Cidades
DF: crimes contra o patrimônio continuam em queda em outubro
Os seis principais Crimes Contra o Patrimônio (CCP), monitorados de forma prioritária pelo Viva Brasília – Nosso Pacto Pela Vida, marcaram queda de 15,1% em outubro, comparado ao mesmo mês do ano passado. São eles os roubos a pedestre, a comércio, de veículo, em transporte coletivo e a residência, além do furto em veículo. Em todos os CPPs houve redução, no mês de outubro e também no acumulado do ano, janeiro a outubro, com redução de 13,7%.
Os dados foram apresentados, nesta terça-feira (6), durante a coletiva mensal realizada na sede da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, com a participação dos chefes das Forças de Segurança e de outros órgãos do governo, que apresentaram também dados individuais da produtividade do mês.
Dos crimes analisados, o roubo em transporte coletivo foi a modalidade com maior queda, 47,1% a menos que em outubro do ano passado, de 187 ocorrências, em 2017, para 99 este ano, 88 ocorrências a menos. No acumulado do ano, janeiro a outubro, a redução foi de 38,1%.
O segundo CPP com maior redução mês passado foi o roubo em residência, com 41,2% de queda, de 68 para 40 registros este ano. O roubo a comércio vem em seguida, com redução de 35% em relação a outubro ano passado, de 214 para 139 ocorrências. No acumulado do ano as reduções foram de 28,5% e 16,4%, respectivamente.
Houve queda também nos roubos a veículo, que passou de 396, em outubro do ano passado, para 293 no mesmo mês este ano (-26%). Já as ocorrências de roubo a pedestre, por sua vez, caíram 7,3%. Nos furtos em veículos houve 21,5% de redução.
Segundo o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Cristiano Sampaio, o trabalho integrado com outros órgãos do governo, além de ações com foco em áreas críticas, são as principais razões a queda nos índices dos crimes.
“Temos realizado um trabalho com foco nos crimes de maior impacto na sensação de insegurança das pessoas, como os roubos a pedestre, por exemplo. Essas ações influenciam todas as naturezas criminais”, disse.
Menos mortes violentas
Desde a implantação do Viva Brasília, em 2015, 753 vidas foram preservadas. A informação leva em conta a seguinte análise: se o DF tivesse mantido a incidência de mortes violentas que havia em janeiro de 2015, até o final de outubro de 2018, mais de setecentas pessoas teriam sido assassinadas.
Dos três Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), também monitorado com prioridade pelo Viva Brasília – Nosso Pacto pela Vida, houve redução de 15,5% no número de vítimas. Os homicídios caíram de 53, registrados em outubro do ano passado, para 47 no mês passado, queda de 11,3%. É o menor índice para o mês de outubro desde 2006.
“Se for mantida a mesma projeção de redução de homicídios, de cerca de 7% ao mês, é possível que se termine o ano próximo a taxa de 15 mortes para cada 100 mil habitantes. Isso mantém o DF em sentido contrário à realidade brasileira, em que o número de mortes vem crescendo, de acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública”, destacou Sampaio. O Distrito Federal é a terceira unidade da Federação em redução de mortes violentas, de acordo com o último Anuário, referente ao ano de 2017.
O balanço revelou também queda no crime de latrocínio, que é quando o motivo do homicídio é o roubo, caiu de cinco para dois casos. Nos meses de setembro e outubro deste ano, não foram registrados casos de lesão corporal seguido de morte.
Violência sexual
Os registros de estupros diminuíram 37,5% em outubro deste ano em comparação ao mesmo mês em 2017. Foram 72 casos, em 2017, para 45 este ano, 27 cometidos contra vulnerável. No acumulado do ano, janeiro a outubro, as ocorrências de estupro caíram 11,3%.
De acordo com análise da SSP/DF, em 85% dos casos de estupro de vulnerável o autor e a vítima tinham vínculo como, por exemplo, parentesco. No caso dos adultos, a relação também é alta: 50%.