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Corredor Eixo Oeste ganhará novo trecho no primeiro semestre
Até o mês de junho, o GDF vai ampliar o Corredor Eixo Oeste, melhorando o tráfego exclusivo de ônibus e BRTs nas vias do Distrito Federal. O trecho que faz parte do corredor e que abrange o Túnel de Taguatinga será entregue junto com a conclusão da primeira etapa da obra, prevista para junho de 2022, após a fase de drenagem.
O trecho da Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG), onde estão localizadas três faixas de rolamento para os veículos e uma faixa de concreto no canto esquerdo da via para atender os coletivos, está concluído. As paradas de ônibus ficam no canteiro central.
Quando finalizado, o Corredor Eixo Oeste terá o total de 38,7 quilômetros. O trecho da Estrada Parque Setor Policial Militar (ESPM) será iniciado na segunda etapa da construção do viaduto, a ser concluída em dezembro deste ano.
De acordo com a Secretaria de Obras, o Corredor Eixo Oeste prevê o alargamento de pistas e a construção de áreas exclusivas de transporte coletivo (ônibus e BRT) nas principais vias de ligação do Sol Nascente/Pôr do Sol com o Plano Piloto. O objetivo é reduzir o tempo de deslocamento até a região central.
“Vai dar conforto aos usuários do transporte coletivo porque os ônibus não vão mais pegar engarrafamento. Quando as obras estiverem totalmente concluídas, temos a perspectiva de que o tempo de viagem será reduzido para até 45 minutos de quem sai do Sol Nascente/Pôr do Sol até o Eixo Monumental”, destaca o secretário de Obras, Luciano Carvalho de Oliveira.
O trecho do corredor que abrange a Hélio Prates integra a terceira etapa da obra na avenida, ainda sem previsão de início. A construção do trecho da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) ainda será contratada em obra a ser dividida em seis etapas.
Experiência
As faixas e os corredores exclusivos têm crescido de forma progressiva ao longo dos anos no DF. “Todas as faixas exclusivas são criadas para dar adequada velocidade de fluxo para os ônibus. Em Brasília, especificamente, temos uma necessidade de maior ampliação para dar mais atendimento ao transporte público”, analisa o professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Pastor Willy Gonzales Taco.
De acordo com o professor, aumentar o número de faixas e corredores melhora a operação do transporte público para os usuários. Ele explica que as faixas são usadas nas áreas mais centrais, porque há compartilhamento de espaço dos coletivos com os demais veículos em determinados pontos, como os retornos. Enquanto os corredores têm espaço único para o transporte público. “O uso da faixa termina sendo mais favorável nas áreas centrais, enquanto o corredor costuma ser uma ligação da periferia ao centro. Justamente para estruturar o fluxo da cidade”, completa.
Faixas exclusivas
No DF, a política de mobilidade tem sido utilizada para melhorar o fluxo dos coletivos e, consequentemente, a vida dos passageiros. Desde 2019, novos corredores e faixas exclusivas fazem parte do trânsito.
“Recriamos a EPNB (Estrada Parque Núcleo Bandeirante), que havia sido cancelada. Temos aqui no Eixo Monumental. Tem um projeto já fazendo a interligação na Epia. Em um primeiro momento, do viaduto do Guará até a EPTG. A ideia é chegar até a Estação do Park Way, que vai ligar com o BRT para você fazer a interligação de uma faixa exclusiva até Santa Maria. A Secretaria de Obras já está fazendo o corredor na Samdu, no Túnel de Taguatinga, na faixa central ligando a EPTG, na Epig e no Setor Policial”, explica o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Camisiro Silveira.
Atualmente, a cidade conta com faixas exclusivas na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), na EPTG, na W3 Sul, na W3 Norte, na ESPM e no Eixo Monumental. Além disso, há ainda o corredor exclusivo de BRT na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), no sentido Gama e Santa Maria. Ao todo, já são quase 150 quilômetros de extensão.