Dias 19 e 20 de Julho
Entrada gratuita: Divas do Samba homenageia Dona Ivone Lara
O samba pede passagem na Capital Federal! A segunda edição do projeto Divas do Samba, um projeto da Beco da Coruja e Maria Maria Produções, chega rendendo tributo a uma de suas grandes damas. “Dona Ivone Lara, a Rainha do Samba” será interpretada por mulheres de diversas partes do país.
Na sexta (19), Anna Christina (DF), Juliana Ribeiro (BA) e Dhi Ribeiro (DF) revezam-se na área externa do Museu da República. No sábado (20), é a vez de Fabiana Cozza (SP), Karynna Spineli (PE) e Cris Pereira (DF). Em cada noite, as intérpretes serão acompanhadas por uma banda de Brasília.
Com músicas e histórias da vida de Dona Ivone, o projeto quer ressaltar a importância da sambista e compositora para a cultura brasileira. “Ela foi um ícone, numa época onde a mulher não tinha espaço e tão pouco ocupava as rodas de samba do país”, conta Ellen Oliveira, idealizadora do projeto. “Também cantar a força das mulheres, ocupar cada vez mais um espaço que é delas. Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive fazendo samba”, acrescenta.
Além dos shows, o festival investe em ações de acessibilidade. Para o público surdo, um palco com as caixas de sub-graves posicionadas na frente do palco para que possam sentir a vibração da música e uma área reservada com palco suspenso para as pessoas com deficiência visual, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Haverá ainda interpretação em libras e audiodescrição durante os shows.
Sexta-feira, 19 de julho
Anna Christina (DF)
Uma das maiores representantes do Samba brasiliense. A Anna tem uma versatilidade incrível, versa do axé ao pop rock, passa pela bossa-nova, mas tem um domínio incrível quando fala de samba. Com 26 de carreira, já rodou o Brasil e o mundo cantando samba. Em Salvador e no Rio de Janeiro, cantou nas principais casas de samba, sempre com casa cheia e aclamada pela crítica musical. Já dividiu o palco com grandes nomes como Jorge Aragão, Dona Ivone Lara, Monarco, Zé Luiz do Império, Toninho Geraes, Tia Surica e Zeca Pagodinho.
Juliana Ribeiro (BA)
Essa baiana arretada é um dos maiores nomes do samba em Salvador. Quem já ouviu a voz dessa mulher garante que ela é dona de uma dos timbres mais lindos que se tem notícia. Com forte influência dos ritmos africanos, o repertório da Juliana vem com muito Lundu, o Jongo, o Maxixe, os Sembas Angolanos, o Batuque e os Sambas-de-Roda. De quebra, ela ainda é historiadora e mestre em Cultura e Sociedade, com pesquisas que desnudam a história do samba. E claro, todo esse conhecimento ela traz para o palco, com um show que resgata as origens do samba!
Dhi Ribeiro (DF)
Quem já respirou em uma roda de samba em Brasília, conhece o trabalho dessa mulher! Uma das vozes mais marcantes do samba brasiliense não podia ficar de fora do Divas do Samba. Com 31 anos dedicados à música, Dhi Ribeiro é uma das maiores representantes do samba no DF. Com domínio de um repertório que passa por várias vertentes do samba, no seu último DVD focou no tema afro, com inspiração na diáspora negra. Dhi canta o sincretismo religioso, sambas de romance, sambas de roda, tudo tratado com as cores da mulher moderna e empoderada.
Sabádo, 20 de julho
Fabiana Cozza (SP)
Gente, vocês não tem noção do que é a VOZ dessa mulher. É de uma potência absurda. Não por acaso essa paulistana é apontada críticos e público como uma das importantes intérpretes da música brasileira contemporânea. Se você ainda não viu um show da Fabiana, eu garanto que está perdendo uma oportunidade única. Ela é MUITO incrível, só vendo pra crer. A Fabiana já venceu DUAS vezes o Prêmio da Música Brasileira, em 2012 e 2018, respectivamente “Melhor cantora de samba” e “Melhor CD de língua estrangeira”. Além do samba, manda super bem no jazz, e já foi convidada pelas maiores Big Bands europeiras para se apresentar em festivais do gênero na Europa e Ásia.
Karynna Spinelli (PE)
Uma das maiores vozes do samba pernambucano, Karina interpreta grandes mulheres negras do Samba e da Cultura Popular Brasileira. Ela canta a resistência da mulher na história do Samba relembrando as canções de Ivone Lara, Leci Brandão, Alcione, Lia de Itamaracá, Jovelina Pérola Negra, Clementina de Jesus e Tia Ciata. Além da forte percussão que marca o seu trabalho, Karynna traz nas canções a louvação a divindades femininas do candomblé. No repertório ela vai misturar samba, ciranda, batuque e macumba, para celebrar o empoderamento da mulher!
Cris Pereira (DF)
Mais uma das maiores representantes do samba brasiliense! Dona de uma voz suave, Cris Pereira está com as raízes fincadas no samba, mas passeia por outros estilos da Música Popular Brasileira. No repertório, não faltam canções que abordam a questão racial, tema que sempre chamou a atenção da artista. Finalista do Prêmio Sesc de Música Tom Jobim (2009) e do Prêmio da Música Popular Brasileira (2010) na categoria Ivone Lara, Cris também é idealizadora e integrante dos projetos “Nós Negras”.
Divas do Samba
- Dias: 19 e 20 de Julho
- Horário: a partir de 20h
- Local: Museu Nacional da República
- Livre para todas as idades
- Entrada Gratuita
Atualizado em 11/07/2019 – 09:54.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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