Hospital Universitário de Brasília
Câncer de pênis: pesquisa busca voluntários para testar tratamento
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) seleciona voluntários em cinco estados e no Distrito Federal para testar um novo tratamento para câncer de pênis. Os participantes devem ter diagnóstico da doença em estágio avançado ou com metástase.
O estudo vai associar o uso de imunoterapia com a quimioterapia. O medicamento em análise já é utilizado para tratamento de outros tipos de câncer, com aplicação na veia. A proposta é melhorar os resultados, com redução do tumor e aumento da sobrevida do paciente.
O protocolo contra o câncer de pênis que utiliza apenas a quimioterapia, de acordo com o hospital, não apresentou grandes avanços nas últimas décadas. “Por isso a urgência em buscar um tratamento mais eficaz para pacientes em estágio avançado da doença”, destacou o HUB.
Além do hospital universitário, o estudo é realizado em outros oito centros de pesquisa localizados no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Belém, em Fortaleza, em Jaú (SP), em Curitiba e em Barretos (SP). A meta é recrutar 33 voluntários em todo o país.
Requisitos
Para ser voluntário, é preciso atender os seguintes requisitos: doença avançada ou metastática, sem exposição prévia a quimioterapia; ou progressão da doença após 12 meses do término da quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante.
Quem cumpre esses critérios e tem interesse em participar da pesquisa deve entrar em contato por meio do e-mail pesquisaclinica.hub@ebserh.gov.br ou pelo telefone (61) 3255-8920.
Câncer de pênis
De acordo com o HUB, o câncer de pênis é considerado um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos. O tumor representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem a população masculina.
Os principais sintomas incluem alteração na pele, inchaço e nódulo na região da virilha. Cuidados com a higiene íntima, cirurgia de fimose e prevenção ao HPV podem ajudar a prevenir a doença.
“A falta de informação sobre a doença prejudica o diagnóstico precoce. Quando diagnosticada em estágio inicial, as chances de cura são elevadas, mas muitos pacientes demoram a procurar ajuda”, alerta o hospital.

Dr. Ricardo Ferreira
Doença de Chagas: como ela afeta a saúde do coração e pode até matar

A Doença de Chagas é uma doença parasitária, causada pelo Trypanosoma cruzi, normalmente transmitida pelas fezes contaminadas do inseto conhecido como barbeiro ou pela ingestão de alimentos contaminados. Estima-se, segundo dados do Instituto Carlos Chagas, que haja atualmente perto de 1 milhão de pessoas com a doença no Brasil. E 6 milhões em toda a América Latina, com 14 mil mortes por ano, na região.
E quais são os riscos para essa população? De acordo com o cardiologista e especialista em arritmias cardíacas, Dr. Ricardo Ferreira, a Doença de Chagas é uma das principais causas da arritmia, que, em uma definição simples, é a alteração de ritmo nos batimentos do coração. “Apesar de existirem arritmias benignas, esse não é o caso daquelas causadas pela Doença de Chagas. Normalmente, as arritmias relacionadas ao Chagas representam danos sérios ao coração e podem levar à morte súbita. Por isso, é tão importante o diagnóstico e, claro, o acompanhamento médico”, explica.
Ainda de acordo com o Instituto Carlos Chagas, menos de 10% das pessoas com a doença são diagnosticadas nas Américas, e menos de 1% recebem o tratamento antiparasitário – medicamentos eficazes na fase aguda e início da fase crônica, que podem impedir o avanço para casos mais graves.
O Dr. Ricardo Ferreira orienta atenção aos sintomas na fase aguda da doença como febre, dor de cabeça, gânglios linfáticos aumentados, erupções na pele, náuseas e dificuldade para respirar. O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, para identificação do parasita.
Com a evolução dos casos, os sintomas cardíacos estão relacionados a dois tipos de alterações: danos na musculatura do coração e danos na parte elétrica. No primeiro tipo, os pacientes podem ter sintomas de insuficiência cardíaca como tontura, cansaço, falta de ar, desmaios, acúmulo de água nos pulmões e inchaço nas pernas, a depender da gravidade. Já os danos elétricos é que estão relacionados às arritmias cardíacas, podendo impactar a qualidade de vida e levar à morte súbita.
Os tratamentos também irão depender do tipo de acometimento do órgão, variando desde de um acompanhamento clínico regular, sem necessidade de medicamentos ou intervenções, até implantes de marcapassos ou outros dispositivos. Alguns exemplos são os ressincronizadores e cardiomoduladores, que melhoram a qualidade e a eficiência da contração do coração, e os cardiodesfibriladores, para prevenção de morte súbita. Segundo o Dr. Ricardo são “a investigação e o acompanhamento médico que ajudarão a entender cada caso, para a garantia do melhor tratamento”.
Em 2024
Meningite: casos caem 14% no Distrito Federal com aumento da vacinação

