Segurança
Eficiência nos atendimentos da Ciade ajuda na redução de crimes no DF

Mariana Damaceno
A Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade) atende atualmente uma média superior a 95% das ligações de emergência que chegam a números como o 190, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e o 193, do Corpo de Bombeiros Militar.
O índice alcançado neste ano pelo serviço é o melhor desde 2013, quando foi instalado o programa que cataloga as ligações. Entre as medidas para se chegar à marca, uma das principais tem relação direta com o Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida, plano de prevenção e combate à violência no DF.
A integração entre a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social e outros órgãos do governo é determinante não só para a queda na maioria dos crimes monitorados, mas também para o descongestionamento das linhas da Ciade, na visão do subsecretário de Operações Integradas, coronel Leonardo Sant’Anna.
O oficial da PMDF pontua, como parte importante da estratégia, uma nova metodologia adotada pelo governo em março deste ano, vista como pioneira no País. Trata-se de quatro passos-chaves: tratamento, integração, monitoramento e estabilização.
Na primeira etapa, são detectados os principais tipos de crime em determinada área. Na segunda, de forma integrada, desenvolvem-se medidas necessárias para colocar fim ao problema.
Nesse caso, não precisam ser ações de polícia. Elas podem envolver órgãos como a Agência de Fiscalização (Agefis), no fechamento de um bar aberto fora do horário permitido, por exemplo, ou a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), na poda de árvores ou roçagem.
Quando as ações de contenção terminam, entra em curso a terceira fase, de monitoramento. A ideia é checar se o que foi feito diminuiu a quantidade de ocorrências. Se sim, são tomadas medidas para estabilizar a situação.
Posicionamento estratégico de viaturas
A integração com as forças de segurança também resultou no posicionamento estratégico das viaturas tanto do Corpo de Bombeiros quanto da Polícia Militar. No primeiro caso, em uma operação interna, os veículos são dispostos em áreas pré-determinadas, próximo a locais onde há alto índice de crimes ou acidentes.
“A partir da leitura de alguns locais onde temos maior número de ocorrências, determinamos um ponto médio de atendimento. Assim, se eu preciso circular, reduzo o tempo de deslocamento”, detalha o coronel Sant’Anna.
No caso da Polícia Militar, esse posicionamento estratégico ainda ganha outra função: combater a sensação de medo na população. Isso também influencia, de acordo com o subsecretário, para que menos pessoas entrem em contato com o 190.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, os crimes afetam a cerca de 25% da população, enquanto o medo, a 80%. As desordens urbanas, como a precariedade na infraestrutura e até o som alto, são exemplos do que causa sensação de insegurança.
Aumento no número de atendentes
O aumento no número de atendentes para o 190 no início deste ano, aliado à capacitação constante dos que ficam por trás da linha telefônica, permitiu que o tempo de resposta do serviço de emergência caísse para 10 minutos, em média. Essa demora, em determinadas localidades, ultrapassava os 18 minutos.
Na análise do subsecretário, há vários fatores que ainda dificultam a resposta ao cidadão. Um deles é a falta de endereçamento em grande parte do Distrito Federal. “Infelizmente, a falta de ordenamento adequado traz dificuldade para a chegada do serviço público.”
Outro complicador é a quantidade de ligações que não condizem com a natureza do serviço. Os atendentes gastam muito tempo passando informações como horário de ônibus, dia de pagamento de salário e localização de pontos turísticos.
O subsecretário explica que a central não deixa de atender esse tipo de demanda, mas, claro, não a prioriza. Das 37.824 ligações que o 190 recebeu de 4 a 13 de outubro, 16% eram para esse tipo de serviço.
Um terceiro problema são as falsas comunicações, que representam 11% do total. “O Distrito Federal perde, no mínimo, R$ 500 mil por ano com trote. Isso calculando apenas o tempo de atendimento”, revela Sant’Anna. A estimativa, ele esclarece, não leva em conta o deslocamento das viaturas.
Ou seja, o número de emergência da PMDF chega a ter 27% das ligações ocupadas por esses dois tipos de demanda. A porcentagem é igual à das emergências de fato.
O restante das ligações é referente a quedas de linha, telefone aberto (quando há problema no aparelho ou na operadora) e transferências ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Capacitação para fugir dos trotes
Como escapar desse tipo de situação foi um dos conteúdos ministrados durante a última capacitação pelas quais os atendentes passaram. Analisar o tom de voz do solicitante, perceber se ele disfarça e checar se conta uma história coerente são algumas táticas aprendidas pelos servidores para não gastar tempo com trotes.
