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Disfagia

Dificuldade para engolir pode indicar doença grave, alertam fonoaudiólogos

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Foto/Imagem: Getty Images
Iges-DF

Dificuldade para engolir alimentos, líquidos ou saliva. Esse pode ser um indicativo de enfermidades graves como cânceres, traumas ou de doenças neurológicas e respiratórias. Também chamado de disfagia, o sintoma, quando identificado precocemente, possibilita à pessoa afetada um tratamento eficaz e com maior chance de recuperação. É o que alertam os fonoaudiólogos do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), no Dia Nacional de Atenção à Disfagia, lembrado neste sábado (20).

“É necessária a conscientização da população em geral e, principalmente, dos profissionais de saúde, que devem reconhecer esse sintoma, alertar sobre seu risco e orientar sobre o que fazer diante da suspeita de disfagia”, define Tarcyésio de Sousa Sá, chefe da Fonoaudiologia do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), sobre a importância da data.

Para tratar a disfagia, o Iges conta com 17 fonoaudiólogos no Hospital de Base (HB), que alcançam uma média de quase 2 mil atendimentos por mês. Também dispõe do serviço no HRSM, que chega a uma média mensal de 400 atendimentos, com atuação de 23 fonoaudiólogos.

Em Santa Maria, o serviço de fonoaudiologia funciona de domingo a domingo, 12 horas por dia, sob demanda, por meio de atendimentos à beira-leito (internação) ou a pacientes em tratamento nas unidades (ambulatoriais).

Já no Base, os fonoaudiólogos ficam responsáveis por avaliar os pacientes nos locais de internação. “Verificamos a existência de distúrbios da deglutição, promovemos uma alimentação segura e orientamos a equipe multiprofissional sobre os indivíduos com possível risco de broncoaspiração (entrada de saliva e alimentos na via respiratória)”, explica a chefe da Fonoaudiologia do HB, Bartira Pedrazzi.

Na unidade, o serviço é feito de segunda a sexta-feira, 12 horas por dia, nas áreas intensivas (UTI), nas enfermarias e no Pronto-Socorro. Aos sábados, o PS e a UTI recebem reforço dos profissionais no horário da manhã.

O que é a disfagia?

A disfagia não é uma doença, mas sim um sintoma que pode acometer qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o estômago. Ela pode ser causada principalmente por doenças neurológicas, como derrame cerebral, trauma cranioencefálico, tumores e esclerose lateral amiotrófica (ELA), e doenças respiratórias, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), além de alterações mecânicas como os cânceres de cabeça e pescoço, entre outras. O diagnóstico é feito por meio da avaliação clínica e instrumental da deglutição.

Sintomas

Os principais sinais aparentes são tosses, engasgos, sensação de bolo parado na garganta, dificuldade na mastigação, alteração da voz, perda de peso, alimentos e saliva que escapam pela boca, pneumonias de repetição e febre sem causa aparente.

Tratamento

O fonoaudiólogo é responsável por identificar quais são as alterações existentes e realizar adaptações na dieta, introduzir exercícios musculares ou treinar manobras para que a dinâmica da deglutição seja restabelecida ou adaptada. Intervenções como posicionamento do corpo do paciente, utensílio utilizado e velocidade da oferta de comida também são estabelecidos para melhor deglutição.

Saiba mais

O Dia Nacional de Atenção à Disfagia foi instituído pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia em 2010. A data foi criada com o objetivo de auxiliar a população a reconhecer os sintomas, divulgar medidas de prevenção e orientar sobre o que fazer diante da suspeita de doença.

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Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

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Ao Vivo de Brasília
combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

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Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

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Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

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