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Tecnologia

Especialista demonstra como IA e drones revolucionam agricultura

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Drone IA lavoura IEEE
Foto/Imagem: Freepik


O avanço do uso de tecnologia na agricultura de precisão modifica a forma como os drones são utilizados para potencializar a atividade. Equipados com Inteligência Artificial (IA), esses dispositivos não apenas capturam imagens e coletam dados, mas já conseguem analisar essas informações em tempo real para entregar insumos valiosos aos produtores. A combinação de sensores avançados e algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning) está ajudando a prever pragas, otimizar a irrigação e melhorar a produtividade das lavouras brasileiras.

Especialista do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos, organização mundial que reúne cientistas que tratam da tecnologia em benefício da humanidade), Juan Galindo indica que os drones que utilizam IA podem já no sobrevoo detectar anomalias nas plantações ao reconhecer certos padrões de crescimento e outros indícios precoces de possíveis doenças ou pragas que podem avançar sobre aquela cultura.

A combinação de sensores térmicos com os algoritmos inteligentes utilizados no dispositivo que mapeia a plantação também é decisiva no momento de antecipar possíveis falhas no sistema de irrigação e, ao mesmo tempo, otimizar o uso da água.

Juan Galindo, que também é especialista em drones e coautor do estudo sobre processos de recarga de UAVs (Veículos Aéreos Não Tripulados, ou drones) na agricultura, destaca que os algoritmos de machine learning conseguem classificar culturas de forma automática e, ainda, estimar a produtividade daquela safra.

“Essa capacidade preditiva possibilitada pelo sistema drone, Inteligência Artificial e reconhecimento de padrões contínuos permite ao produtor o planejamento da colheita, tomada de decisões mais precisas e a redução de desperdícios”, explica Galindo. “A otimização do uso de insumos, a adoção de medidas de combate preventivo contra possíveis intempéries ou ataques de pragas previamente detectadas são outras vantagens que podem ser enumeradas”, prossegue.

Benefícios esperados com o desenvolvimento da tecnologia e passos futuros

A intensificação das aplicações tecnológicas no campo possibilita, em um período mais longo, a redução de impactos ambientais sobre as regiões de cultivo e o planejamento de manejo de culturas para ampliar sua produtividade.

O especialista do IEEE também projeta que o uso dos drones com Inteligência Artificial e o aumento do volume e da capacidade de processamento de dados aprimore a capacidade preditiva do sistema. E não se trata apenas de indicar com elevado respaldo de acerto a emergência de uma praga ou a falta de irrigação com um simples sobrevoo. “A tendência é de detectar certos padrões na estrutura da planta e a partir dessa leitura já alertar para a intervenção necessária e o ponto específico em que precisa ser feita. E identificação precoce somada a tomada de decisão ágil e cirúrgica resulta em maior eficiência e menor impacto sobre o ambiente”, projeta Galindo.

Em uma projeção mais longa a repetição de voos e o acúmulo de informações, intervenções e desfechos pode tornar o drone agrícola apto a ser programado para agir de forma autônoma como resposta a padrões detectados na área de cultivo. “Os atributos de machine learning e a acurácia dos modelos de IA que tendem a crescer com o aumento no volume de dados podem ser suficientes para legitimar esse tipo de decisão. Mesmo com a possibilidade, a supervisão de especialistas humanos continuaria sendo recomendável para monitorar o desempenho e as reações dos dispositivos. Nem que somente para comprovar o quanto essa velocidade e precisão seriam ainda mais decisivas para aumentar a produtividade e otimizar o uso dos recursos”, sugere Galindo.

Sobre o IEEE

O IEEE é a maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade. Através de suas publicações, conferências, padrões tecnológicos e atividades profissionais e educacionais altamente reconhecidas, o IEEE se estabelece como a voz confiável em diversas áreas, incluindo sistemas aeroespaciais, computadores, telecomunicações, engenharia biomédica, energia elétrica e eletrônicos de consumo.

Atlas Mundial da Obesidade 2025

Uma a cada três pessoas no Brasil vive com obesidade, mostra relatório

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Ao Vivo de Brasília
obesidade Brasil
Foto/Imagem: Freepik

Aproximadamente uma a cada três pessoas no Brasil, 31%, vive com obesidade e essa porcentagem tende a crescer nos próximos cinco anos. No país cerca da metade da população adulta, entre 40% e 50%, não pratica atividade física na frequência e intensidade recomendadas.

