Novembro Azul
Dados revelam aumento de 10% nos casos de câncer de próstata no Brasil

O câncer de próstata é o mais comum entre a população masculina e representa 30% dos diagnósticos da doença no País. A cada 40 minutos, um homem morre vítima da enfermidade. No último triênio, os índices apontavam para 65.840 casos da doença. Segundo o Instituto Oswaldo Cruz, para cada ano deste triênio 2023-2025, são esperados 72 mil casos novos desse câncer no Brasil.
De acordo com Rodrigo Braz, médico especialista do Hospital Urológico de Brasília, esse crescimento é decorrente de uma série de fatores vinculados ao envelhecimento da população e a melhoria da sensibilidade das técnicas diagnósticas. “A disseminação do teste de medição dos níveis de PSA total e do toque retal, a melhora da acessibilidade ao médico, campanhas nacionais de orientação e conscientização – mesmo em homens assintomáticos – possibilitaram um aumento nos casos de diagnóstico, o que eleva o número de casos”, explica.
No entanto, os hábitos da população são fatores que colaboram diretamente para a incidência do câncer de próstata. Rodrigo Braz alerta que é fundamental a melhora no estilo de vida dos homens. “A diminuição na ingestão de bebidas alcoólicas, do consumo de industrializados, carne vermelha e gordura animal, além de não fumar e realizar atividade física regularmente, minimizam bastante os riscos do surgimento do câncer de próstata”, alerta.
Principais exames
A visita ao urologista é fundamental para que sejam realizados os exames de rotina. O rastreio diagnóstico do câncer de próstata deve ser iniciado aos 40 anos para homens que fazem parte do grupo de risco – homens com histórico familiar de câncer de próstata, obesos e afrodescendentes. Os exames englobam a realização de uma boa história clínica, identificando os fatores de risco, a dosagem laboratorial do PSA (antígeno prostático específico) e a realização do toque retal. Rodrigo Braz destaca que o simples exame de toque retal da próstata pode detectar até 20% dos casos de câncer.
Tecnologia a favor do paciente
A cirurgia com a tecnologia robótica é uma opção para o tratamento do câncer de próstata. A Prostatectomia Radical por via laparoscópica robótica trouxe inúmeros benefícios ao paciente como menor chance de sangramento durante a cirurgia, melhora nos resultados funcionais no que diz respeito a função erétil e continência urinária, menos dor no pós-operatório, alta hospitalar precoce, retorno mais rápido as atividades de vida diária e menores incisões.
O Hospital Urológico de Brasília
Há 32 anos, o Hospital Urológico de Brasília se dedica a diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com distúrbios urológicos. Com estrutura física e tecnologia avançada, o hospital foca em um atendimento seguro e humanizado, por meio de políticas preventivas e ações curativas. O HU oferece atendimento de urgência e emergência 24 horas, e oferece, num só espaço, toda a estrutura para exames, cirurgias e internação que o paciente precisar. Desde laboratório de análises clínicas e diagnóstico por imagem próprio (tomografia, ecografia e estudo urodinâmico), a um moderno centro cirúrgico, excelentes leitos de internação (apartamentos e enfermaria) e o serviço de atendimento ambulatorial.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
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