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Desfile da Independência

Esplanada recebeu cerca de 30 mil pessoas no 7 de Setembro

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Foto/Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Andreia Verdélio, Pedro Rafael Vilela e Kelly Oliveira

A Esplanada dos Ministérios ficou lotada na manhã deste sábado, no desfile de 7 de setembro. Antes mesmo de começar o desfile, as arquibancadas já estavam lotadas. Quem não conseguiu entrar para a área das arquibancadas, ficou no gramado assistindo tudo pelos telões com imagens geradas pela TV Brasil. No início do desfile, o sol deu uma trégua, com o céu encoberto por nuvens.

A estimativa preliminar da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e do Comando Militar do Exército é de que entre 25 mil e 30 mil pessoas assistiram ao evento.

O comerciante argentino Alberto Garcia Diaz, 57 anos, mora há quase 50 anos em São Paulo e pela primeira vez assistiu ao desfile na capital. “É importante participar como forma de dar valor à história do país”, disse ele, que estava acompanhado dos dois filhos, da mulher e de um primo.

Outra família que assistiu o desfile pela primeira vez em Brasília veio de Dourado, no Mato Grosso do Sul. A funcionária pública Estela Marys Barbosa, 28 anos, mudou-se para a capital federal há 3 meses e trouxe os pais – Terezinha de Jesus Barbosa Silveira, dona de casa, 63 anos, e Izaías Tavares da Silveira, eletricista, 63 anos –, em visita a Brasília, para assistir ao desfile. “Eu estava com muito expectativa para assistir ao desfile, esperando chegar o dia 7 de setembro”, disse Estela.

O vigilante Breno Eleazar, 36 anos, contou que já serviu nas Forças Armadas por sete anos e chegou a desfilar em 2001. “É de arrepiar. É uma emoção muito grande quando a gente passa pelo público. Agora estou prestigiando vários amigos da ativa. Sempre que posso venho ao desfile”, afirmou.

Autoridades

O presidente da República participou do primeiro desfile da Independência de sua gestão na tribuna de honra, ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Com o desfile em andamento, Bolsonaro decidiu descer da tribuna e caminhar pela Esplanada dos Ministérios, acenando e cumprimentando o público. Cercado por dezenas de seguranças, Bolsonaro foi acompanhado por alguns ministros, como Sérgio Moro (Justiça e Segurança Publica), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). Em razão da quebra de protocolo, o desfile chegou a ser interrompido por alguns minutos.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois te retornar à tribuna, o presidente acompanhou o restante do desfile. Além de ministros e autoridades, os empresários Silvio Santos, Edir Macedo e Luciano Hang também assistiram boa parte da apresentação ao lado de Bolsonaro. Pouco antes do fim da exibição da Esquadrilha da Fumaça, que encerrou as comemorações do 7 de Setembro na capital federal, o presidente e sua comitiva deixaram a Esplanda.

Na chegada à residência oficial, o presidente desceu do carro para cumprimentar as pessoas presentes e falou brevemente com jornalistas que estavam no local. Segundo ele, a decisão de quebrar o protocolo e descer do palanque foi para estimular o sentimento patriótico das pessoas.

“Os seguranças ficam um pouco preocupados aqui, mas é um pequeno risco que a gente corre, porque a gente acha que pode despertar o sentimento patriótico do povo brasileiro”, afirmou.

Política

Bolsonaro também comentou a indicação do subprocurador-geral Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República. Ele demonstrou confiança para a confirmação do nome, pelo Senado. O nome escolhido pelo presidente precisará passar por sabatina e votação em plenário pelos senadores.

Bolsonaro permanece no Palácio do Alvorada até o fim da tarde e depois embarca, no início da noite, para São Paulo. Neste domingo (8) pela manhã, ele será submetido a uma nova cirurgia, dessa vez para correção de uma hérnia incisional, como parte do tratamento que faz desde o ataque a faca que sofreu no dia 6 de setembro do ano passado, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Será o quarto procedimento cirúrgico do presidente desde então. Ele passará a noite no Hospital Vila Nova Star, onde será realizada a cirurgia.

A previsão é de que Bolsonaro fique dez dias internado. O vice-presidente Hamilton Mourão assumirá o cargo a partir deste domingo e deve exercer a Presidência por cinco dias. Depois disso, Bolsonaro deve despachar de um gabinete montado no hospital.

Dados do desfile

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e o Comando Militar do Exército, a Polícia Militar registrou três ocorrências relacionadas ao uso e porte de drogas, e os Bombeiros atenderam quatro pessoas: duas pessoas que caíram – uma gestante e outra idosa; uma com problemas relacionados à pressão arterial e outra, com hipoglicemia.

Operação Natal 2024

PRF inicia operações para coibir infrações nas rodovias federais

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Ao Vivo de Brasília
Operação Natal 2024 PRF
Foto/Imagem: Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promete reforçar a fiscalização nas rodovias federais entre esta sexta-feira (20) e a próxima quarta-feira (25). Deflagrada à 0h desta sexta-feira (20), a Operação Natal 2024 prevê maior frequência nas rondas, além do posicionamento de equipes policiais em trechos identificados como os mais perigosos.

Durante a operação, que se estenderá até as 23h59 da quarta-feira de Natal, a PRF ampliará o efetivo policial nas rodovias federais para coibir, principalmente, as ultrapassagens indevidas. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas 272.955 infrações deste tipo.

