Distrito Federal ganhará mais 250 mil árvores até o fim do ano
Neste ano, as áreas públicas do Distrito Federal receberão 250 mil árvores — cinco vezes mais que em 2014, quando foram plantadas 50 mil mudas. A iniciativa faz parte do Programa de Arborização 2015 e abrangerá todas as regiões administrativas.
As novas árvores vão se juntar às cerca de 5 milhões existentes em todo o DF. No total, são 180 espécies, de acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável pelo plantio. Para esses números serem alcançados, foi preciso muito amor ao meio ambiente, além de pesquisa e tecnologia. “Versa a lenda que as primeiras pessoas que chegaram à capital do Brasil trouxeram 50 mil mudas exóticas — de outras regiões —, que morreram de um dia para o outro por não se adaptarem ao ambiente”, conta o chefe do Viveiro II da Novacap, o engenheiro agrônomo Saulo Ulhoa.
Outra curiosidade citada por Ulhoa é que os pioneiros queriam inaugurar Brasília com a Esplanada dos Ministérios toda gramada. Como na época não havia ainda um órgão responsável por essa área — além da demora para a grama se firmar —, foram espalhados alpistes por toda a extensão do local, que ficou verdinho em poucos dias. Essa semente, além de alimentar pássaros, se desenvolve de forma rápida por não ser exigente quanto ao tipo de solo.
Depois dessas tentativas iniciais, a Novacap passou a ser responsável, ainda na década de 1960, pelo cultivo consciente de árvores no DF. A empresa possui um espaço de 78 hectares, ao lado do Parque Nacional de Brasília, que leva o nome de Viveiro II. Lá, são produzidas atualmente 250 mil mudas. A capacidade máxima é de 650 mil.
A produção do Viveiro II é destinada à recuperação de áreas degradadas e à arborização urbana. Órgãos do governo e entidades vinculadas fazem a demanda à Novacap após analisarem a necessidade de repor árvores — em áreas sem vegetação suficiente, por exemplo. “Pessoas físicas ou associações de moradores também podem comprar espécies do viveiro, porém, antes perguntamos onde serão plantadas e para qual finalidade”, avisa Ulhoa.
Cerca de 80% da produção do Viveiro II são plantas nativas do Cerrado. As demais são exóticas, que se se adaptaram muito bem ao clima de Brasília. “Desde a década de 70, desenvolvemos um trabalho para conhecer o comportamento das árvores. Temos aqui no viveiro dezenas de espécies que ainda estão sendo domesticadas e devem demorar até 20 anos para serem colocadas nas ruas”, explica o agrônomo.
Novidade
De acordo com a Novacap, Brasília será palco, em poucos anos, do florescimento de uma nova espécie: o ipê-preto. Ela tem esse nome pela similaridade com os outros ipês, mas não faz parte do mesmo gênero. “Já começamos o plantio e agora é só esperar para ver esse espetáculo da natureza se somar às outras cores espalhadas nas ruas de Brasília”, informa Ulhoa.
Cultivo
O trabalho de cultivo inicia com o recolhimento das sementes num raio de até 500 quilômetros de distância da capital federal. O processo da germinação e das etapas seguintes varia de acordo com cada espécie, mas, geralmente, em no máximo um ano, a árvore está pronta para ser utilizada.
Segundo o chefe do departamento de Parques e Jardins da Novacap, Rômulo Ervilha, as plantas permanecem no Viveiro II até atingir o tamanho ideal para o replantio nas áreas públicas. Entre as espécies cultivadas estão as variedades do ipê – branco, amarelo, roxo, rosa —, o jatobá, a paineira e o flamboyant. Existem também as frutíferas, como jaqueira, mangueira, pitangueira, goiabeira, amoreira e pequizeiro.
Atualizado em 13/04/2015 – 10:58.
Será enviado à CLDF
Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF
O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.
A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.
O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.
No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.
A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.
“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.
Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.
“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.
A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.
“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.
Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.
