Defesa zoosanitária tem 45% dos carros da frota parados

Quase metade dos 35 veículos que pertencem à frota da defesa zoosanitária do Distrito Federal – responsável por evitar a entrada de animais que tenham doenças como mal da vaca louca, gripe aviária, mormo e tuberculose bovina – está parada por falta de conserto ou aguardando recursos para revisão. De acordo com a Secretaria de Agricultura, a licitação para a restauração de oito carros começou a rodar no segundo semestre de 2013. Já o edital para revisão de outros oito automóveis, que ainda estão na garantia, é de 2014.
Todos os veículos foram comprados com recursos do governo federal. Parte deles aguarda as intervenções em um galpão da pasta que funciona na Granja do Torto. De acordo com o subsecretário de Defesa Agropecuária, Lucílio Antonio Ribeiro, o problema não afeta a inspeção, feita por 162 servidores, já que os outros 69 automóveis da secretaria também podem ser utilizados pelas equipes. Em média são fiscalizados 176,5 mil animais por mês.
“Processos de manutenção de veículo, via de regra, são objeto de maior atenção, devido às características desse tipo de prestação de serviços, demandando tempo maior que o desejado. Todavia, existem mecanismos que permitem a distribuição da frota, atendendo aos diversos setores de acordo com a demanda de cada unidade operacional. Dessa forma consegue-se manter as atividades em andamento normal, mesmo com algumas viaturas aguardando manutenção”, afirma.
Um técnico agropecuário que trabalha na Granja do Torto relatou à reportagem uma realidade diferente. Preferindo não se identificar por medo de retaliações, o homem conta que trabalha há 20 anos no local. Ele diz que a situação se agravou em dezembro e tem afetado o rendimento dos envolvidos nas atividades.
“É uma situação com que eu não concordo. Tem uma equipe nossa que fiscaliza, faz o trabalho de defesa para não entrar animais doentes no DF. A gente faz o plantão parado, porque não tem carro. São 12 Gols parados porque não tem manutenção. Ficamos de 8h às 8h no posto, fazendo nada”, conta.
O servidor diz ainda que o impasse poderia ser resolvido com um investimento “baixo” por cada veículo. “Esses carros são seminovos. Foi feita aquela revisão dos 20 mil [quilômetros rodados]. Depois, pararam de fazer. Tem dois veículos rodando porque os servidores pagaram do próprio bolso para o carro não parar. É coisa boba. Falta troca de óleo, do filtro. É questão de gerência, só de gerência. São pequenos reparos, como pôr pneus bons, coisa de mecânica. Com certeza gastando menos de R$ 1 mil em cada dá para pôr para rodar.”
A Secretaria de Agricultura informou que R$ 105 mil já foi disponibilizado para o serviço e que o processo não foi concluído ainda por parte dos ritos da Lei de Licitações. A pasta disse ainda que a fiscalização tem prioridade na utilização dos outros veículos da pasta.
A Diretoria de Defesa Agropecuária conta com médicos veterinários, agrônomos e técnicos em agropecuária, além de servidores na área administrativa. Além da sede, eles ficam em duas barreiras, cinco núcleos operacionais – Sobradinho, Gama, Brazlândia e dois em Planaltina – e nas unidades da Granja do Torto e Apreensão de Animais.
O trabalho
A Diretoria de Defesa Agropecuária atua para evitar a entrada de doenças de animais como cavalos, bois e porcos no DF. Quando a prevenção falha, a orientação é identificar, conter e erradicar ou controlar rapidamente a disseminação da enfermidade.
Entre as atividades promovidas pelo órgão estão campanhas de vacinação, notificação da ocorrência de doenças e pragas, cadastro das propriedades rurais, levantamentos epidemiológicos, fiscalização de lojas agropecuárias, apreensão de animais que não tenham documentação comprovando imunização e inspeção de trânsito.
Segundo a Secretaria de Agricultura, 1.260 veículos são vistoriados todos os meses. As doenças que são controladas pela diretoria integram documentos da Organização Mundial de Sanidade Animal. Algumas delas são a febre aftosa e a brucelose.
