Professor Ferretto
Como o calor extremo pode afetar o corpo humano, os animais e os alimentos

Na semana passada, a MetSul anunciou que o Brasil irá enfrentar uma nova onda de calor, nos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, parte de Goiás e Minas Gerais, cujas temperaturas podem chegar até 40ºC. Esta onda de calor deve-se ao El Niño, fenômeno que aquece as águas dos oceanos.
“O aumento da temperatura não apenas desafia a resistência humana mas também pode afetar o equilíbrio ambiental. Essas altas temperaturas têm o potencial de gerar efeitos negativos, afetando desde o comportamento animal até a segurança alimentar, destacando a urgência de medidas abrangentes para enfrentar as mudanças climáticas”, diz o professor de biologia Flávio Landim, da plataforma Professor Ferretto – canal 100% online com foco na preparação para o Enem e vestibulares, que contempla todo o conteúdo do Ensino Médio e soma 70 mil alunos de todo o Brasil.
Com isso, os docentes da Professor Ferretto desvendam alguns dos impactos que a onda de calor pode causar:
Mudanças no comportamento animal
Animais selvagens estão tentando adaptar seus comportamentos para sobreviver às altas temperaturas. “Diante das altas temperaturas, algumas espécies estão alterando seu comportamento, buscando mais sombra durante o dia e tornando-se mais ativas durante a noite. Se as altas temperaturas persistirem no longo prazo, espécies que não conseguirem se adaptar infelizmente serão extintas “, comenta Landim.
Riscos para saúde humana
Diante dos desafios impostos pela onda de calor, a preservação da saúde humana exige uma resposta eficiente. “A implementação de medidas preventivas, como a promoção de hidratação adequada, a conscientização sobre os riscos associados ao calor e a criação de centros de resfriamento emergenciais, torna-se imperativa. Além disso, investir em estratégias de adaptação e mitigação das mudanças climáticas é fundamental para enfrentar os impactos crescentes das ondas de calor “, completa o professor.
Desafios térmicos e regulação corporal
“A elevação da temperatura ambiente apresenta desafios crescentes para a regulação térmica do corpo humano, desde a dificuldade em perder calor até situações críticas de recebimento de calor do meio”, destaca André Coelho, Professor de Física da Professor Ferretto. Em resposta a esses desafios, o corpo humano aciona a produção de suor como um mecanismo eficaz de resfriamento, sendo a evaporação do suor crucial para evitar superaquecimento. “Em ambientes úmidos, a eficácia da evaporação do suor é comprometida, agravando a situação em meio à onda de calor”, ressalta Coelho. Este cenário reforça a importância de medidas preventivas e de conscientização sobre os riscos térmicos em face das condições climáticas extremas.
Segurança alimentar
O calor excessivo tem influência sobre a integridade dos alimentos, acelerando processos de deterioração e ameaçando a qualidade e segurança alimentar. “À medida que as temperaturas aumentam, as reações químicas nos alimentos são intensificadas, fazendo os alimentos estragarem muito rápido, ” finaliza o Professor Michel Arthaud, diretor e professor de química da Professor Ferretto.

26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
Sem fake news
Vacina contra gripe é segura e não causa a doença

A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.
O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o “inverno amazônico”, período de chuvas de dezembro a maio.
Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.
“Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana”, avisa . “Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito”, ela complementa.
De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.
Verdade e fake news
Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas:
MENTIRA: “A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe”
VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.
MENTIRA: “A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas”
VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos. Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.
MENTIRA: “A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia”
VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.
MENTIRA: “A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar”
VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.
MENTIRA: “Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid”
VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.
Vacina atualizada
Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.
Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano.
Quem deve se vacinar contra a gripe
- Idosos;
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Gestantes e puérperas;
- Povos indígenas;
- Pessoas em situação de rua;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- Pessoas com deficiência permanentes;
- População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens;
- Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.
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Menores de 1 ano
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Vacina contra gripe é segura e não causa a doença
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