Cidades

Distrito Federal registrou 1.280 acidentes com animais peçonhentos em 2021

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Toninho Tavares/Agência Brasília

De janeiro a julho deste ano, já foi notificado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF, um total de 1.280 acidentes envolvendo animais peçonhentos. A rede pública de saúde está preparada para receber pessoas que por ventura precisarem de atendimento e soro contra o veneno. Em caso de acidentes, a recomendação é procurar imediatamente o pronto-socorro mais próximo.

Do total de ocorrências, grande parte envolve o escorpião, compreendendo 967 casos. A segunda maior causa é com serpentes, com 105 ocorrências registradas. Na terceira posição aparecem os acidentes com abelhas, sendo notificados 55 casos. No mesmo período do ano passado foi notificado um total de 1.235 acidentes, sendo 871 casos com escorpiões, 91 com serpentes e 63 com abelhas.

Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), explica o que o morador deve fazer quando encontrar algum animal peçonhento em sua residência. “Ao identificar esses animais, é necessário ligar para o telefone 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local para fazer a remoção dos animais”.

O biólogo faz o alerta para o possível aumento de incidência de escorpiões nas residências para os próximos meses, principalmente quando começar as chuvas.

“No período chuvoso esses animais entram mais na casa das pessoas porque a galeria de águas pluviais fica mais cheia e os escorpiões saem em busca de um lugar mais seguro”. Outro animal que é necessário prestar atenção são as aranhas, que podem ficar desabrigadas devido às chuvas.

De acordo com Israel, é importante vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados e; manter limpos quintais e jardins.

“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas. Por isso, é importante ter certos cuidados. Eliminar fontes de alimentos para os escorpiões como baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados. Além disso, evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões”, explica o biólogo.

Emergência

Se o ataque for por escorpião, aranha, lagarta e lacraia os números para contato com a Vigilância Ambiental são o 160 e (61) 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência que faz a coleta dos animais existentes, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais.

“Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles. A gente acaba orientando a população a adotar algumas medidas preventivas e de controle”, esclarece Israel.

Nas ocorrências com abelhas é o Corpo de Bombeiros quem deve ser acionado, pelo telefone 193, e no caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental (190). Em relação a esses dois animais, cabe à Vigilância Ambiental a orientação e a educação da população sobre os cuidados de prevenção para evitar os acidentes.

A Secretaria de Saúde conta também com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, disque 0800-644-6774.

A notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos. Como os dados são incluídos no sistema do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde, a atualização facilita a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde.

Saiba onde encontrar os soros para picadas de animais peçonhentos.

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