Cidades
DF entra em alerta quanto a infestação predial do Aedes
Com índice de infestação predial de 2,05%, o Distrito Federal encontra-se em situação de alerta, segundo o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti de fevereiro deste ano. O dado foi divulgado na manhã desta terça-feira (27) pela Secretaria de Saúde.
No entanto, o titular da pasta, Humberto Fonseca, esclareceu que o número não representa aumento nos casos de dengue e outras arboviroses. “Nós monitoramos e não temos um aumento. Ao contrário, temos diminuição em relação ao ano passado.”
O índice de infestação predial monitora a quantidade de focos de criadouros do inseto nas regiões. No mesmo período do ano passado, o valor registrado foi de 0,90%. Diante dos 2,05% atuais, Fonseca reforçou o pedido à população para que esteja atenta quanto a reservatórios de água, pneus, vasos, toneis e caixas d’água.
“Devem-se manter sempre fechadas e limpas essas estruturas, para evitar a continuação da proliferação do Aedes, que pode levar a um novo surto de dengue”, ressaltou.
Das regiões administrativas, 11 apresentaram índice satisfatório, ou seja, abaixo de 1%. Outras 14 ficaram em classificação de alerta, e seis, de surto: Fercal, Lago Norte, Lago Sul, Park Way, Sobradinho e Taguatinga.
Para chegar ao resultado, agentes da Secretaria de Saúde vão aos locais, verificam os focos, recolhem amostras da água e fazem testes para detectar se há larvas do Aedes aegypti.
De acordo com a pasta, a maioria dos reservatórios que se transformam em focos está relacionada ao estoque de água nas residências devido ao racionamento pelo qual passa o Distrito Federal.
Plano integrado para enfrentar a dengue – Durante a divulgação dos dados, no auditório da Secretaria de Saúde, também foram apresentadas as ações da pasta para o combate ao mosquito, com o lançamento do Plano Integrado em Saúde para Prevenção, Controle e Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses.
As atividades do plano se dividem em quatro eixos:
- Assistência à saúde
- Capacitação e educação permanente
- Mobilização e comunicação em saúde
- Vigilância em saúde
Uma das medidas é o Dengômetro, que estará disponível no portal Brasília contra o Aedes e será atualizado mensalmente. “É uma metodologia de monitoramento do quantitativo e do cenário epidemiológico em função da dengue”, explicou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcus Quito.
A escala conta com quatro níveis ascendentes:
- 0, de preparação: baixa transmissão
- 1, de ativação: infestação do mosquito está alta
- 2, de incremento: casos de dengue em aumento
- 3, de intensificação: cenário crítico com ocorrências graves e óbitos
- 4, de emergência: situação muito crítica, com aumento de mortes
Atualmente, de acordo com a Secretaria de Saúde, o Distrito Federal encontra-se na escala 1, de ativação, em que devem ser concentrados esforços para a eliminação de criadouros do inseto.
O plano lançado hoje reforçará ações preventivas com estratégias de educação em saúde, o que inclui o fortalecimento do Programa Saúde na Escola e orientações à população por meio dos agentes de vigilância ambiental.
A aplicação do plano é baseada em uma metodologia frequentemente utilizada pelas forças de segurança em situações específicas que demandam urgência e atenção especial.
Veja quais são os índices de Infestação Predial de cada região administrativa:
Satisfatório
- Riacho Fundo I (0,93%)
- Núcleo Bandeirante (0,78%)
- Taguatinga (0,64%)
- Riacho Fundo II (0,45%)
- Sudoeste/Octogonal (0,43%)
- Paranoá (0,41%)
- Guará (0,23%)
- Santa Maria (0,50%)
- Águas Claras (0%)
- SCIA/Estrutural (0%)
- SIA (0%)
Alerta
- Planaltina (3,77%)
- Brazlândia (2,98%)
- Gama (2,82%)
- Itapoã (2,68%)
- Vicente Pires (2,57%)
- Sobradinho (2,56%)
- Plano Piloto (2,38%)
- São Sebastião (2,32%)
- Recanto das Emas (2,20%)
- Jardim Botânico (2,08%)
- Ceilândia (1,52%)
- Cruzeiro (1,34%)
- Samambaia (1,34%)
- Candangolândia (0,05%)
Risco de surto
- Sobradinho II (11,57%)
- Lago Norte (6,22%)
- Fercal (4,68%)
- Park Way (4,40%)
- Lago Sul (4,19%)
- Varjão (4,15%)