“Quanto menos você leva para detectar que aquela ligação não é emergência, maior o volume de pessoas atendidas”, observa o coronel, para quem, qualquer detalhe pode ser determinante nessa descoberta. “É fundamental que a gente consiga conscientizar as pessoas sobre os serviços de emergência.”
Modernização do sistema
Na parte operacional, a central passou a ter também um sistema de filtragem, que direciona os solicitantes para linhas determinadas, a depender da gravidade do caso. Isso garante que emergências mais sérias tenham prioridade.
A subsecretaria ainda começará a utilizar uma versão mais moderna do Sistema de Gestão de Ocorrências (Sigeo). Ela englobará uma quantidade maior de camadas de informações, como o posicionamento de todos os hidrantes, as vias congestionadas e o itinerário dos ônibus que circulam do DF.
Os atendentes também poderão ter acesso a aplicativos de trânsito, nos quais poderão saber, em tempo real, sobre acidentes e acionar viaturas com mais rapidez.
“O novo sistema vai permitir que tenhamos, inclusive, outros tipos de acionamento, como o por aplicativo de celular.” A medida, segundo ele, evitaria congestionamento de linha e os trotes.
Além da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, a Ciade ainda tem atendimentos relacionados ao Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), à Polícia Civil e à Defesa Civil.

Mais segurança
Uber em Brasília terá botão de emergência com ligação para a Polícia Militar (190)

O botão de emergência do aplicativo da Uber agora será integrado ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), com o objetivo de agilizar a resposta da Polícia Militar do DF (PMDF) em situações críticas.
A iniciativa foi oficializada nesta quinta-feira (24), durante assinatura de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a SSP-DF e a empresa privada. Com a integração, ao acionar o botão de emergência no aplicativo, usuários e motoristas compartilham automaticamente com as forças de segurança a localização em tempo real e dados da viagem — como placa, modelo, cor do veículo e informações do usuário e do condutor. O sistema funciona por meio da empresa RápidOS, que interliga a Uber ao Ciob.
O Distrito Federal é a primeira Unidade da Federação do Centro-Oeste a contar com a integração do aplicativo da Uber ao canal de emergência 190. “O DF tem uma política inovadora de proteção. Temos os melhores índices de segurança pública da história e sermos referência na segurança dos aplicativos é, com certeza, uma grande alegria”, destacou a vice-governadora Celina Leão, durante a cerimônia.
“Com base nessas informações, vamos conseguir rastrear o veículo de imediato. Mesmo que o dispositivo seja descartado, ainda teremos o registro do local onde isso ocorreu, o que facilita a atuação da Polícia Militar”, explicou o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. Ele afirmou ainda que a parceria é um passo importante para a segurança na capital e pode servir de modelo para outras empresas.
Para a comandante da PMDF, Ana Paula Habka, a integração contribui com o trabalho da corporação. “A PMDF está sempre em apoio aquilo que a gente faz de melhor, que é a segurança. Mas para isso é muito importante que a gente se una com a sociedade civil, os equipamentos privados e a segurança pública. A gente agindo juntos, termina um papel melhor que é dar segurança tanto ao trabalhador, quanto ao usuário da Uber”, destaca.
A iniciativa marca o primeiro passo da parceria, mas ainda será necessário um período de integração entre os sistemas da Uber e da PMDF para definir os desdobramentos técnicos e operacionais da implementação.
Como vai funcionar
O botão de emergência — representado por um escudo — aparece para motoristas e usuários assim que a corrida começa, durante todo o trajeto. Ao selecionar a opção “Ligar para a Polícia”, o sistema encaminha, de forma automática, os dados do veículo, do motorista e a localização exata da ocorrência para a central de segurança. Em seguida, o usuário realiza a ligação para relatar a situação, já contando com o suporte das informações enviadas previamente.
A ferramenta utiliza sinais de GPS e redes Wi-Fi, captados pelo celular, para identificar com maior precisão o posicionamento dos dispositivos. “Nada muda para o usuário e para o motorista. Ambos continuam usando o mesmo aplicativo. A única diferença é que agora, quando ele ligar para o 190 através do aplicativo, a polícia vai receber um dado ainda mais importante, que é a localização e dados daquela viagem”, explica o gerente de Comunicação para Assuntos de Segurança da Uber no Brasil, Yuri VillaCorta.
