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Hospitalidade

Cresce número de estrangeiros que aprovam visita ao Brasil

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Jonas Valente

Pesquisa encomendada pelo governo federal mostra que 88% dos turistas internacionais entrevistados ficaram satisfeitos com a visita ao país em 2017. O índice é maior do que o registrado há cinco anos, quando 85% dos visitantes consultados disseram ter aproveitado a estadia no país. O levantamento foi feito a partir de entrevistas com 35.550 pessoas em 15 aeroportos e 10 pontos de entrada terrestre.

Entre os itens melhor avaliados estão a hospitalidade (98%), os alojamentos (96,4%), a gastronomia (95,7%) e os restaurantes (95,5%). Ainda conforme o levantamento, 95% dos entrevistados afirmaram que têm a intenção de retornar ao país. Nos cálculos do Ministério do Turismo, entraram no Brasil, em 2017, 6,5 milhões de pessoas. O número significou um aumento de 12% em relação ao desempenho de cinco anos atrás. Em 2013, o registro foi de 5,8 milhões de turistas internacionais.

Cidades mais visitadas – O Rio de Janeiro é a cidade mais visitada entre os que procuram lazer (27% dos entrevistados escolheram esse destino). Em seguida vêm Florianópolis (20%), Foz do Iguaçu (12,5%) e São Paulo (7,8%). Entre aqueles que viajam a negócios ou para convenções, os principais destinos são São Paulo (44,4%), Rio de Janeiro (23,6%), Porto Alegre (4,2%), Curitiba (4,1%) e Brasília (3,3%).

Origem – Do total de entrevistados, 63% vinham de países da América do Sul, 21% da Europa e 9% da América do Norte. Os argentinos representam uma parcela expressiva dos turistas (39,8%). Em seguida, vêm os estadunidenses (7,2%), os chilenos (5,2%), os paraguaios (5,1%) e os uruguaios (5,0%). Entre os países europeus com maior número de visitantes estão a França (3,9%), Alemanha (3,1%), o Reino Unido (2,8%) e a Itália (2,6%).

Se observada a evolução desde 2013, a vinda de argentinos teve grande crescimento, saindo de 1,7 milhão para 2,6 milhões. O mesmo ocorreu com a de chilenos, que registrou aumento de 268 mil para 342 mil. Já o número de estadunidenses caiu de 592 mil para 475 mil.

Motivo das viagens – O principal motivo para as viagens ao Brasil é o lazer: 60% dos entrevistados apontaram essa justificativa para visitar o país. Para quem quer descansar, destinos com praia são os mais buscados (72,4%), seguidos de cidades e atrações com ecoturismo, espaços de contato com a natureza e atrações de aventura (16,3%).

Outros motivos são visitar amigos e parentes (22%), participar de eventos e convenções ou realizar atividade vinculada a negócios (15,6%). Na avaliação histórica, as vindas a lazer aumentaram (o índice era de 46,5% há cinco anos) e as que são feitas em razão de negócios diminuíram (representavam 25,3% em 2013).

Comparação internacional – Na comparação internacional, o Brasil ainda fica atrás de diversos países. Segundo o Barômetro do Turismo, da Organização Mundial do Turismo, considerando dados de 2016 o país recebeu o equivalente a 8% do registrado no destino mais procurado, a França (que teve 82 milhões de vistas) e não aparece entre os 10 primeiros. O Brasil foi o líder na América do Sul, seguido pela Argentina (5,5 milhões), o Chile (5,6 milhões) e Peru (3,7 milhões). Na América Latina, o país perdeu para o México, que recebeu, em 2016, 34,9 milhões de pessoas, mais de cinco vezes o número registrado aqui.

No ranking da plataforma internacional de viagens TripAdvisor, o Brasil figura com uma cidade entre os 25 principais destinos visitados no mundo: o Rio de Janeiro.

Para José Francisco Salles, diretor de estudos econômicos e pesquisas do Ministério do Turismo, o desempenho do país em 2017 foi positivo, uma vez que foi maior do que o do ano anterior, quando ocorreram os Jogos Olímpicos.

Em relação à comparação com outros países, ele argumenta que o posicionamento do Brasil no cenário internacional está ligado a dois motivos: o primeiro é fato de o país ter uma força maior no turismo doméstico. Em 2017, foram mais de 200 milhões de viagens entre diferentes cidades brasileiras.

