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Dr. Fabrício Morais Salgado

Especialista desvenda mitos e verdades sobre o câncer de próstata; confira

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mitos e verdades sobre o câncer de próstata
Foto/Imagem: Freepik


O câncer de próstata é uma preocupação significativa para a saúde masculina, sendo o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens no Brasil – de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em 2022 tenham ocorrido mais de 65 mil novos casos da doença no país. A relevância de disseminar informações sobre o câncer de próstata é fundamental, uma vez que o diagnóstico precoce desempenha um papel fundamental na eficácia do tratamento e na sobrevida dos pacientes.

Para auxiliar no esclarecimento das dúvidas sobre o câncer de próstata, a GE HealthCare, empresa líder global em tecnologia médica, diagnóstico farmacêutico e soluções digitais, reuniu explicações do Dr. Fabrício Morais Salgado, Líder de Gestão em Saúde da GE HealthCare para América Latina, sobre os mitos e verdades acerca da doença.

O câncer de próstata afeta apenas homens idosos? MITO.

O câncer de próstata é mais comum com o aumento da idade. No entanto, homens de todas as idades devem ficar atentos aos fatores de risco pessoais e conversar com seus médicos para a realização de exames que permitam a detecção precoce da doença. Cerca de 25% dos novos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com menos de 65 anos.

O exame de PSA pode substituir o exame de toque? MITO.

Embora o PSA (Antígeno Prostático Específico) seja bastante eficiente, a enzima pode não sofrer alterações em todos os homens que apresentam o câncer de próstata. Cerca de 20% dos tumores no órgão crescem sem aumentar os níveis da substância no sangue e, portanto, o tumor pode estar presente mesmo em homens com PSA normal. Além disso, o aumento do PSA também pode estar relacionado a outros fatores. Assim, o toque retal é fundamental não só para ajudar no diagnóstico do câncer de próstata, mas também para o controle da doença. Afinal, o exame verifica se o órgão se mantém normal mesmo após a conclusão do tratamento.

A vasectomia causa câncer de próstata? MITO.

Não há evidência científica que comprove que a vasectomia aumenta o risco de câncer de próstata. Por isso, este procedimento não é considerado um fator de risco para esta doença.

O tratamento da doença provoca incontinência urinária? MITO.

Ao tratar tumores de próstata, há possibilidade de comprometimento de músculos e inervações, especialmente durante a cirurgia. Aproximar-se demais ou cortar parte do músculo pode resultar em algum grau de incontinência pós-operatória.

No entanto, é fundamental destacar que a incontinência urinária completa é rara. Estatísticas atuais indicam que apenas cerca de 1% dos pacientes enfrentam a incontinência urinária. Além disso, a incontinência geralmente é temporária. Em até três meses após a cirurgia, em média 90% dos pacientes recuperam a continência. O restante, na sua maioria, recupera-se dentro de um ano.

O tratamento da doença causa impotência? MITO.

Os riscos de impotência sexual após a cirurgia de retirada da próstata existem. Entretanto, caso isso ocorra, trata-se de uma situação temporária. Ou seja, a impotência pode ser revertida de maneira natural ou a partir de tratamentos feitos com métodos ou medicações específicas.

Todos os casos de câncer de próstata necessitam de tratamento? MITO.

Nem todos os tipos de câncer de próstata requerem tratamento imediato. O tratamento do câncer de próstata depende da idade, do estadiamento do tumor, da quantidade de células cancerígenas presentes no tecido da biópsia, dos sinais e sintomas apresentados e do estado de saúde geral do paciente.

Câncer de próstata sempre tem cura? MITO.

Casos diagnosticados precocemente em que o tumor atingiu apenas a próstata têm grandes chances de cura. Por outro lado, tumores muito grandes que ocupam não só toda a próstata, mas atingem as regiões adjacentes, têm tratamento mais difícil e nem sempre têm cura efetiva.

O câncer de próstata não apresenta sintomas numa fase inicial? VERDADE.

Em estágio inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas – e é nesta fase que o homem apresenta chance total de cura em mais de 90% dos casos. Diante disso, a realização de exames preventivos são fundamentais para o diagnóstico precoce.

Homens sedentários têm mais chance de desenvolver câncer de próstata? VERDADE.

O sedentarismo e a obesidade estão relacionados a alterações metabólicas, que podem levar às alterações responsáveis pela origem do câncer. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de câncer no mundo têm relação com o estilo de vida. Entre os principais fatores responsáveis por este preocupante cenário estão os hábitos alimentares pouco saudáveis e a falta de uma rotina de exercícios físicos.

O risco de câncer de próstata é maior se algum familiar teve a doença? VERDADE.

A hereditariedade é um dos principais fatores de risco para a doença. Um parente de primeiro grau com a doença tem a chance duplicada de ter o câncer de próstata. Dois familiares ou mais com a doença aumentam essa chance em cinco ou até dez vezes. Para quem tem casos na família, o recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia é procurar um urologista a partir dos 40 anos.

Homens negros tem maior chance de desenvolver a doença? VERDADE.

O câncer de próstata está muito ligado à genética das pessoas e, por isso, os homens negros podem desenvolver a doença antes. Não se sabe exatamente o motivo pelo qual os negros têm essa tendência maior, mas estudos comprovam que, entre os negros, a doença se desenvolve com uma frequência cerca de 10% maior. O tumor entre os negros também tende a ser mais agressivo.

Protegendo bebês

Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

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Nirsevimabe bronquiolite
Foto/Imagem: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.

A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.

“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.

A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.

Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.

Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.

“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.

Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.

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26 de abril

Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

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Ao Vivo de Brasília
hipertensão arterial
Foto/Imagem: Freepik

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.

Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.

O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.

Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.

A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.

Sinais de pressão alta

Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.

Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.

Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.

“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.

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