Ibaneis Rocha tem nos dado todo o apoio para realizarmos as ações necessárias”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Desde janeiro do ano passado, por exemplo, foram convocados 495 novos agentes de vigilância ambiental.

Medidas preventivas

Aedes aegypti é um mosquito pequeno, de cor escura e com listras brancas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, o que significa que qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas são locais ideais para o inseto depositar seus ovos.

Confira as principais ações de cuidados que se deve ter para evitar a proliferação do mosquito:

→ Elimine focos de água parada. Verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas d’água, tonéis e barris bem tampados.

→ Use repelentes. Aplicar repelente nas partes expostas do corpo ajuda a evitar picadas. Reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente se estiver ao ar livre.

→ Proteja a casa. Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. Mosquiteiros sobre as camas também são uma boa opção.

→ Mantenha-se informado. Acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, o Distrito Federal registrou 1.421 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2024, foram registrados 29.510 casos prováveis da doença, uma redução de 95,4%.

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