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Daniel Novais

Carboidrato não é mais o vilão das dietas, aponta nutricionista

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Foto/Imagem: Pixabay


O pão francês, há muito anos, é o queridinho do brasileiro, presença cativa no café da manhã da maior parte das casas. De uns tempos para cá, ele vem disputando lugar com os pães integrais, pães de forma e tapiocas por aquelas pessoas que estão em busca de perder uns quilinhos. Os carboidratos, de modo geral, costumam ser apontados como vilões da dieta. Mas pesquisas recentes mostram que isso é um grande engano, pois o nutriente pode fazer parte de um cardápio saudável sem prejudicar a perda de peso. O consumo de carboidrato à noite pode até diminuir a fome durante o dia, ajudando na perda de peso.

O arroz, por exemplo, é fonte de magnésio, mineral essencial para controlar o metabolismo do cálcio no organismo entre outras funções. Já a batata fornece vitamina A imprescindível para a saúde dos olhos. Segundo o nutricionista Daniel Novais o grande segredo está na personalização desse consumo. “Não é preciso zerar o consumo do carboidrato para ter uma dieta eficaz. O que é necessário é que esse consumo seja adaptado para o objetivo da pessoa, levando em consideração seu gasto de calorias diários, atividade física, entre outros fatores”, explica.

O especialista ressalta que foi criado um mito sobre os carboidratos, em especial sobre o pão francês. “Gosto de valorizar a cultura do brasileiro nas dietas dos meus pacientes e o pão francês é muito característico da nossa sociedade. E tem mais, ele leva basicamente quatro ingredientes: farinha de trigo, sal, água ou leite e fermentos, enquanto o pão de forma por exemplo, leva aditivos como conservantes, emulsificantes e estabilizantes que tornam o alimento ultraprocessados. Nem sempre a opção menos calórica é a mais saudável”, afirma.

Integrais X refinados

Qualquer tipo de carboidrato consumido será convertido em açúcar, no final de sua digestão, o que irá gerar a liberação de um hormônio chamado insulina. A insulina tem a função de recolher esse açúcar, convertendo-o em energia para as atividades necessárias, e estocando-o como gordura quando não for totalmente utilizado.

Os cereais refinados, também conhecidos como carboidratos brancos, passam por um processo em que perdem grande parte do seu teor de fibras, vitaminas e minerais. Com a retirada desses nutrientes, este alimento será digerido muito mais rapidamente, e assim, convertido em uma maior quantidade de açúcar.

Já os carboidratos integrais, por serem formados por moléculas maiores e possuírem uma maior quantidade de fibras que os refinados, são digeridos de forma mais lenta. Isso reduzirá a quantidade de açúcar liberada na corrente sanguínea, diminuindo a chance deste nutriente ser estocado como gordura. “Há uma grande diferença nas propriedades nutricionais dos carboidratos integrais e refinados, pois os integrais são mais ricos em fibras, o que retarda o esvaziamento gástrico e promove maior saciedade. Além disso, os alimentos integrais são bem mais interessantes para quem tem problemas com a regulação intestinal. Independente do tipo do carboidrato escolhido, ele deve ser consumido com moderação, de acordo com o estilo de vida de cada pessoa”, explica o nutricionista.

Cinco motivos para não abandonar o carboidrato

1- Pão é um alimento fonte de carboidrato, nutriente que garante energia e disposição para realizar as tarefas do dia a dia;

2- Alimentos ricos em carboidrato promovem a formação de serotonina, um neurotransmissor responsável pelo humor e sensação de bem-estar.

3- Quando consumido antes da prática de atividade física, fornece energia rápida para o exercício;

4- O consumo após a atividade física, ajuda a repor os estoques de energia, favorece a recuperação muscular e evita a fadiga muscular;

5- Dietas restritas em carboidratos têm impacto prejudicial na função vascular e na circulação, por isso o equilíbrio no consumo de carboidratos é favorável para saúde cardiovascular.

Xô, Aedes!

Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue

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Combate à dengue GDF
Foto/Imagem: Freepik

O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.

“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.

O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.

Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.

Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.

Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.

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Estoque crítico

A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue

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estoque Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Divulgação/Hemocentro

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.

“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.

A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.

O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.

Como funciona a senha preferencial

A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

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