O Distrito Federal registrou 333 casos suspeitos de meningite em 2024, sendo 92 confirmados. Isso representa uma redução de 14% em relação a 2023, quando houve 254 notificações e 107 confirmações da doença entre residentes da capital. Apesar da queda, os dados reforçam a importância da vacinação, já que a meningite é amplamente evitável por meio da imunização.
Segundo o Informativo Epidemiológico de 2024, há uma tendência histórica de redução da doença nos últimos 15 anos, tanto no número de casos quanto na letalidade. Das ocorrências registradas neste ano no DF, 52% foram causadas por bactérias, 30% por vírus, 7% por outras etiologias (principalmente fúngicas) e, em 11% dos casos, a causa não foi identificada.
A cobertura vacinal também apresentou avanço. Foram aplicadas 30,9 mil doses em 2024, contra 30,3 mil no ano anterior — um aumento de 1,78%. Em 2023, a cobertura alcançou 86%, enquanto em 2024 chegou a 95,3%.
A médica Anna Paula Bise Viegas, responsável técnica pela área de meningites na Gerência de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde (SES-DF), reforça o papel central da vacinação: “A meningite é uma enfermidade grave, com risco de sequelas e potencialmente fatal. Boa parte da diminuição no número de casos que vemos hoje se deve às vacinas. Manter a caderneta de vacinação atualizada é a principal estratégia para evitar as meningites”.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2024 foram notificados mais de 356 mil casos suspeitos da doença no Brasil, com mais de 234 mil confirmações. A maioria dos casos é de origem viral ou bacteriana, e a principal forma de transmissão ocorre por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta, como saliva, tosse e espirros.
Sintomas
A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, vômitos, confusão mental, sensibilidade à luz, convulsões, rigidez na nuca e erupções na pele. Em crianças menores de dois anos, também são comuns febre, sonolência e choro persistente.
Tratamento
O tratamento depende do tipo e da gravidade da infecção. Nos casos bacterianos, o uso de antibióticos é essencial. Ainda assim, a prevenção segue sendo a principal arma contra a doença.
A vacina contra a meningite C está disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) desde 2010 para crianças de até um ano. Em 2017, o público-alvo foi ampliado para incluir adolescentes de 11 a 14 anos.
Em 2020, ocorreu a substituição da vacina meningocócica C para meningocócica ACWY, para os adolescentes de 11 e 12 anos. Atualmente, a ACWY está disponível para meninos e meninas de 11 a 14 anos no Calendário Nacional de Vacinação.
Atendimento
A porta de entrada para o atendimento na saúde pública do Distrito Federal são as unidades básicas de saúde (UBSs). Lá, os profissionais realizam o encaminhamento para outras unidades, como hospitais e policlínicas, caso haja necessidade. As vacinas contra a doença também estão disponíveis nas salas de vacinação espalhadas pela capital.
-
Taguatinga
Alameda Shopping celebra Páscoa com feira temática e programação especial
-
Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite
-
Acesso livre
Brasília 65 anos: tudo sobre a programação, transporte e segurança
-
Painel de Monitoramento das Arboviroses
Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025
-
#VacinaBrasil
Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo
-
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil
-
Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal
-
Nesta segunda (21)
Menos é Mais e outros artistas fecham shows dos 65 anos de Brasília