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Consumo de água em residências no DF cresceu 16% em cinco anos

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A maior escassez de água na história dos dois principais reservatórios do Distrito Federal colocou a cidade em estado de alerta por situação hídrica crítica e fez o governo adotar medidas para garantir o abastecimento até a chegada das chuvas. Além das ações governamentais, a economia do recurso passa pela consciência de cada um dos moradores da capital do País.

Levantamento da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) revela que, de 2010 a 2015, o consumo de água nas residências de Brasília aumentou 16%. Passou de 129,4 milhões de metros cúbicos (m³) para 150,2 milhões. A diferença de quase 21 milhões de m³ daria para abastecer Planaltina e Sobradinho durante um ano inteiro. No mesmo período, o comércio registrou queda no consumo: passou de 17,4 milhões de metros cúbicos para 17 milhões.

Às 15 horas dessa segunda-feira (19), a Barragem do Rio Descoberto, responsável por abastecer 65% do DF, estava com 38,6% da sua capacidade, o menor índice já registrado desde 1989, quando a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) começou a fazer a medição. Já o reservatório de Santa Maria, que fornece água para 22% dos moradores de Brasília, apresentava 49,7% de volume útil nos mesmos dia e horário. O ideal é que os dois se mantenham acima dos 60%. Outros 13% dos habitantes do DF consomem água vinda de córregos e mananciais.

Como preconiza o artigo 3º da Resolução nº 13, de 2016, da Adasa, quando as principais fontes de abastecimento atingem níveis abaixo dos 40%,campanhas de conscientização precisam ser reforçadas. Tanto a Adasa quanto a Caesb promovemações educativas com o intuito de convencer as pessoas a reduzir o consumo nos lares. O site naodesperdiceagua.com.br, da Adasa, traz, além de dicas de economia, um histórico de como a água doce é distribuída no DF e no País.

Já a campanha Consciência 10, da Caesb, tem vídeos e informações que ensinam a utilizar o recurso hídrico de forma mais racional.

O diretor financeiro e comercial da Caesb, Marcelo Teixeira, explica que uma conjunção de fatores concorreu para a situação crítica atual. “Tivemos uma expansão desordenada do território, o que naturalmente leva à captação irregular de água; o aumento na renda das pessoas, de 2012 a 2014, fator que fez com que elas consumissem mais água; e, por último, atravessamos sucessivos períodos de temperaturas mais altas e menos chuvas”, elencou.

Bananal vai abastecer moradores Plano, Cruzeiro e Lago Norte

Teixeira destaca que o governo vai iniciar obras estruturantes para minimizar os efeitos da escassez, mas reforça que a medida mais eficiente é a redução do consumo humano. “Se cada um não fizer a sua parte, a situação tende a piorar”.

Entre as obras citadas pelo diretor da Caesb está a construção do subsistema do Bananal, reservatório que terá capacidade para fornecer água a cerca de 170 mil moradores do Plano Piloto, Cruzeiro e Lago Norte. As máquinas devem começar a operação nos próximos dias, e o investimento será de R$ 20 milhões.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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