Saúde bucal
Cárie oculta: o problema é silencioso e pode causar danos irreversíveis

A cárie oculta, muitas vezes chamada de “cárie silenciosa”, é um problema dentário sorrateiro que pode passar despercebido por muito tempo. A doença é caracterizada pelo seu desenvolvimento lento e oculto. Pode ocorrer na região entre os dentes, onde apenas o fio dental chega para limpar e também na região das fissuras dos dentes. Além disso, nem sempre vai apresentar sintomas óbvios, como dor ou sensibilidade e pode agravar o problema, pois sem sentir dor, o paciente que não faz exames preventivos periódicos e pode observar o problema apenas quando já estiver muito avançado.
De acordo com Ilana Marques, que é odontopediatra da IGM Odontopediatria, por trás de um sorriso aparentemente saudável, a cárie oculta se esconde, agindo silenciosamente. “Na infância, a cárie oculta pode ser um verdadeiro desafio para pais que não levam as crianças para as consultas preventivas. Elas podem se esconde nas profundezas das fissuras dos dentes, e muitas vezes só podendo ser identificadas e confirmadas por um exame radiográfico”, alerta a especialista.
A cárie oculta é causada principalmente por hábitos alimentares inadequados e uma higiene oral deficiente. Ao consumir alimentos açucarados ou ricos em amido, as bactérias presentes na boca se alimentam desses resíduos e liberam ácidos corrosivos, que atacam o esmalte dentário. Com o tempo, a cárie se desenvolve e se infiltra nos dentes, alcançando as camadas mais profundas. Isto pode levar a uma necessidade de tratar o canal do dente ou até a extração caso não for diagnosticado e tratado precocemente.
“É essencial educar as crianças desde cedo sobre a importância de uma alimentação saudável e de uma rotina de higiene oral adequada. Ensinar os pequenos a escovar corretamente os dentes, utilizar o fio dental e fazer visitas regulares ao dentista é fundamental para prevenir a cárie oculta”, explica a odontopediatra.
O acompanhamento regular com o dentista é essencial para identificar essa condição antes que ela cause danos irreversíveis aos dentes. Quando se observa fissuras muito profundas e retentivas aliadas a uma dieta cariogênica, o odontopediatra pode recomendar o uso de selantes. Que são proteções indicadas para estes dentes do fundo. Eles deixam as superfícies mais lisas e mais fáceis de serem limpas, além de liberar flúor, deixando os dentes mais fortes.
“Não subestime a cárie oculta, pois ela pode causar estragos sem aviso prévio. A prevenção é a chave para combater essa ameaça invisível. Por isso, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais de cárie oculta em seus filhos, como manchas brancas nos dentes, sensibilidade ao calor ou frio, ou mudanças na cor ou textura dos dentes. Ao notar qualquer suspeita, é recomendado agendar uma consulta com o dentista para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. A saúde bucal das crianças é valiosa e merece toda a atenção e cuidado necessários para garantir um sorriso saudável”, conclui Ilana Marques.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
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