Curta nossa página

Em massa

DF é a Unidade da Federação que faz mais testes para Covid-19

Publicado

Foto/Imagem: Getty Images
Gizella Rodrigues

O aumento de casos confirmados de Covid-19 em junho era esperado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pode ser explicado pela testagem ampla que, aplicada na população desde 21 de abril, já contemplou mais de 245 mil brasilienses. Os testes permitiram um reconhecimento real da situação do Distrito Federal e servem de base para que o governo tome as decisões de enfrentamento ao avanço do novo coronavírus.

“Já era previsto termos um aumento da incidência de casos no mês de junho, e o nosso pico da doença deve ser no mês de julho”, salienta o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares. Segundo ele, os estudos epidemiológicos da Secretaria de Saúde (SES) e os dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) mostravam o atual cenário, em que os casos confirmados ultrapassam 18 mil. “A previsão foi feita considerando que faríamos a testagem em massa. O aumento de forma mais rápida de casos positivos tem relação direta com os testes feitos”, ressalta.

Atualmente, há dez pontos de drive-thru no DF nos quais são realizados os testes rápidos. Mais de 174 mil exames já foram feitos nesses postos. Além disso, a testagem itinerante em regiões vulneráveis já percorreu Estrutural, Riacho Fundo II, a área rural de São Sebastião, Paranoá e Itapoã. “A gente fez também a testagem em casas de acolhimento de idosos, de crianças e adolescentes e em moradores em situação de rua”, informa o secretário-adjunto.

Os resultados positivos entram na contagem de casos confirmados no DF, mesmo se forem referentes a pessoas assintomáticas. Dos 18.431 pacientes com Covid-19 confirmados no Distrito Federal até as 12h de quarta-feira (10), 5.623 (34,2%) foram diagnosticados por testes rápidos. Para se ter uma ideia do avanço da testagem da população, na primeira semana de drive-thru, 14.401 testes foram realizados e 130 deles deram positivo. O número de exames feitos na sexta semana, entre 25 e 29 de maio, subiu para 26.352, e 1.321 acusaram a doença.

Segundo Ricardo Tavares, nenhuma unidade da Federação fez tantos testes, e o número é maior que o de muitos países. Além da testagem rápida, a SES já aplicou mais de 25 mil exames do tipo RT-PCR (o swab nasal) em pacientes que, com sintomas da doença, buscaram uma Unidade Básica de Saúde (USB) ou hospital.

Outros dados

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde ressalta: mais importante do que analisar os dados absolutos da Covid-19 é levar em consideração outros dados, como a taxa de ocupação de leitos de UTI, que atualmente está em 55,88%; o índice de letalidade da doença e a quantidade de pessoas recuperadas, que passa de 10 mil.

“Todos esses dados são muito importantes e estão em monitoramento contínuo – o número de infectados, a ocupação das UTIs exclusivas para Covid-19, dos leitos de enfermaria exclusivos –, para a gente avaliar se o aumento do número de casos está caminhando junto com a capacidade hospitalar”, explica. “Estamos na ascendência da curva, e isso já era previsto.”

Os primeiros estudos mostravam uma previsão para que o pico da doença fosse em abril, mas o GDF conseguiu achatar a curva de contaminação e frear o aumento dos casos, com as medidas de isolamento social e fechamento do comércio, enquanto ampliava a capacidade da rede hospitalar. “Agora, mais do que nunca, vem a parte da população: seguir as orientações que estão sendo passadas”, pontua Ricardo Tavares. “Não adianta só o governo fazer a parte dele”, afirma o médico.

A pandemia de Covid-19 teve início no Distrito Federal na segunda quinzena de fevereiro. Em 28 daquele mês, por meio do Decreto nº 40.475, foi declarada situação de emergência e o primeiro caso foi confirmado em 5 de março. Desde então, a SES mantém o monitoramento sistemático das ações, bem como da evolução dos quadros, para garantir o nível de resposta adequado e a adoção das medidas de combate.

Em 9 de abril, foi elaborado o primeiro plano de implementação de testagem para detecção do coronavírus, priorizando, naquele momento, os profissionais da Saúde e da Segurança Pública. Em 21 de abril, a SES iniciou a testagem para detecção da infecção na população do DF no formato de drive-thru, como estratégia para levar os exames à maior parte da população. No final de maio, as ações foram ampliadas para moradores de locais vulneráveis e grupos de risco, como abrigados e pessoas privadas de liberdade (PPL).

Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

CONTINUAR LENDO

Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

Publicado

Por

Ao Vivo de Brasília
Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

© 2015-2024 AVB - AO VIVO DE BRASÍLIA - SIA Trecho 5, Ed. Via Import Center, Sala 425, Brasília - DF. Todos os Direitos Reservados. CNPJ 28.568.221/0001-80 - Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços de notícias de agências nacionais e internacionais, assessorias de imprensa e colaboradores independentes. #GenuinamenteBrasiliense