A segunda explicação, na opinião de Salles, é o fato de o turismo ter uma lógica regional. “Países europeus recebem turistas deles mesmos. México recebe muitos milhões, mas a maioria é dos Estados Unidos, pois é muito fácil viajar para lá. O Brasil está na América do Sul. A estrutura ainda é menor. Estamos crescendo em função do que estamos conseguindo melhorar no continente, mas estamos crescendo de forma consistente”, avalia.

Atualizado em 18/05/2018 – 08:58.

Sudeste lidera o ranking

Brasil contabiliza 1.578 casos de mpox (varíola dos macacos) em 2024

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mpox
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O Brasil registrou, ao longo de 2024, 1.578 casos confirmados de mpox. O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza ainda 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença no país.

A maioria das infecções se concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (751 casos), seguida pelos grupos de 18 a 29 anos (496 casos) e de 40 a 49 anos (275 casos). Os homens respondem por 81% dos casos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.

Outro recorte divulgado pelo painel de monitoramento do ministério é o de raça e cor. Os dados mostram que 46% dos casos de mpox no Brasil se concentram entre brancos; 29%, entre pardos; e 11%, entre pretos.

O Sudeste lidera o ranking de regiões com mais infecções, com 1.269 casos. Em seguida estão Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (712) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na frente, com 866 e 320 casos, respectivamente.

Emergência global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.

Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.

O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.

A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.

Nova variante

Segundo a OMS, três novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da África – no Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante.

Atualizado em 16/11/2024 – 13:27.

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Medicina

Residência médica pode ser a melhor escolha para recém-formados

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A residência médica é uma etapa fundamental para quem deseja se especializar em áreas específicas da medicina. Esse programa, oferecido em instituições de saúde credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Saúde, busca fornecer aprendizado teórico e prático em ambientes hospitalares, para que os médicos residentes adquiram competências, e aprimorem sua capacidade de atendimento e diagnóstico.

O que o estudante pode escolher?

Quando os candidatos optam pela residência médica, eles podem escolher entre várias especialidades como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, anestesiologia, entre outras.

Essas especialidades servem como base para subespecializações, como cardiologia, neurologia e medicina intensiva, permitindo que o médico recém-formado aprofunde seus conhecimentos em áreas específicas após a formação inicial.

Quanto tempo dura?

Geralmente, o período de duração da residência pode variar entre dois e seis anos, dependendo da especialidade escolhida. Os programas seguem uma rotina intensa, com jornadas de trabalho que podem ultrapassar 60 horas semanais.

Durante a formação, o residente passa por rodízios em diferentes setores do hospital, para aprimorar suas habilidades em diagnóstico, tratamento e tomada de decisões rápidas, especialmente em áreas de alta complexidade. Além disso, o programa oferece uma bolsa-auxílio aos residentes, financiada pelo governo ou pela própria instituição de saúde, garantindo suporte financeiro durante a especialização.

Como se consegue uma residência?

O processo seletivo para uma residência médica é altamente concorrido, com exames rigorosos que avaliam os conhecimentos teóricos dos candidatos. Entre os exames de acesso, o edital Enare é um dos mais importantes e abrangentes do Brasil.

Isso porque ele organiza o processo seletivo para diversos programas de residência, sendo reconhecido por facilitar o acesso dos candidatos a programas de qualidade em instituições renomadas. Além disso, o edital oferece uma plataforma centralizada para inscrições e resultados, tornando todo o processo mais acessível e organizado.

A inclusão do Enare contribui para a democratização do acesso às vagas de residência médica e amplia as oportunidades para médicos recém-formados em todo o território nacional.

Residência ou especialização: o que escolher?

A residência médica e a especialização são ambas modalidades de pós-graduação, mas diferem em carga horária e formato. A residência é mais intensiva, concede título e bolsa-auxílio, enquanto a especialização, com menor carga horária e autofinanciada, permite que o profissional se qualifique rapidamente.

Para escolher a modalidade certa, é preciso ter claramente os objetivos de carreira, como obter um título ou desenvolver conhecimentos técnicos. Ambas são reconhecidas pelo MEC, e o profissional pode combinar os cursos para aprimorar ainda mais a sua formação.

Portanto, a escolha pela residência médica oferece inúmeros benefícios, que incluem a valorização no mercado de trabalho e a possibilidade de atender em áreas específicas com maior qualificação e conhecimento técnico. Dessa forma, o médico residente se torna um profissional capacitado para lidar com casos complexos e promove uma assistência de qualidade à população.

Atualizado em 16/11/2024 – 09:47.

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