Mais sobre as doenças
O mormo é causado por uma bactéria transmitida por secreções do animal doente, como urina, fezes e secreção nasal. Dentre os sintomas nos cavalos estão febre, emagrecimento e pneumonia. Não existe vacina para a doença e a orientação do Ministério da Agricultura é sacrificar o animal infectado. O mal pode ser passado para humanos.
A brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria Brucella. O risco de contrair a infecção é maior naqueles que trabalham com a saúde, criação e manejo de animais ou abatedouros. Em casos graves, a doença pode afetar vários órgãos: o sistema nervoso central, coração, fígado e o aparelho digestivo.
A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Outros animais também podem contraí-la, como veados, lhamas e capivaras. A transmissão ocorre pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas (mãos, roupas e calçados) que entraram em contato com os animais doentes.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como doença da vaca louca, é uma enfermidade degenerativa fatal e transmissível do sistema nervoso central de bovinos. É causada por uma proteína chamada príon. A contaminação ocorre quando o bovino ingere alimentos de origem animal, como farinhas de carnes e ossos.
No organismo bovino, o príon pode ficar inativo por uma média superior a cinco anos. Ao se manifestar, atacará principalmente o sistema nervoso do animal, multiplicando-se no cérebro do ruminante. A doença é caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção.

Segurança alimentar
Prato Cheio: benefício será ampliado para 18 meses e mais 30 mil famílias

No mesmo dia em que o Distrito Federal foi reconhecido pela garantia de segurança alimentar e nutricional com a outorga do Selo Betinho em solenidade no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do programa Cartão Prato Cheio. Serão incluídas mais 30 mil famílias – atualmente, o benefício atende 100 mil – e o tempo de concessão será ampliado de nove para 18 meses.
“Não vamos mais segurar a fila do Prato Cheio. Autorizei a inclusão de mais 30 mil famílias que estavam aguardando para receber o cartão e vamos ampliar também o prazo, que é de nove meses para 18 meses, para que as pessoas sejam atendidas. Isso tudo vem no sentido de fortalecer cada vez mais as políticas públicas na área alimentar”, adiantou Ibaneis Rocha.
O governador lembrou que, antes, o DF atendia as famílias apenas com a entrega de cestas básicas. “Um programa que atendia menos de sete mil pessoas no Distrito Federal. Nós mantivemos o programa de cestas básicas, principalmente, para aquelas pessoas que chegam ali para fazer o cadastro e estão em situação de dificuldade, mas tivemos a ideia durante a pandemia de criar o Prato Cheio que hoje atende 100 mil famílias”, recordou.
“Fortalecer programas como o Prato Cheio significa garantir segurança alimentar, dignidade e respeito a milhares de famílias que enfrentam diariamente o desafio de colocar comida na mesa. Parabenizo o governador Ibaneis Rocha pela sensibilidade e coragem de ampliar esse programa. A fome tem pressa e estamos trabalhando para assegurar que cada habitante do DF tenha acesso à comida de qualidade, todos os dias e na quantidade necessária”, afirmou a vice-governadora Celina Leão.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, a medida atende uma demanda dos beneficiários. “Muitas famílias que estão no programa, assim que finalizam os nove meses procuram novamente um atendimento para serem reinseridas. Então, pensando nessa reincidência, convocamos uma reunião para podermos ampliar o Cartão Prato Cheio para que aquela família possa, de fato, nesse período sair da insegurança alimentar e nutricional”, explicou.
Lançado em caráter emergencial em 2020 durante a pandemia de covid-19, o programa nasceu para atender pessoas em situação de vulnerabilidade social. Desde a criação já beneficiou 650 mil famílias e recebeu R$ 900 milhões de investimento do Governo do Distrito Federal (GDF). A iniciativa consiste na concessão de R$ 250 por mês para compra de alimentos.
“Começamos esse programa em 2020 no ápice da pandemia. No meio da crise, quando não podíamos aglomerar, havia 6 mil pessoas aguardando a entrega de uma cesta básica. Um número pequeno se olhar o cenário de pessoas que estão sendo alimentadas com a política pública. Mas, naquele momento, existia uma fila invisível e conseguimos tirar da invisibilidade famílias que não conseguiam sequer escolher o que comeriam. Eis que nasceu naquele momento o Cartão Prato Cheio. A gente precisa alimentar a população que passa fome no nosso país”, afirmou a primeira-dama Mayara Noronha Rocha, que era secretária de Desenvolvimento Social quando o programa foi lançado.