Embora o total de ocorrências tenha variado pouco em comparação ao resultado registrado em 2023 (270.165), o número de acidentes com feridos e mortos aumentou significativamente. Entre janeiro e novembro deste ano, 1.557 sinistros de trânsito associados à ultrapassagem indevida deixaram 2.287 feridos e 363 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.469 acidentes, com 2.263 feridos e 313 óbitos.

Em nota, o coordenador-geral de Segurança Viária da PRF, Jeferson Almeida, destaca que o motorista que realiza ultrapassagem indevida está colocando em risco não só sua própria vida, como a de seus eventuais acompanhantes e de outras pessoas.

“A ultrapassagem indevida já é perigosa por si só. Quando associada à velocidade excessiva para conseguir realizar a manobra e não se tem sucesso, os efeitos são muito danosos. São saídas de pista, colisões transversais ou frontais, circunstâncias em que o choque entre os veículos é mais intenso”, enumera Almeida.

O motorista flagrado realizando ultrapassagens indevidas pode ser multado em até R$ 2.934,70 e ter o direito de dirigir suspenso.

Rodovida

A Operação Natal 2024 é a primeira das grandes ações da Operação Rodovida 2024/2025, que a PRF lançou nesta quarta-feira (18). Com o tema Desacelere: Seu Bem Maior é a Vida, a iniciativa se estenderá até 9 de março de 2025, com o objetivo de tentar reduzir as ocorrências por excesso de velocidade nas rodovias federais.

De janeiro a outubro deste ano, o excesso de velocidade resultou em mais de 5 milhões de autos de infração – mais que o dobro dos 2,1 milhões de autuações registradas no mesmo período de 2023. Apesar da alta significativa nas infrações, a PRF registrou queda no número de sinistros de trânsito e mortes em que a causa principal foi o excesso de velocidade. De janeiro a outubro deste ano, foram 3.478 sinistros e 358 óbitos. No ano passado, foram 3.508 ocorrências e 381 mortes.

Por outro lado, entre janeiro e outubro de 2024, a PRF registrou 9.013 sinistros de trânsito atribuídos à reação tardia ou ineficiente dos condutores, o que resultou em 10.506 feridos e 575 mortes. A correlação entre o excesso de velocidade e a reação tardia ou ineficiente dos condutores é um dos principais desafios para a segurança viária. A velocidade excessiva reduz o tempo de reação necessário para desviar de obstáculos, frear a tempo ou lidar com mudanças inesperadas na via. Isso se reflete nos dados, uma vez que a velocidade elevada pode ser fator determinante em muitos sinistros de trânsito fatais com vítimas.

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IBGE

Inflação que calcula reajuste do salário mínimo fica em 4,84%

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Real Brasileiro - salário mínimo
Foto/Imagem: Freepik

O índice de inflação que faz parte do cálculo do reajuste anual do salário mínimo fechou novembro em 0,33%, chegando a 4,84% no acumulado de 12 meses. Os dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram divulgados nesta terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O salário mínimo de 2024 é de R$ 1.412. Para 2025, a regra de reajuste em vigor determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2024. Ou seja, 4,84%.

A segunda correção é o crescimento da economia de dois anos antes, no caso, 2023. No último dia 3, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 2023, passando de 2,9% para 3,2%.

Por essa regra, o salário mínimo de 2025 seria R$ 1.527,71. Com o arredondamento previsto em lei, a valor sobe para R$ 1,528. Reajuste de 8,22%.

Nova regra

No entanto, no início do mês, o governo enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 4614/24, que faz parte de um pacote de corte de gastos. O texto busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do chamado arcabouço fiscal – mecanismo que controla a evolução dos gastos públicos. Dessa forma, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.

A intenção do governo é aprovar o projeto de lei ainda em 2024, de forma que a nova forma de reajuste do salário mínimo vigore para 2025. No último dia 4, o plenário da Câmara aprovou que o texto tramite em regime de urgência, o que acelera a discussão.

Caso a matéria seja aprovada, o salário mínimo receberia duas correções: os 4,84% do INPC mais 2,5%. Assim, o valor iria a R$ 1.517,34. Com o arredondamento, R$ 1.518, reajuste de 7,51% e valor final R$ 10 menor que o da regra atual.

A justificativa do governo para alteração da fórmula de reajuste é reduzir despesas que têm o salário mínimo como piso, a exemplo dos benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial.

“O projeto de lei é fundamental para dissipar incertezas que afetam os preços dos ativos da economia brasileira, garantindo resiliência ao regramento fiscal, ao mesmo tempo em que assegura maior espaço fiscal a despesas discricionárias com fortes efeitos multiplicadores, como os investimentos públicos”, justifica o governo na mensagem que acompanha o projeto.

Revisão

Sendo ou não aprovado o projeto, o governo terá que revisar cálculos, pois o PL Orçamentário Anual para 2025 – enviado para o Congresso Nacional em 30 de agosto – estimava reajuste de 6,87% para o salário mínimo, o que elevaria para R$ 1.509.

O percentual de 6,87% era composto por 3,82% – previsão do INPC – mais 2,91% – crescimento do PIB de 2023 antes de ser revisto pelo IBGE.

INPC x IPCA

O INPC conhecido nesta terça-feira tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), comumente chamado de inflação oficial. A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, até 40 salários mínimos.

O IPCA fechou novembro em 0,39% e acumula 4,87% em 12 meses.

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