Ernesto Osterne
Cardiologista fala sobre os cuidados com o coração durante o Carnaval

O Carnaval está chegando! São quatro dias de festa, no mínimo. E haja preparo físico e disposição para aguentar o batidão da celebração brasileira mais famosa mundo afora. Para ter um período tranquilo, o folião deve ficar atento à saúde e à segurança na hora de pular atrás do trio.
Entre as questões de saúde que mais devem ser levadas em consideração estão os cuidados com o coração. Isso porque, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o número de mortes relacionadas às doenças cardíacas no Brasil assusta: foram mais de 400 mil vítimas em 2023. E, neste período em que as pessoas estão expostas ao calor excessivo, esgotamento físico e consumo exagerado de álcool e de energéticos, eleva-se a probabilidade de problemas relacionados ao funcionamento do órgão.
Segundo o cardiologista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Ernesto Osterne, pular por longas horas seguidas, comer demais, ficar exposto muitas horas ao sol, ingerir muitas bebidas alcoólicas e esquecer das horas de sono necessárias são alguns dos fatores que podem sobrecarregar a saúde cardíaca. Fora isso, o consumo de energéticos pode atrapalhar o bom funcionamento do coração, causando, em especial, a fibrilação atrial, sendo um tipo de arritmia cardíaca que torna os batimentos acelerados.
“É necessário adotar alguns cuidados para evitar esse tipo de problema, principalmente se a pessoa for sedentária e estiver com preparo físico inadequado. Todo esforço físico eleva o ritmo dos batimentos cardíacos, pois o coração precisa bombear mais sangue para atender ao maior consumo de oxigênio do organismo e dos pulmões. A elevação abrupta da pulsação e acima de determinados limites, principalmente se a pessoa não estiver bem condicionada, pode provocar parada cardiorrespiratória ou um infarto do miocárdio, com alto risco de morte”, alerta o médico.
O cardiologista conta ainda que é comum se empolgar com as festividades, mas vale lembrar que atividades físicas intensas como pular, dançar e até mesmo correr podem ser arriscadas se a pessoa não faz check-up, podendo induzir arritmias, desmaios e hipertensão, especialmente para aqueles que já têm alguma condição cardíaca.
Álcool e estimulantes podem fazer mal ao coração, principalmente se tomados juntos. Os energéticos em excesso são ricos em cafeína e taurina, e por reduzir a sensação de embriaguez fazem com que muitos acabem bebendo mais do que deveriam. Aproveite, mas sem exagerar. O calor extremo também pode causar problemas respiratórios e no coração, devido à desidratação, estresse térmico e vasodilatação, aumentando o esforço do coração. Pode também exacerbar as condições respiratórias e comprometer a qualidade do ar, elevando o risco de problemas pulmonares.
É necessário relembrar a importância de andar com uma garrafinha de água na mão ou na bolsa. Além disso, não esqueça de colocar roupas leves e arejadas, principalmente em ambientes mais fechados, tais como os salões.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
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