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Dezembrite: Síndrome do Fim do Ano pode afetar a saúde do coração

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Dezembro chegou e com ele vêm também as reflexões e balanços sobre as ações realizadas e ocorridas durante todo o ano. É quase que um processo natural, utilizar o último mês de uma temporada para fechar um ciclo e pensar no próximo. Contudo, especialistas ressaltam a importância de se atentar ao período para não desenvolver a “Síndrome do Fim do Ano” ou “dezembrite”, fenômeno atribuído ao aumento dos casos de ansiedade e depressão e, por consequência, problemas relacionados ao coração.

Uma pesquisa feita pela International Stress Management Association Brasil (ISMA-BR), revelou que 80% da população consultada teve um nível de estresse maior no final do ano. A pesquisa analisou homens e mulheres de 25 a 55 anos e mostrou que, enquanto o “espírito festivo” das confraternizações, seja com a família ou com os colegas de trabalho, deixa uma parte da população mais feliz, outra parte é tomada por sentimentos como angústia, ansiedade, tristeza e melancolia.

Para o cardiologista eletrofisiologista do corpo clínico do ICTCor, Henrique Maia, o responsável por isso é o hormônio que estes sentimentos liberam no organismo. “Estados emocionais como esses liberam cortisol no sangue. Níveis elevados deste hormônio causam aumento da frequência cardíaca e do nível de açúcar no sangue, diminuição da produção de insulina e constrição dos vasos sanguíneos. Isso pode trazer problemas como diabetes, hipertensão, infarto e derrames”, explica.

O médico reforça ainda que as emoções do ser humano precisam de cuidados e, por este motivo, é importante também manter a saúde mental e emocional em dia.

“Os pacientes reagem às doenças cardíacas de formas diferentes. É comum que apareçam mecanismos de defesa como negação, descontentamento ou agressividade. O acompanhamento psicológico é de grande ajuda, tanto no processo de aceitação do problema de saúde, tanto na melhora da adesão ao tratamento, que nem sempre é simples”, pontua.

Por que acontece?

Atipicamente, o ano de 2020 fez com que os sentimentos, de modo geral, ficassem à flor da pele. O ano marcado pela pandemia causada pelo novo coronavírus e cheio de mudanças e incertezas, foi também o responsável por trazer as emoções de forma mais acelerada e descontrolada. Para a psicóloga do corpo clínico do ICTCor, Marianna Cruz, a explicação para algumas pessoas terem reações tão negativas em um período que, para a maioria, traz sentimentos alegres e esperançosos, se dá pelo simbolismo de fechamento de ciclo, que traz reflexões do desempenho e aproveitamento que cada pessoa fez do seu tempo e de sua satisfação em seus relacionamentos interpessoais.

“Se a pessoa não viveu dentro de seu propósito de realizações, é comum que ela entre em um ciclo de autocobrança intensa. A autocobrança gera insatisfação, o que provoca prejuízo na autoconfiança e autoestima das pessoas. Esse processo costuma acontecer também em vésperas de aniversário”, relata a especialista.

Marianna recomenda o desenvolvimento de uma postura mais respeitosa e compreensiva consigo mesmo. “É importante entender que a autocobrança não é uma qualidade. Pelo gasto de energia emocional, ela prejudica a disponibilidade para realizar mudanças em aspectos que não nos agrada e, principalmente, impede que tenhamos clareza mental para reconhecer o que temos de bom, nossas potencialidades, qualidades e conquistas”, afirma a psicóloga.

Respeitar suas próprias limitações é fundamental para que a auto análise seja menos agressiva ou negativa. Mas cultivar hábitos de autocuidado, em diversos aspectos do ser humano é essencial nesse processo de fortalecimento emocional. Contudo, a pessoa precisa compreender que ter uma ajuda profissional pode vir a ser necessária, principalmente em casos em que a pessoa não consegue ter esta autogestão sozinha.

