Saúde
Cuidados como hidratação ajudam a enfrentar o clima seco do Distrito Federal
O fim da época da seca no Distrito Federal tem sido extremamente penoso para os moradores da região. No Brasil inteiro, o tempo seco e, principalmente, as queimadas têm dificultado a vida de todos. Para quem já tem problemas respiratórios, a preocupação é ainda maior. A pneumologista do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Izabel Tereza Diniz, alerta que esses pacientes estão mais suscetíveis a infecções nas vias respiratórias devido às alterações climáticas.
O clima seco e a falta de umidade no Distrito Federal agravam essa situação. Segundo Izabel, “o ambiente possui uma maior quantidade de partículas no ar”, o que afeta até pessoas sem doenças respiratórias. Durante esse período, a quantidade de partículas inaladas é maior, pois a umidade ajuda a fazer com que a poeira e outras partículas caiam, em vez de ficarem suspensas.
Portadores de doenças pulmonares, como asma e enfisema, além de grupos de risco, como crianças e idosos, estão mais vulneráveis a agravamentos, especialmente se inalarem fumaça das queimadas. Para esses pacientes, é imprescindível seguir rigorosamente o tratamento médico. “Manter o uso contínuo das medicações é fundamental para garantir que as vias aéreas estejam tratadas”, enfatiza Izabel.
Caso ocorra agravamento da doença, a especialista recomenda procurar atendimento médico de emergência rapidamente. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos, corticóides ou até oxigênio. Além disso, é essencial se afastar de áreas com fumaça e manter portas e janelas fechadas para evitar a entrada excessiva de partículas. A hidratação é crucial e manter toalhas molhadas nos ambientes e usar umidificadores podem ajudar.
“É importante andar sempre com uma garrafinha e dobrar a quantidade de água ingerida diariamente”, sugere Izabel. Ela também recomenda a limpeza das vias aéreas com soro fisiológico, o que ajuda a umidificar a mucosa e remover partículas.
Outras recomendações incluem evitar trânsito em áreas com muito fluxo de veículos e, se possível, usar máscaras do modelo PFF2 ou N95, já que as de pano não oferecem proteção adequada. Sintomas comuns, como dor de cabeça leve e fadiga, são normais, mas se persistirem ou se houver falta de ar, é fundamental buscar atendimento médico de urgência. “Esses são sinais de alarme”, conclui Izabel.