JAMA Open Network
Cleveland Clinic: vitamina C e o zinco são ineficazes em pacientes com Covid-19

Pesquisadores da Cleveland Clinic descobriram que o zinco ou o ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, ou uma combinação dos dois, não diminuem significativamente a gravidade ou a duração dos sintomas em pacientes positivos para Covid-19, quando comparados ao tratamento padrão. O estudo foi publicado nesta sexta (12) na JAMA Open Network.
Desde o início da pandemia de Covid-19, tem havido especulação generalizada sobre o papel de várias vitaminas e suplementos para prevenir ou tratá-la, mas permanecem evidências científicas limitadas. O zinco é conhecido por ser importante para a função imunológica. Também desempenha um papel na produção de anticorpos e glóbulos brancos e pode combater infecções. A vitamina C, um antioxidante, pode ajudar a reduzir os danos às células e demonstrou aumentar o sistema imunológico.
O ensaio clínico COVIDAtoZ envolveu 214 pacientes adultos com infecção confirmada por Covid-19. Os pacientes foram randomizados e receberam 10 dias de gluconato de zinco (50mg), vitamina C (8.000mg), ambos os agentes, ou tratamento padrão de abril de 2020 a outubro de 2020. O estudo foi interrompido por futilidade, sem diferença significativa entre os quatro grupos. Especificamente, o desfecho de uma redução de 50% nos sintomas não mostrou nenhuma diferença significativa entre o tratamento usual, vitamina C, gluconato de zinco ou o grupo que recebeu vitamina C e gluconato de zinco.
“Quando começamos este ensaio, não havia pesquisa para apoiar a terapia suplementar para a prevenção ou tratamento de pacientes com Covid-19”, disse Milind Desai, MD, MBA, diretor de operações clínicas do Instituto Cardíaco Vascular e Torácico da Clínica Cleveland e co -principal investigador do estudo. “Enquanto víamos a pandemia se espalhar pelo mundo, infectando e matando milhões, a comunidade médica e os consumidores se esforçaram para experimentar suplementos que acreditavam que poderiam prevenir a infecção ou aliviar os sintomas da Covid-19, mas a pesquisa agora está se recuperando. Embora a vitamina C e o zinco tenham se mostrado ineficazes como tratamento quando clinicamente comparados ao tratamento padrão, o estudo de outras terapêuticas continua.”
Os pacientes incluídos neste estudo não foram hospitalizados, mas sim atendidos em regime ambulatorial. “Sabemos que nem todos os pacientes com Covid-19 precisam de internação hospitalar e, em comparação com aqueles que estão sendo tratados em um ambiente hospitalar, são mais propensos a buscar suplementos que poderiam ajudá-los, portanto, era uma população importante a ser estudada,” disse Suma Thomas, MD, MBA, vice-presidente de operações estratégicas do Heart Vascular & Thoracic Institute da Cleveland Clinic e co-investigador principal do estudo.
Um total de quatro eventos de segurança foram observados durante o estudo, incluindo 3 mortes. No entanto, o comitê de monitoramento de segurança de dados não acredita que qualquer um dos eventos adversos tenha sido causado por tratamentos individuais que os pacientes receberam como parte do estudo.
Existem medidas que as pessoas podem seguir para reduzir o risco de infecção. Quando possível, tome uma vacina contra a Covid-19. Continue a se distanciar socialmente, lave as mãos com frequência e use uma máscara em público.

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
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