O usuário que tiver a solicitação de viagem feita por um terceiro, também consegue fazer a solicitação de emergência. “Hoje, quando você vai pedir uma viagem para uma outra pessoa, há uma ferramenta que possibilita que aquela tenha acesso como usuário ativo e também consiga ligar para polícia”, acrescenta Villacorta.
Capacitação e proteção de dados
O acordo prevê também a adaptação tecnológica dos sistemas, capacitação de agentes de segurança e respeito integral à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com o uso de soluções tecnológicas avançadas para a prevenção de crimes, a proteção da vida e a promoção de um ambiente urbano mais seguro.
3.844 bilhetes premiados
Nota Legal: 2º sorteio de 2024 ainda tem R$ 430 mil à espera de resgate

Ainda restam 3.844 bilhetes premiados do segundo sorteio de 2024 do Nota Legal cujos contribuintes contemplados não indicaram suas contas bancárias para o recebimento dos prêmios. O valor total a ser resgatado é de R$ 431,2 mil, segundo dados da Secretaria de Economia do Distrito Federal (Seec-DF).
A maior quantidade de bilhetes pendentes é de moradores do Plano Piloto, com 770 prêmios, que somam mais de R$ 85,3 mil. Em seguida, está Taguatinga, com 290 tíquetes premiados, totalizando R$ 34,7 mil. Já o Sudoeste/Octogonal concentra 209 bilhetes, correspondentes a R$ 33,3 mil. Há ainda 355 cupons sem região administrativa identificada, que acumulam R$ 36,4 mil em prêmios.
“Estamos reforçando o alerta para que as pessoas verifiquem se foram sorteadas e façam a indicação antes do dia 12 de maio, que é o prazo limite para informar a conta bancária”, alerta o secretário de Economia, Ney Ferraz.
Entre os prêmios não resgatados há premiações de até R$ 10 mil. “Identificamos também contribuintes que não resgataram R$ 5 mil, R$ 1 mil, R$ 200 e R$ 100”, detalha a coordenadora de Cadastro, Escrituração e Documentos Fiscais Digitais da Seec, Giovanna Botelho.
“O importante é que façam dentro do prazo porque o contribuinte que não fizer a indicação até lá, está abrindo mão do direito ao prêmio”, complementa. O montante é, assim, recolhido ao Tesouro do DF. Giovanna explica que o segundo sorteio foi realizado em 13 de novembro de 2024, e os bilhetes pendentes de indicação pertencem ao 3º e último lote de contemplados.
Para indicar a conta bancária para recebimento dos valores, o contribuinte deve acessar o site do Nota Legal, fazer login na área restrita e preencher os dados solicitados. A Seec-DF também envia e-mails alertando sobre a necessidade da indicação, e informa que a consulta da premiação pode ser feita diretamente no portal do Nota Legal. Mas, fique atento: a Secretaria não utiliza o WhatsApp para esse tipo de comunicação.
Prêmio de R$ 1 milhão
O primeiro sorteio de 2025 do Nota Legal está previsto para 21 de maio. Serão 12.600 tíquetes premiados, que somarão R$ 3,5 milhões em prêmios. Pela primeira vez, o principal será de R$ 1 milhão — anteriormente, o valor era de R$ 500 mil. Para participar deste sorteio, é necessário estar habilitado conforme as regras do programa.
Os bilhetes do primeiro sorteio do ano estarão disponíveis para consulta a partir do dia 7 de maio. Por meio dessa verificação, os contribuintes poderão conferir quais bilhetes foram gerados a partir de suas notas fiscais.
-
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil
-
#VacinaBrasil
Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo
-
Nesta segunda (21)
Menos é Mais e outros artistas fecham shows dos 65 anos de Brasília
-
Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2855 pode pagar prêmio de R$ 25 milhões nesta quinta-feira (24)
-
Dr. Ricardo Ferreira
Doença de Chagas: como ela afeta a saúde do coração e pode até matar
-
Inscrições gratuitas
Demà Jovem oferece mais de 400 vagas para aprendizes em diversos estados
-
3.844 bilhetes premiados
Nota Legal: 2º sorteio de 2024 ainda tem R$ 430 mil à espera de resgate