Saúde
Dia Mundial de Combate à Poliomielite reforça a importância da imunização
Correr e brincar é algo comum para as crianças, mas a paralisia infantil pode interromper essas e outras alegrias da infância. Por isso, a vacina contra a poliomielite ocupa um papel fundamental na saúde dos pequenos.
Para marcar tal importância, 24 de outubro é reservado ao Dia Mundial de Combate à Poliomielite. A doença causada pelo poliovírus e também chamada de paralisia infantil, afeta crianças menores de 4 anos e adultos. A principal forma de proteção é a vacina, pois não há tratamento específico.
A imunização do público infantil, contudo, encontra resistência em alguns cenários. Neste ano, a cobertura vacinal correspondente à poliomielite em crianças menores de 1 ano, por exemplo, está em 81,5%, o ideal é 95%. “Um erro comum é achar que, porque a doença não está circulando, a proteção não é mais necessária ou pode ser adiada”, afirma a gerente de Rede de Frio Central da Secretaria de Saúde (SES-DF), Tereza Luíza Pereira.
Em 2022, o índice era ainda mais alarmante, quando a cobertura foi de 74,4%. Para mudar o cenário, em 2023, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da SES-DF, tem colocado em prática ações de busca ativa, incentivando e facilitando o acesso à proteção de todos os públicos, especialmente de crianças. Equipes de saúde, em pareceria com a Secretaria de Educação, foram a escolas e creches, superando 41 mil doses aplicadas. E não só: estruturas da pasta também estiveram presentes, ao longo de todo este ano, em parques, feiras, órgãos públicos, supermercados, zoológico, shoppings, além do Carro da Vacina e a busca de registros.
A data mundial é, portanto, segundo a gerente, relevante para mostrar que o vírus ainda existe e a imunização é o caminho mais assertivo. “Costumo dizer que tem vacina para o vírus, mas não tem vacina para o arrependimento. Se a criança ficar doente, depois vem o questionamento: Por que não vacinei? Por que demorei para ir?”, aconselha.
Tipicamente, a criança deve ser imunizada contra a poliomielite aos dois, quatro e seis primeiros meses de vida. Já as doses de reforço devem ser aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A partir de 2024, por recomendação do Ministério da Saúde, as duas últimas doses do esquema vacinal, popularmente denominada de “gotinha”, serão substituídas gradualmente pela vacina injetável.
Contaminação
A contaminação da poliomielite ocorre no contato direto pessoa a pessoa, por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou ainda por meio de gotículas ao falar, tossir ou espirrar. A via fecal-oral (pelas fezes) é a forma mais frequente. Assim, a falta de saneamento básico e a vulnerabilidade nas condições de higiene pessoal são facilitadores da doença. O Brasil não registra casos de poliomielite desde 1989. No DF, o último caso foi em 1987.
Onde vacinar?
A vacinação contra a poliomielite está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para ser imunizado basta comparecer à unidade com cartão de vacina, documentos de identificação e, se possível, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). Você pode consultar a UBS de referência clicando aqui.
Para ler mais informações sobre a Poliomielite, acesse o site da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.