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Centro 18 de Maio é premiado por apoio a vítimas de violência infantil

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A qualidade da rede de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual em Brasília foi reconhecida, nesta quinta-feira (18), em cerimônia na Câmara dos Deputados. O Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio recebeu o Prêmio Neide Castanha, na categoria Boas Práticas, por proporcionar um espaço multidisciplinar de acolhimento ao público.

A honraria é concedida pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg e o secretário de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Aurélio de Paula Araújo, receberam a homenagem.

O centro, que funciona na 307 Sul, foi inaugurado em 25 de outubro de 2016, no local onde existia um posto comunitário da Polícia Militar do Distrito Federal. Nele, estão concentradas as várias instâncias de acompanhamento das crianças e adolescentes, como registro de relato de abusos e atendimento psicossocial.

O local acomoda também uma ludoteca (espaço com jogos e recursos pedagógicos lúdicos para atendimento a vítimas de violência infantil), montada em parceria com um laboratório de exames clínicos, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização Childhood.

A premiação, segundo Márcia, destaca a importância de uma metodologia de assistência humanizada e unificada. “É uma honra para nós receber esse prêmio. O Centro 18 de Maio permite uma cadeia de serviços no sentido de evitar a revitimização da criança ou do adolescente.”

Neide Castanho, que dá nome à premiação, foi assistente social e uma reconhecida defensora dos direitos humanos, além de ativista no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.

De 2002 até 2010, quando morreu de câncer, ela atuou como secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Neide é uma mulher inspiradora, que não titubeava frente às dificuldades”, lembrou Márcia.

Origem do 18 de maio

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído pela Lei Federal nº 9.970, de 2000, em referência a um crime hediondo em Vitória (ES). Em 18 de maio de 1973, a menina Araceli Crespo, de 8 anos, sofreu violência (física e sexual) e foi brutalmente assassinada.

Denúncias de casos de abuso e exploração sexual podem ser feitas pela Central de Atendimento Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A ligação é gratuita, e o serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

Conscientização nas escolas públicas do DF

Como parte das atividades pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, palestras, oficinas, caminhadas, peças teatrais e panfletagens têm sido realizadas com a participação dos estudantes das escolas públicas.

Nesta quinta (18), em Ceilândia, cerca de 700 estudantes participam do 3º Encontro Faça Bonito, com caminhada e apresentações. A iniciativa conta com parceiros como os conselhos tutelares e centros de referência especializados de assistência social (Creas).

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