Mudança de vida
Ex-moradores de rua do DF ganham oportunidades de emprego na Sejus
O pedreiro Francisco Tavares, 40 anos, pai de três filhos, viveu quase três anos nas ruas, desde que perdeu o seu último emprego. No entanto, há três meses sua vida se transformou. Ele recebeu a abordagem do governo e dias depois foi nomeado para uma oportunidade de trabalho na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Já tinha perdido as esperanças e, de repente, as portas do mercado de trabalho voltaram a se abrir para mim. Estou trabalhando com pintura, reforma, o que eu já sei fazer, mas me aprimorando. Essa oportunidade me trouxe condições de sustentar minha família e de sonhar com um futuro melhor”, celebrou.
Francisco é mais um dos beneficiados pelas políticas públicas do Governo do Distrito Federal (GDF) voltadas para à inclusão social de pessoas em situação de rua. Por meio do Decreto 46.250/2024, o Executivo oficializou a criação de 15 cargos dentro da estrutura do GDF destinados exclusivamente para atendimento deste público. A medida estabelece que os postos de trabalho sejam oferecidos nas estruturas administrativas da Sejus e das outras pastas que trabalham com temas relacionados a direitos humanos, qualificação profissional e assistência social.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, define a iniciativa como uma política de inclusão social inovadora. “A contratação de pessoas que já estiveram em situação de rua é uma forma de dignidade, ao oferecer trabalho e possibilidades reais de reintegração à sociedade. Este projeto piloto quebra barreiras e cria pontes para quem mais precisa, pois pessoas em situação de vulnerabilidade terão a chance de recomeçar e contribuir ativamente para o desenvolvimento do Distrito Federal”, afirma.
Mudança de vida
Gilvandro Soares, de 55 anos, foi mais um dos selecionados para fazer parte dessa iniciativa na Sejus. Ele relatou as dificuldades que passou neste período em que viveu nas ruas e como esta oportunidade deve mudar sua vida. “Foi um período difícil e sem privacidade. Esse emprego tem um impacto muito grande na minha vida. Agora tenho renda para adquirir o que eu quero e, mais importante, tenho muitos planos. A gente sonha quando não pode, tendo um salário fixo é outra coisa”.
Os selecionados para trabalhar na Sejus estão lotados no departamento de manutenção e participam das obras de revitalização de equipamentos públicos entregues pela pasta. Tanto Francisco quanto Gilvandro participaram da recente revitalização da sede da Associação Nova Cidadania, uma entidade sem fins lucrativos, que oferece atividades culturais e desportivas para pessoas idosas de Santa Maria.
A reserva de vagas de emprego para pessoas em situação de rua se soma às demais propostas do governo previstas no Plano de Ação para a Efetivação da Política Distrital para a População em Situação de Rua. Criado em 25 de maio, o documento está dividido em sete eixos, entre os quais está o Eixo de Trabalho e Renda. Nele, o GDF reconhece a importância do trabalho e da geração de renda como meio de inclusão social e dignidade, e oferece estratégias para a consolidação desse objetivo.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:45.
-
Acumulou
Mega-Sena 2798 pode pagar prêmio de R$ 14,5 milhões nesta terça-feira (19)
-
Estilo único
A inesquecível história de Amy Winehouse: vida, música e legado
-
Veja como regularizar
IPVA e IPTU 2024: cerca de 13% dos contribuintes do DF ainda estão em débito
-
QuintoAndar
Aluguel em Brasília tem 5ª alta consecutiva e valor do m² ultrapassa os R$ 50
-
Segunda, 18 de novembro
Semana começa com 798 oportunidades de emprego no Distrito Federal
-
Novembro Roxo
Hospital Regional de Santa Maria (DF) é referência no atendimento de prematuros
-
Tríplice viral
Vacinas contra o sarampo salvam cinco vidas por segundo, destaca OMS
-
Açaí do Ninja
De feirante a empresário de sucesso: Carlos Henrique e sua indústria de açaí