Estudo propõe alternativas para reduzir acidentes fatais no trânsito
O estudo Análise de Criminologia Ambiental dos Sinistros de Trânsito com Vítima Fatal no Distrito Federal foi apresentado nesta quinta-feira, dia 16, a promotores de Justiça e representantes dos órgãos de infraestrutura e fiscalização de trânsito do DF. O procurador-geral de Justiça, Leonardo Bessa, acompanhou a apresentação e destacou que o MPDFT está pronto para apoiar a iniciativa. “O Ministério Público deve estar continuamente pautado pelo diálogo e pela prevenção. Trabalhos como esse sempre terão o apoio da Procuradoria-Geral de Justiça”, disse.
A Análise é fruto do termo de cooperação técnica firmado em 2013 entre o MPDFT e a Fundação de Peritos em Criminalística Ilaraine Acácio Arce (FPCIAA). O estudo, conduzido pelos peritos criminais Juliano Gomes e Bruno Telles, considerou os 391 acidentes com vítimas fatais acontecidos em 2012. Foram compiladas informações sobre horário, local, velocidade permitida da via, sexo da vítima e do condutor e uso de álcool ou drogas ilícitas. As ocorrências foram divididas em dois tipos: atropelamentos e colisões.
Os dados sugerem, segundo os pesquisadores, que intervenções relativamente simples podem reduzir em até 25% o número de mortes no trânsito no Distrito Federal. A instalação de barreiras eletrônicas, a construção de barreiras físicas nos canteiros centrais, a retificação de vias e a mudança de pontos de ônibus são algumas das soluções propostas.
Números
Das vítimas de atropelamento, 77% eram homens e 57% haviam usado álcool. Dos que haviam ingerido bebida alcoólica, 90% eram homens. A maioria dos atropelamentos aconteceu entre as 8h e as 10h e entre as 20h e as 22h. Em 61% dos atropelamentos fatais, a morte foi causada por politraumatismo. Nas rodovias, 70% dos atropelamentos aconteceram a até 50 metros de um ponto de ônibus. Nos locais em que há passarelas, ao contrário, não foram registradas vítimas de atropelamentos em um raio de 250 metros.
No caso das colisões, foi constatado que 45% dos acidentes com vítimas aconteceram nos finais de semana. Nos dias úteis, as ocorrências se concentraram principalmente entre as 6h e as 8h e entre as 18h e as 20h. Aos sábados e domingos, os horários de pico são a madrugada e o fim da tarde. A maioria dos condutores tinha entre 30 e 40 anos. Em 40% dos casos, a velocidade no instante da colisão era superior à máxima permitida. Mais da metade dos acidentes aconteceu porque os motoristas perderam o controle do veículo ou desviaram a atenção do tráfego.
Participaram da apresentação o chefe de gabinete da procuradoria-geral de Justiça Theodoro Carvalho; os promotores de Justiça Rodrigo Rosa e Laura Beatriz Semer, da Promotoria de Justiça Criminal de Brasília; Delson Ferro, da 2ª PJ Criminal do Paranoá; Dênio Moura, Natália Wanderlei, da PJ de Defesa de Ordem Urbanística. Também compareceram o diretor-geral do Detran-DF, Jayme Amorim de Sousa; do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Henrique Luduvice; e a engenheira do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT), Ivone Hoffman.
O alerta
PMDF dá dicas de segurança durante festas e viagens de fim de ano
Fim de ano é época de descanso e diversão. Muitas pessoas aproveitam o período para ir a festas ou para viajar. Mas é importante ficar alerta para garantir que tudo possa correr em segurança. Por isso, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) dá algumas dicas para que a curtição não vire dor de cabeça.
Em eventos, a primeira dica já é um clássico: se beber, não dirija. “Se tiver um ‘amigo da vez’ [aquele que vai ficar sem beber para dirigir], excelente. Se não tiver, a PM sugere o uso de veículos de aplicativo, que aí a pessoa pode se divertir em segurança”, aponta o porta-voz da PMDF, capitão Otávio Munhoz.
Outras orientações dizem respeito ao patrimônio. “Se for frequentar algum bar, algum show, não precisa levar todos os cartões ou dinheiro em espécie. Só com o celular, a pessoa consegue usar o cartão virtual, que é fácil de usar e de bloquear, além de ter uma senha para acessar esse cartão”, sugere Munhoz.
Bolsas e mochilas devem estar sempre na parte da frente, ao alcance da vista. Também é recomendado evitar usar cordões ou outras joias que chamem muito a atenção de possíveis criminosos. Do lado de fora, se estiver de carro, a orientação é não deixar objetos à mostra no interior do veículo. “Tudo isso pode chamar a atenção para o crime de ocasião, que é o furto”, pontua o capitão.
Residência
Para quem vai viajar, há a preocupação com a residência que ficará vazia. O primeiro cuidado deve ser com as fechaduras. Se possível, somada à tradicional, a PMDF recomenda o uso das eletrônicas. “Elas têm uma senha, que é muito difícil de conseguir acertar, e ainda têm uma espessura maior. Então, podem ser um reforço”, explica o porta-voz da corporação. Ele ainda acrescenta que não se deve “jamais colocar chaves em lugares secretos”, a fim de que outras pessoas possam pegar.
Uma outra orientação é tentar manter uma impressão de movimento na casa. Isso pode ser feito com a utilização de lâmpadas com fotocélulas, que acedem diante da ausência de luz e se apagam ao nascer do dia. Também é importante cancelar assinaturas de jornais e revistas, caso as tenha, para que os materiais não se acumulem em frente ao imóvel. Vale ainda pedir a um familiar ou amigo de confiança para fazer visitas periódicas à residência, para conferir se tudo está em ordem.
Por fim, a PMDF também sugere discrição na hora de sair com as malas — para que potenciais criminosos não vejam — e, se possível, a aquisição de alarmes e câmeras de vigilância. “E se a pessoa tiver um pouco mais de condições, vale a pena contratar um seguro contra furto, roubo, dano elétrico, alagamento. Vale a pena investir”, arremata o capitão Munhoz.
1º semestre de 2025
Inscrições para os centros interescolares de línguas começam dia 04/01
Os Centros Interescolares de Línguas (CILs) do Distrito Federal terão inscrições para o 1º semestre de 2025 no período de 4 a 10 de janeiro, exclusivamente pelo site oficial da Secretaria de Educação do DF. As vagas são destinadas a estudantes da rede pública de ensino do DF, alunos de colégios militares e à comunidade em geral, a partir do 6º ano do ensino fundamental. E, em 2025, haverá um período único de inscrições para todos esses públicos.
A subsecretária de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação da Secretaria de Educação, Francis Ferreira, chama a atenção para o período único de inscrições para todos os grupos que podem pleitear uma vaga. “É importante ficar atento, pois no ano que vem, haverá um período único de inscrições para estudantes da rede pública de ensino do DF, Colégio Militar de Brasília, Colégio Dom Pedro II e comunidade em geral”.
Apesar do período único de inscrições, o sorteio das vagas será feito em etapas de acordo com o grupo ao qual o indivíduo inscrito está inserido. Primeiro serão sorteadas as vagas para os estudantes da rede pública. Depois disso será a vez do sorteio para estudantes dos Colégios Militares de Brasília e Dom Pedro II. Só no final, serão ofertadas as vagas remanescentes para a comunidade.
As vagas estarão disponíveis em todos os 17 CILs espalhados pelo Distrito Federal. Serão ofertados cursos de Inglês, Espanhol, Francês e Japonês. O número total de vagas será divulgado até 2 de janeiro, quando cada CIL informará a disponibilidade.
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