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Fim dos alagamentos

Drenar DF já escavou mais de 1 km de tubulação horizontal na Asa Norte

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Drenar DF
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Agência Brasília

O projeto de escoamento Drenar DF atingiu uma marca importante nesta semana: já foi escavado mais de 1 km de tubulação horizontal, do total de 7,6 km contratados. Em relação aos túneis verticais, chamados de poços de visita (PVs), há mais avanços registrados: 33 dos 101 previstos foram perfurados, sendo que 12 estão concluídos e 21, em andamento. O trecho mais avançado é o referente às quadras da Asa Norte 401/402 e 201/202.

Com investimento de R$ 174 milhões, a obra foi dividida em cinco lotes e é executada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB Mané Garrincha e vai até as proximidades do Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902, 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando o Eixo Rodoviário Norte (Eixão) e a L2 Norte.

A escavação da tubulação é feita com o método tunnel liner, que concentra quase todos os serviços no subterrâneo. Apenas os PVs são vistos pela população. “Com isso, não agredimos a cidade nem incomodamos os moradores. Não tem desvios de trânsito, não precisamos abrir valas. O máximo que temos são aberturas pontuais e alguma sujeira devido ao transporte de terra, mas faz parte. Vamos sujando e limpando, porque a obra é assim mesmo”, explica o presidente da Terracap, Izidio Santos Junior.

‌A engenheira civil Jaqueline Resque, contratada para supervisionar os lotes do Drenar DF, observa que a metodologia tunnel liner não apresenta riscos à saúde e à segurança dos funcionários. “À medida que o túnel é escavado, são instaladas placas de proteção, que são as chapas de concreto, garantindo que a estrutura não se rompa. Além disso, a qualidade do solo também é muito boa, já que é um material mais argiloso, com mais resistência à ruptura”, explica.

Segundo ela, todos os pontos de escavação contam com engenheiros de segurança, que fazem o controle de entrada e saída dos funcionários e observam a qualidade do ar na tubulação. “Esses profissionais fazem a escala de trabalho para que ninguém fique dentro do túnel mais do que o permitido para cada diâmetro. Também temos um sensor que apita quando a quantidade de oxigênio dentro de cada túnel é pequena, o que indica a necessidade de instalação de um insuflador mais potente”, completa.

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Nesta sexta-feira (28), representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (Sticombe), do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci) e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Distrito Federal conheceram os detalhes do projeto que promete acabar com alagamentos e enxurradas na Asa Norte.

Outras entidades já puderam conferir o andamento do trabalho, desde moradores da região a veículos de comunicação e órgãos de fiscalização. “A cada semana, trazemos pessoas diferentes aos canteiros para que a informação seja propagada. É preciso que todos saibam o que está sendo feito, já que os trabalhos praticamente não são vistos pela população, ficam no subterrâneo”, explica o diretor técnico da Terracap, Hamilton Lourenço Filho.

A visita ocorreu em um dos PVs instalados na 201 Norte. “Viemos para entender a obra, com curiosidade mesmo, a convite da Terracap. Observamos como questões relacionadas à segurança estão sendo implementadas e se há alguma técnica inovadora para garantir a proteção da integridade do trabalhador”, comenta o chefe de Fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no DF, Marcos Gois.

Para o presidente do Sticombe, Raimundo Salvador Braz, a magnitude da intervenção demonstra a relevância da mão de obra para a sociedade. “É um projeto muito importante para o DF, que precisa de nossos trabalhadores. E percebemos a preocupação do governo no treinamento e na capacitação dos trabalhadores, para que consigam executar o serviços sem nenhum acidente ou percalço”, descreve.O diretor do Seconci, Gustavo Franco, acrescenta que um problema muito antigo será resolvido. “Tenho uma expectativa muito boa com esse projeto. Estou em Brasília há 62 anos e já vi muitos alagamentos. Espero que o Drenar DF venha para solucionar isso e que a população não tenha mais esse problema”, afirma.

Atualizado em 29/04/2023 – 11:44.

Será enviado à CLDF

Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF

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Ibaneis anuncia PL para redução ITBI no DF
Foto/Imagem: Renato Alves/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.

A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.

O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.

No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.

A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.

“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.

Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.

“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.

A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.

“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.

Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.

Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.

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Mudança de vida

Ex-moradores de rua do DF ganham oportunidades de emprego na Sejus

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Pedreiro Francisco Tavares - Emprego Sejus-DF
Foto/Imagem: Divulgação/Sejus-DF

O pedreiro Francisco Tavares, 40 anos, pai de três filhos, viveu quase três anos nas ruas, desde que perdeu o seu último emprego. No entanto, há três meses sua vida se transformou. Ele recebeu a abordagem do governo e dias depois foi nomeado para uma oportunidade de trabalho na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Já tinha perdido as esperanças e, de repente, as portas do mercado de trabalho voltaram a se abrir para mim. Estou trabalhando com pintura, reforma, o que eu já sei fazer, mas me aprimorando. Essa oportunidade me trouxe condições de sustentar minha família e de sonhar com um futuro melhor”, celebrou.

Francisco é mais um dos beneficiados pelas políticas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) voltadas para à inclusão social de pessoas em situação de rua. Por meio do Decreto 46.250/2024, o Executivo oficializou a criação de 15 cargos dentro da estrutura do GDF destinados exclusivamente para atendimento deste público. A medida estabelece que os postos de trabalho sejam oferecidos nas estruturas administrativas da Sejus e das outras pastas que trabalham com temas relacionados a direitos humanos, qualificação profissional e assistência social.

A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, define a iniciativa como uma política de inclusão social inovadora. “A contratação de pessoas que já estiveram em situação de rua é uma forma de dignidade, ao oferecer trabalho e possibilidades reais de reintegração à sociedade. Este projeto piloto quebra barreiras e cria pontes para quem mais precisa, pois pessoas em situação de vulnerabilidade terão a chance de recomeçar e contribuir ativamente para o desenvolvimento do Distrito Federal”, afirma.

Mudança de vida

Gilvandro Soares, de 55 anos, foi mais um dos selecionados para fazer parte dessa iniciativa na Sejus. Ele relatou as dificuldades que passou neste período em que viveu nas ruas e como esta oportunidade deve mudar sua vida. “Foi um período difícil e sem privacidade. Esse emprego tem um impacto muito grande na minha vida. Agora tenho renda para adquirir o que eu quero e, mais importante, tenho muitos planos. A gente sonha quando não pode, tendo um salário fixo é outra coisa”.

Os selecionados para trabalhar na Sejus estão lotados no departamento de manutenção e participam das obras de revitalização de equipamentos públicos entregues pela pasta. Tanto Francisco quanto Gilvandro participaram da recente revitalização da sede da Associação Nova Cidadania, uma entidade sem fins lucrativos, que oferece atividades culturais e desportivas para pessoas idosas de Santa Maria.

A reserva de vagas de emprego para pessoas em situação de rua se soma às demais propostas do governo previstas no Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Criado em 25 de maio, o documento está dividido em sete eixos, entre os quais está o Eixo de Trabalho e Renda. Nele, o GDF reconhece a importância do trabalho e da geração de renda como meio de inclusão social e dignidade, e oferece estratégias para a consolidação desse objetivo.

Gilvandro Soares - Emprego Sejus-DF

Gilvandro Soares/Divulgação/Sejus-DF

Atualizado em 22/11/2024 – 23:45.

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