Os dados são do Atlas Mundial da Obesidade 2025, da Federação Mundial da Obesidade (World Obesity Federation – WOF).

O relatório mostra que, no Brasil, 68% da população tem excesso de peso e, dessas, 31% tem obesidade e 37% tem sobrepeso. O Atlas traz ainda uma projeção de que o número de homens com obesidade até 2030 pode aumentar em 33,4%. Entre as mulheres, essa porcentagem pode crescer 46,2%.

O sobrepeso e a obesidade podem trazer riscos. Segundo o Atlas, 60,9 mil mortes prematuras no Brasil podem ser atribuídas as doenças crônicas não transmissíveis devido ao sobrepeso e obesidade, como diabetes tipo 2 e Acidente Vascular Cerebral (AVC) – a informação é baseada em dados de 2021.

Diante desse cenário, o endocrinologista Marcio Mancini, diretor do Departamento de Tratamento Farmacológico da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) e diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), diz que o Brasil precisa tratar o sobrepeso e a obesidade com uma questão de saúde pública.

“É um problema de saúde pública, não dá mais para responsabilizar um indivíduo. Não dá para falar para aquela pessoa que sai às 5h da manhã de casa e chega em casa às 21h, que passa várias horas em transporte público, para comer mais frutas e legumes e ir para academia fazer exercício”, defende. “O problema de saúde pública tem que ser enfrentado com medidas de saúde pública”, enfatiza.

Ele cita exemplos de medidas como aumentar as taxas de bebidas açucaradas como formas de conscientizar a população e colocar avisos nos rótulos dos alimentos de que aquele produto possui altas taxas de açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Mas reforça que ainda são necessárias outras ações, como reduzir os preços de alimentos saudáveis e campanhas permanentes nas escolas.

“Tem um dia por ano que se fala de alimentação saudável na escola. Isso não adianta absolutamente nada. Ninguém vai mudar a sua alimentação por escutar uma vez do ano alguma coisa sobre a alimentação saudável. Tem muito a ser feito”, diz o médico.

Ele acrescenta que até mesmo medidas de segurança pública e urbanismo podem incentivar e permitir que a população tenha uma melhor qualidade de vida.

“Até mesmo violência urbana, iluminação urbana [têm impacto] porque as pessoas têm medo de andar na rua. As pessoas poderiam usar menos o carro e usar transporte público, se o transporte público fosse de qualidade”, diz. “Ter parques em todas as regiões da cidade, não só em regiões privilegiadas, ter calçadas adequadas para as pessoas caminharem. Vai muito além de só falar para a pessoa, olha, coma direito e vá se movimentar”.

Situação no mundo

De acordo com o Atlas, atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem com obesidade. Projeções indicam que esse número pode ultrapassar 1,5 bilhão até 2030, caso medidas efetivas não sejam implementadas.

O relatório mostra que dois terços dos países estão despreparados para lidar com o aumento dos níveis de obesidade, com apenas 7% tendo sistemas de saúde adequadamente preparados.

A obesidade está ligada a 1,6 milhão de mortes prematuras anuais por doenças não transmissíveis, superando as fatalidades em acidentes de trânsito. A Federação Mundial da Obesidade calcula um possível aumento de 115% na obesidade entre 2010 e 2030, e pede que a questão seja tratada por “toda a sociedade”, com políticas como rotulagem de alimentos, tributação e promoção da atividade física.

O relatório mostra que os índices brasileiros são melhores que os dos Estados Unidos, por exemplo, com 75% da população com excesso de peso e, dentro desse grupo, 44% das pessoas com obesidade. Mas, na outra ponta, são piores que países como a China, com 41% da população com excesso de peso e, desses, 9% com obesidade.

“Apesar de a alimentação do brasileiro estar piorando ano a ano, cada vez se come menos arroz e feijão e se come mais esses alimentos processados, o Brasil não come tanto ultraprocessado como os Estados Unidos, por exemplo. É o momento de tentar reverter esse cenário”, defende Mancini.

Mudar o Mundo Pela Saúde

Diante desses dados, a campanha Mudar o Mundo Pela Saúde busca mobilizar governos, organizações de saúde e toda a sociedade para promover mudanças. Esta terça-feira (4) é o Dia Mundial da Obesidade, que buscar conscientizar população e governos sobre a obesidade.

