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Dificuldades financeiras da pasta

Distritais se reúnem com secretário de Saúde para discutir Orçamento e OSs

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O secretário de saúde, Humberto Fonseca, reuniu-se na tarde desta terça-feira (16) com vários deputados distritais para tratar da destinação de emendas de parlamentares ao Orçamento para a área de saúde e também sobre a proposta de contratação de Organizações Sociais (OSs) para gestão de unidades de saúde. A reunião foi solicitada ao governador pela presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PPS), e contou com a participação dos líderes partidários e de vários outros distritais.

Durante várias horas, o secretário apresentou as dificuldades financeiras da pasta e pediu aos deputados que ajudassem destinando parte de suas emendas para demandas urgentes, como feito no ano passado. Mas o pedido encontrou resistência dos parlamentares, que reclamaram que muitas emendas do ano passado, apresentadas também a pedido do GDF, não foram executadas.

O deputado Chico Vigilante (PT) ressaltou que as emendas foram destinadas para áreas apontadas pelo próprio governo, mas mesmo assim não foram executadas. Para o deputado Bispo Renato (PR), falta confiança no governo, uma vez que os acordos não são respeitados.

O líder do governo, deputado Julio César (PRB), no entanto, ponderou que o seu bloco e outros deputados já sinalizaram que vão repetir o gesto e destinar parte dos seus recursos para a Saúde. O deputado Agaciel Maia (PR), presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF), sugeriu que o secretário apresente um relatório aos distritais sobre a efetiva execução das emendas apresentadas no ano passado, com a devida justificativa para cada uma. Segundo ele, isso pode ajudar os distritais a compreenderem o motivo da não execução e fortalecer o diálogo para este ano.

A presidente Celina Leão ponderou que o clima atual é desfavorável ao governo em função da derrubada de aproximadamente 400 casas na região do Altiplano Leste. “Muitos moradores estão pedindo socorro à Câmara. O governo precisa suspender estas derrubadas e dialogar com os distritais e com a sociedade para buscar uma solução”, sugeriu.

Celina também propôs o agendamento de uma reunião com o governador Rodrigo Rollemberg para tratar da questão das derrubadas. “A cidade está pegando fogo. Precisamos discutir este assunto, antes de avançarmos sobre a apresentação de emendas”, disse. O deputado Raimundo Ribeiro (PPS) afirmou que não destinará emendas para o setor porque não acredita no governo.

O secretário adjunto de Relações Legislativas, José Flávio de Oliveira, informou que o GDF criou ontem uma comissão para acompanhar a execução das emendas parlamentares. Já o Humberto Fonseca prometeu apresentar o relatório sobre as emendas da saúde e continuar as conversas para assegurar o apoio dos distritais.

O secretário garantiu que todas as emendas de distritais para custeio foram executadas e que somente houve atraso nas emendas para investimento. Segundo ele, isto se deve à dificuldade e à falta de estrutura da própria secretaria para elaborar projetos. Ele explicou que a pasta só tem um engenheiro e que uma parceria foi recém firmada com a Novacap para agilizar os processos.

OSs – A polêmica sobre a contratação das chamadas OSs para gerir unidades de saúde também foi assunto da reunião de hoje. O tema será novamente debatido em uma nova reunião entre os distritais e o gestor da saúde. Os deputados querem mais detalhes e número sobre o modelo pretendido pelo governo.

O assunto já será novamente debatido na Câmara na próxima quinta-feira (18), em comissão geral, no plenário, a partir das 15h, por iniciativa do deputado Chico Vigilante.

De acordo com Humberto Fonseca, as OSs vão primeiramente aumentar a produtividade e num segundo momento reduzir os custos da área. Segundo ele, com o modelo será possível com o mesmo gasto necessário para o funcionamento de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), dobrar o número de atendimentos.

O governo propõe ainda que as UPAs sejam geridas pelas OS e os atuais servidores destas unidades sejam deslocados para a atenção primária (saúde da família). Na opinião da deputada Celina Leão, o próximo encontro para discutir o assunto terá que ter o formato de “uma reunião programática”.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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