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Centro de Excelência de Estudos sobre o Cerrado (CEEX) será inaugurado em junho

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O Jardim Botânico de Brasília vai inaugurar em junho um Centro de Excelência de Estudos sobre o Cerrado (CEEX). A obra, de 1.622 metros quadrados, está em fase final, faltando ajustes como instalação de energia, de água e pintura.

O local possui salas para estudos científicos sobre conservação, preservação e valorização da vegetação típica do Centro-Oeste, além de áreas para seminários, exposições, reuniões e apresentações culturais.

De acordo com o superintendente do Centro, Rafael Poubel, a ideia é aproximar as pessoas da pesquisa e do próprio bioma: “Eu percebo que quanto mais interativo, lúdico e divertido, mais gente quer participar”.

Quando for aberto ao público, a população terá oportunidade de ver toda a Estação Ecológica do Jardim Botânico de um novo mirante. Além disso, estão previstos uma biblioteca digital, um acervo virtual com fotos do bioma e uma lanchonete com alimentos naturais do Cerrado.

Parcerias
A proposta é que o espaço funcione por meio de colaborações: “A concepção de um centro de excelência é firmar parcerias com todos os setores: do governo, da academia, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada”, explicou o superintendente.

Foi assinada, em 22 de março, uma carta de intenção com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio). Entre os objetivos, está a mudança do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e da Caatinga (Cecat) do campus do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) para o Jardim Botânico.

A Universidade Federal de São Carlos (SP) também vai cooperar por meio de um aplicativo para celulares, em que as pessoas poderão avisar sobre focos de incêndio. “Um cidadão abre o aplicativo e ao ver um foco de incêndio fotografa e já manda a localização para a Central de Informação”, exemplifica Rafael Poubel.

Construção ecológica
A ideia de criar o Centro de Excelência de Estudos sobre o Cerrado está dentro do Plano de Manejo — documento elaborado com o objetivo de realizar ações necessárias para conservar o local — do Jardim Botânico há mais ou menos uns sete anos.

Com a construção do setor habitacional Jardins Mangueiral, houve a necessidade de a empresa responsável pela obra fazer a compensação ambiental —ressarcimento por danos causados ao meio ambiente. Em 2013, após assinatura de um acordo, a empresa custeou a proposta do Centro, avaliada em R$ 2,7 bilhões.

O projeto é assinado pelos arquitetos Roberto Lecomte, Catharina Macedo e Samuel Guimarães — também diretor-adjunto do Jardim Botânico. Eles trabalharam conceitos de sustentabilidade, no qual buscaram diminuir o uso de energia elétrica, priorizando a iluminação natural com salas grandes e portas de vidro, e utilizaram ventilação cruzada — em que o ar circula livremente. Há também um sistema para captação e canalização da água da chuva, direcionando-a para um pequeno lago.

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