Prato Cheio
Inicialmente, o programa previa crédito de pelo menos R$ 170 para cada família durante três meses. Depois o benefício foi ampliado para R$ 250 durante nove meses.
Ao ser lançado em 2020, foram atendidas 30 mil famílias. Em 2021, o ciclo aumentou de três para seis meses, atendendo 40 mil famílias. Em 2022, o ciclo foi ampliado para nove meses, beneficiando 87 mil famílias. O ciclo de nove meses foi mantido nos dois anos seguintes, mas o número de famílias atendidas cresceu. Assim, tanto em 2023 quanto em 2024 foram contempladas 100 mil famílias.
O volume dos investimentos também aumentou a cada ano. Em 2021, quando o programa virou lei, foram investidos R$ 51 milhões no Prato Cheio. Em 2024, os investimentos chegaram a R$ 292 milhões.
As famílias contempladas estão concentradas em 11 regiões administrativas do DF: Ceilândia (14,8%), Planaltina (11,2%), São Sebastião (9,7%), Itapoã (8,5%), Sobradinho e Sobradinho II (7,3%), Taguatinga (5,7%), Santa Maria (5,4%), Paranoá (4,8%), Gama (4,8%) e Recanto das Emas (4,2%). As outras cidades reúnem 7,8% das famílias beneficiadas.
Jovens de 14 a 22 anos
Caesb abre 80 vagas para empregados aprendizes edição 2025

Mais uma oportunidade para jovens de 14 a 22 anos ingressarem em uma das maiores empresas de saneamento ambiental do Centro-Oeste, a Caesb, começa nesta terça-feira (1º/4), quando a companhia abre inscrições ao processo seletivo que vai escolher uma nova turma de empregados aprendizes.
Serão oferecidas 80 vagas, sendo 40 para estudantes acima de 14 anos, que estejam cursando ensino fundamental, ensino médio ou tenham concluído o ensino médio, e outras 40 vagas para estudantes acima de 16 anos que estejam cursando a partir do 2º ano do ensino médio ou tenham concluído o ensino médio. A idade máxima de 22 anos não será considerada para candidatos com deficiência, que têm reservadas 10% das vagas.
Para participar do processo seletivo, o estudante deverá estar matriculado e frequentando a escola em cursos regulares do ensino fundamental, médio ou ter concluído o ensino médio, desde que cursado na rede pública de ensino. A exceção fica para alunos da rede privada que sejam bolsistas com 100% de desconto da mensalidade. Não poderão se inscrever candidatos que tenham trabalhado com carteira assinada por mais de 90 dias ou que já tenham sido contratados como aprendiz em outra empresa.
Os estudantes deverão escolher o turno e o curso no momento da inscrição neste link. As inscrições gratuitas estarão abertas até 13 de abril. Serão levados em consideração para fins de classificação dos candidatos critérios como aprovação escolar no último ano letivo, renda familiar bruta, a participação no programa de responsabilidade social da Caesb – projeto Golfinho – e ser beneficiário do Bolsa-Família ou do programa DF Social.
Ao longo da jornada de aprendizagem, os empregados aprendizes vão trabalhar em uma das unidades da Caesb e frequentar o curso promovido pelo Senai, em Taguatinga. Os empregados aprendizes selecionados vão receber R$ 828, vale-refeição e/ou alimentação no valor de R$ 594,37 e vale-transporte, de acordo com a legislação.
Para gestão de processos administrativos, são oferecidas 20 vagas no turno matutino e 20 no vespertino. A idade mínima é 14 anos, e os candidatos devem estar cursando o ensino fundamental ou médio, ou terem concluído o ensino médio. O cargo de técnico em logística também oferece 20 vagas para o turno matutino e 20 para o vespertino; os candidatos devem ter a idade mínima de 16 anos e estar cursando a partir do segundo ano do ensino médio ou tê-lo concluído.
Todas as etapas do processo seletivo abaixo serão divulgadas exclusivamente no site da Caesb.
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