“Passar por momentos emocionalmente difíceis pode agravar bastante quadros de doenças cardíacas, mesmo naqueles pacientes que mantêm hábitos saudáveis. Sendo assim, é fundamental que as pessoas também busquem e invistam em seu desenvolvimento pessoal, o que engloba, a satisfação em seus relacionamentos interpessoais, autoconhecimento, autoestima, e a melhoria da administração das suas emoções. Por isso, principalmente neste momento em que vivemos de pandemia, a psicoterapia é extremamente indicada”, destaca Marianna.

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Atenção, pais e responsáveis!

Pneumonia é a doença que mais mata crianças menores de 5 anos no mundo

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Ao Vivo de Brasília
Pneumonia crianças
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Com a sazonalidade das doenças respiratórias, os pais devem ficar alertas com uma doença bastante comum entre as crianças e uma das principais causas de internação: a pneumonia. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a pneumonia mata mais crianças do que qualquer outra doença infecciosa, tirando a vida de mais de 700.000 crianças menores de 5 anos a cada ano, ou cerca de 2.000 a cada dia em todo o mundo. Isso inclui cerca de 190.000 recém-nascidos.

O infectologista pediátrico do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), Pedro Bianchini, destaca que todas as faixas etárias podem ser atingidas pela pneumonia, mas ela é mais frequente entre crianças menores de 6 anos de idade.

“Ao contrário da crença popular, tomar chuva, bebida gelada ou andar descalço não predispõe à pneumonia. Nós pegamos a pneumonia bacteriana de nós mesmos, com a infecção das vias aéreas inferiores, quase sempre ocorrendo por bactérias da nossa via respiratória alta (orofaringe) conseguindo atingir as vias mais baixas normalmente com um resfriado ou gripe, prejudicando os mecanismos de defesa da nossa via respiratória e predispondo a essa complicação”, explica.

Já a pneumonia viral normalmente é causada pelos mesmos vírus respiratórios do resfriado e gripe e está relacionada à evolução para essa complicação, assim como a bacteriana, com uma combinação de agressividade do agente infeccioso e resposta imune do paciente. A pneumonia fúngica é um evento bastante raro e comumente restrita a pacientes imunossuprimidos.

Segundo o especialista, os vírus respiratórios podem causar pneumonia também, conhecida por pneumonite. Em média, costumam ter evolução mais rápida e branda e não necessitam do uso de antibiótico. Mas tem como complicações principais uma possível evolução para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e uma pneumonia bacteriana secundária. Os principais vírus são o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza, Metapneumovírus e Covid, mas existem outros menos comuns.

Prevenção

A pneumonia é uma doença evitável e tratável, porque diferente do vírus da gripe, ela não é transmitida facilmente. De acordo com Pedro Bianchini, a prevenção das pneumonias passam pela vacinação. “Atualmente, é disponível no SUS a vacina contra pneumococo, além das vacinas tríplice bacteriana, e contra Covid e Influenza, que tanto podem causar pneumonia viral como predispor a uma infecção bacteriana”, afirma.

O infectologista pediátrico ressalta que a vacinação é a medida mais importante, mas deve ser acompanhada por alimentação saudável, sono adequado e um acompanhamento ambulatorial frequente da criança com o pediatra.

Sintomas

Bianchini informa que os principais sintomas da pneumonia são febre, respirações mais rápidas e curtas, além de piora do estado geral da criança, diminuição do apetite e dor abdominal. “São sintomas comuns na Pediatria e que se confundem com resfriado e sibilância/bronquite. Por isso, essa distinção deve ser feita após a avaliação clínica, que pode envolver a solicitação de exames de sangue e de imagem. Por isso, em caso de sintomas, é indicado buscar o atendimento médico com urgência”, esclarece.

De acordo com o infectologista pediátrico, a necessidade da internação vai depender da avaliação do pediatra. Fatores como a gravidade clínica e idade da criança influenciam nessa decisão.
O médico alerta que as principais complicações da pneumonia bacteriana são o derrame pleural, quando há inflamação e líquido na pleura, membrana que recobre os pulmões, com necessidade de maior tempo de internação e antibioticoterapia e eventualmente da realização de drenagem. As pneumatoceles e abscessos também podem ser complicações da pneumonia bacteriana, mas são eventos raros e também implicam em uma necessidade maior de antibioticoterapia e internação hospitalar.

