Saúde

Doação de leite materno em janeiro é essencial para manter estoques

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Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Mais de 14,2 mil bebês foram atendidos pela Rede de Banco de Leite Humano do Distrito Federal de janeiro a novembro de 2023. O insumo valioso ajuda a salvar a vida de crianças nascidas prematuras, com comorbidades ou que, por algum motivo, estão internadas na rede pública de saúde. Para participar da rede de solidariedade, basta que a mulher esteja em boas condições de saúde, amamentando ou ordenhando para o próprio filho e tenha interesse em doar o alimento.

O cadastro pode ser feito pelo telefone 160 (opção 4), no site do Amamenta Brasília ou em algum dos 14 bancos de leite do DF. Em seguida, a mãe recebe um kit com máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta, entregue pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), que retorna posteriormente para recolherem as doações.

O processo é simples e qualquer quantidade de leite é bem-vinda. A mulher deve identificar a data da primeira coleta no pote e, ao fim da ordenha, armazená-lo no congelador. O pote pode ser preenchido aos poucos, conforme a disponibilidade da mulher. Basta colocar o líquido das ordenhas seguintes no frasco que está no congelador com a ajuda de um copo de vidro esterilizado. A doação deve ser entregue ao banco de leite em até 15 dias, por isso, assim que começar a encher o pote já entre em contato.

A chefe da Rede de Banco de Leite Humano do Distrito Federal, Natália Conceição, explica que deve haver atenção para que nenhuma sujeira entre em contato com o leite. “Quando a gente pensa em doação de sangue ou leite, precisamos ter um cuidado muito importante com a higienização. Orientamos as mães em relação à lavagem das mãos, ao uso de gorros e máscaras no momento da extração para que não caia nenhuma sujeirinha que possa prejudicar o processo de pasteurização do leite”, esclarece.

A especialista conta que nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro ocorre uma queda no número de doações, tendo em vista a indisponibilidade das mães doadoras por conta das viagens. São nesses meses, segundo ela, que é preciso ter maior divulgação do serviço nas redes sociais e no boca a boca, quando um cidadão compartilha o processo com outro. “Um único frasco de 350 ml é capaz de salvar até dez crianças. Cada gota importa”, defende Conceição.





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