Como parte da campanha no Brasil, a Abeso, em parceria com a Sociedade SBEM, lança o e-book gratuito Mudar o Mundo Pela Nossa Saúde, que tem como objetivo analisar e propor mudanças em políticas públicas, iniciativas privadas e diversos setores para criar sistemas mais eficazes na prevenção e tratamento da obesidade.

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Gustavo Quirino

Médico-veterinário alerta para cuidados com os pets durante onda de calor

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Ao Vivo de Brasília
cuidados com animais no calor
Foto/Imagem: Freepik

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, o calor intenso experimentado nas últimas semanas deve continuar, sendo registradas as máximas temperaturas já vistas no Brasil nos últimos anos. Um sinal de alerta para os tutores de pets durante a onda de calor, que devem ficar atentos ao comportamento dos animais e redobrar alguns cuidados quando o assunto é a alimentação e hidratação, levando em conta as particularidades dos cães e dos gatos.

Os cães, por exemplo, regulam a temperatura de seu corpo por meio da ofegação, o que faz com que percam uma considerável quantidade de água. Por isso, seu consumo hídrico deve ser maior nos dias mais quentes. Os gatos, por sua vez, são descendentes de animais que viviam no deserto e, como reflexo, ainda hoje bebem pouca água voluntariamente, mesmo no calor. Por isso, os felinos necessitam de estímulo constante para maior ingestão hídrica.

Outro ponto a ser considerado é que o calor pode levar à diminuição do apetite. Além disso, o cuidado deve ser ainda maior em relação à conservação do alimento, tanto o armazenado quanto o que ficará disponível no comedouro, pois nessa temporada, além da alta temperatura e umidade, ocorre maior proliferação de insetos transmissores de doenças, como moscas, formigas e baratas, e outras pragas que contaminam os alimentos e que são atraídos pela ração.

O médico-veterinário Gustavo Quirino, que atua na capacitação técnica de nutrição de cães e gatos na Adimax, reforça os principais cuidados com os pets no calor. Seguindo essas dicas o tutor estará proporcionando saúde, bem-estar e qualidade de vida ao seu pet!

✔ Mantenha o bebedouro e o comedouro em ambiente tranquilo, fresco, livre da luz solar direta e da possibilidade de pegar chuva;

✔ Tenha mais de um bebedouro espalhado pela casa, tanto para os cães quanto para os gatos, pois isso estimula a ingestão de água;

✔ Quando possível, prefira fontes de água (principalmente para gatos), pois eles dão preferência por água fresca e corrente, estimulando, assim, o consumo;

✔ Lave e troque a água do bebedouro do animal pelo menos uma vez ao dia; podem ser adicionadas pedras de gelo no bebedouro;

✔ Procure reorganizar os horários de alimentação para os períodos mais frescos do dia (manhã e noite); se viajar, leve a alimentação que seu pet já está acostumado. Nunca faça trocas bruscas;

✔ Evite deixar sobras de alimentos no pote para evitar atrair insetos e também para evitar que o alimento se deteriore pela exposição prolongada. Além disso, a exposição longa promove perda do aroma, crocância e sabor, diminuindo a aceitação;

✔ Adicione alimentos úmidos na dieta, como os sachês, que colaboram para a ingestão hídrica. Estes alimentos podem ainda ser misturados com água e colocados em formas de gelo, e oferecidos ao pet como “sorvete”;

✔ Sempre que sair para passeios mais longos ou se o pet for te acompanhar na rotina, jamais esqueça de levar seu bebedouro e uma garrafinha com água para ir oferecendo;

✔ Na loja, verifique se o pacote do alimento a ser adquirido não apresenta pequenos furos ou até pequenos rasgos, que podem ter sido porta de entrada para insetos, bem como observe se nas dobras não existem pequenos pontos brancos ou “teias” que podem indicar contaminação do alimento por insetos;

✔ Em casa, se optar por manter o produto na embalagem original, garanta que estará bem fechada e vedada, longe do chão e de paredes. Se for utilizar um recipiente para guardar, ele deve ser bem vedado, limpo, seco e proteger o alimento da luz. Independentemente da escolha, o alimento deve ser sempre guardado em ambiente seco, ao abrigo da luz e longe de produtos químicos. E muito importante: não se esqueça de guardar a embalagem original para uma eventual necessidade de contato com o fabricante.

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