“A principal complicação da pneumonia viral é a sobreposição com a pneumonia bacteriana. Alguns casos de pneumonia podem evoluir com Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) ou sepse, infecção generalizada. São menos frequentes, mas podem acontecer. Por isso, é sempre importante a avaliação do quadro por um pediatra para que se diagnostique corretamente a doença e avalie a presença de complicações que podem acontecer quando não se há um diagnóstico correto e a tempo”, explica Bianchini.

Normalmente, frente a um quadro de pneumonia grave, a criança tem grande capacidade de regeneração e cicatrização, na maioria das vezes, sem sequelas significativas, o que não costuma acontecer com a população adulta, onde é comum o aparecimento de fibrose e outras sequelas nos pulmões.

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Março Borgonha

Mieloma múltiplo: dor óssea é um dos principais sintomas desse câncer

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Mieloma múltiplo - Instituto de Oncologia de Sorocaba - Dra. Lisa Ricci

Embora raro e pouco conhecido, o mieloma múltiplo é o segundo tipo de câncer de sangue mais frequente no mundo. No Brasil, estima-se que quatro a cada cem mil pessoas sofram com a doença, uma média de 7.600 novos casos a cada ano.

A doença compromete o sistema hematológico, causando, sobretudo, complicações nos ossos. Seus sintomas são inespecíficos e podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, o que pode atrasar o diagnóstico. Além disso, muitas pessoas desconhecem essa patologia, o que torna a busca por tratamento ainda mais tardia.

Sintomas

Entre os primeiros sinais do mieloma múltiplo, a dor óssea se destaca. Muitas pessoas, inclusive, chegam à primeira consulta com fraturas patológicas, causadas pela fraqueza da estrutura óssea. Segundo a hematologista Dra. Lisa Aquaroni Ricci, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), além da dor, outros sintomas podem estar associados à doença, como fadiga, anemia, emagrecimento, urina com espuma e insuficiência renal.

A doença afeta os plasmócitos, um tipo de glóbulo branco, presente na medula óssea e responsável pela produção de anticorpos que combatem infecções. No lugar das células saudáveis, surgem versões malignas que se multiplicam descontroladamente, causando anemia e dor óssea. Elas também produzem anticorpos anormais, conhecidos como proteína M ou proteína monoclonal, o que pode causar dano renal.

Diagnóstico e tratamento

O mieloma múltiplo pode ser detectado através de exames laboratoriais, exames de imagem e de medula óssea. Embora não tenha cura, muitos pacientes conseguem levar uma vida com qualidade graças a tratamentos que controlam a progressão da doença e aliviam os sintomas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações irreversíveis e ampliar as opções terapêuticas disponíveis.

Nos últimos anos, avanços significativos na medicina têm aumentado a sobrevida e o bem-estar dos pacientes. Entre os tratamentos mais eficazes, Dra. Lisa destaca a imunoterapia, a terapia celular e os inibidores de osteólise. Outra opção de tratamento é o transplante de medula óssea, embora não seja uma indicação para todos os pacientes, já que os protocolos de tratamento são distintos para cada pessoa.

Fatores de risco

Atualmente, as causas do mieloma múltiplo ainda não são totalmente conhecidas e não há formas comprovadas de prevenção. No entanto, alguns fatores de risco já foram identificados, como idade acima de 60 anos, histórico familiar da doença e acometimento de mais homens do que mulheres.

Embora não exista uma maneira definitiva de evitar a doença, a hematologista orienta que manter um estilo de vida saudável pode contribuir para a saúde geral do organismo. Uma alimentação equilibrada, com acompanhamento nutricional, boa higiene bucal e vacinas em dia são hábitos que podem trazer benefícios para o bem-estar e fortalecer o sistema imunológico.

Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba

Referência há 29 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.

O Instituto possui uma equipe multidisciplinar altamente capacitada formada por médicos, farmacêuticos, nutricionista, psicóloga e enfermeiros. Com estrutura completa, conta com quartos individuais e acolhedores e atendimento humanizado.

O IOS tem acreditação internacional de qualidade pela ACSA (Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucía) desde 2021. Foi a segunda instituição de oncologia no país a obter esta certificação.

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