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Dr. Fabrício Morais Salgado

Câncer de mama: médico esclarece mitos e verdades sobre a mamografia

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mitos e verdades sobre a mamografia
Foto/Imagem: Freepik


O câncer de mama corresponde a 10,5% dos casos da doença no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde. Por isso, investir na prevenção e detecção é essencial no combate e tratamento do câncer, uma vez que o diagnóstico precoce é crucial.

Para auxiliar as pacientes no esclarecimento das dúvidas sobre a mamografia, a GE HealthCare, empresa líder global em tecnologia médica, diagnóstico farmacêutico e soluções digitais, reuniu explicações do Dr. Fabrício Morais Salgado, Líder de Gestão em Saúde da GE HealthCare para América Latina, sobre os mitos e verdades do procedimento.

Prótese de silicone pode atrapalhar a mamografia?

VERDADE – “A mamografia para mulheres com prótese pode ser realizada normalmente. Contudo, alguns cuidados devem ser tomados no momento do exame para que se obtenha resultados mais precisos, e para evitar qualquer dano à prótese. É importante que o exame seja feito em local confiável, por profissionais qualificados e com ajustes adequados dos equipamentos. O aparelho de mamografia deve ser ajustado para exercer menor pressão sobre as mamas, para evitar expor as pacientes ao risco de ruptura da prótese”, explica Dr. Fabrício.

Homens também podem fazer mamografia?

VERDADE – “Embora o câncer de mama seja muito mais comum entre mulheres, os homens também possuem glândulas mamárias e tecido mamário (embora em pouca quantidade) que podem apresentar a doença. Em geral, o principal sintoma do câncer de mama em homens é a presença de nódulo palpável na mama ou na axila. Outros sintomas que podem ocorrer são alterações da pele ou do mamilo e saída de secreção pelo mamilo. Para o diagnóstico, os homens também devem fazer o exame de mamografia e o exame é feito da mesma forma que é realizado nas mulheres”, comenta o médico.

A mamografia deve ser feita por todas as mulheres a partir dos 50 anos?

VERDADE – “O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento bianual a partir dos 50 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) sugerem a antecipação da idade mínima para 40 anos. O benefício de adiantar é a possibilidade de encontrar um câncer de mama no início, permitindo um tratamento menos agressivo e com maior chance de cura”, compartilha Salgado.

Eu não tenho nódulos nas mamas e mesmo assim tenho que fazer mamografia?

VERDADE – “Nas mamografias podem encontrar-se pequenos nódulos com tamanho de 1 milímetro até 3 anos antes de você poder senti-los. Os tumores pequenos, em estágio inicial, são tratáveis e o diagnóstico precoce tem chance de até 95% de cura”, explica o médico.

Mamografia, por ser um exame de raio X, pode fazer mal para a saúde?

MITO – “A mamografia funciona com baixa emissão de raios X. Atualmente, sabe-se que a radiação acumulada pode prejudicar a saúde a longo prazo. Mas isso não significa que a mamografia seja perigosa. É seguro realizar a mamografia, seguindo recomendações médicas, porque a dose de radiação envolvida é bem baixa. E a radiação, se utilizada de forma controlada e correta, não vai causar danos à saúde”, esclarece Dr. Fabrício.

Lactantes não podem fazer mamografia?

MITO – “Se a lactante apresentar algum sintoma ou alteração em exame que torne necessária a mamografia, não há problema em realizá-la. Entende-se que a mamografia é segura, não causando danos ou prejuízos à paciente ou à lactação. Por outro lado, as mamas ficam mais densas nessa fase, o que pode prejudicar a avaliação de alguns tipos de lesão. Como a sensibilidade do exame fica menor, não é recomendada a realização de mamografia de rotina ou de prevenção durante a lactação”, afirma Salgado.

O autoexame das mamas substitui a mamografia?

MITO – “O autoexame é um complemento à mamografia, que é capaz de detectar precocemente lesões muito pequenas ou pré-malignas, aumentando as chances de cura para cerca de 95%. Mulheres com menos de 40 anos não têm indicação de exames de mamografia de rotina, exceto se tiverem famílias com alto risco de tumores hereditários. Sendo assim, conhecer as mamas é fundamental e o médico, que é a pessoa mais indicada para fazer essa apalpação, poderá ser consultado em caso de dúvida”, reforça Dr. Fabrício.

Mamografia pode ter efeitos colaterais?

MITO – “Depois que o exame é realizado, a paciente não deve ter qualquer tipo de efeito colateral. As mulheres que estiverem com as mamas mais sensíveis podem sentir um incômodo maior, mas não há efeito colateral associado à mamografia”, finaliza.

Atualizado em 25/10/2023 – 08:27.

Cada gota faz a diferença

Novembro Roxo alerta para a importância do leite materno na prematuridade

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bancos de leite humano
Foto/Imagem: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

A campanha Novembro Roxo conscientiza a população acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo. A campanha tem a finalidade de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado tanto para o bebê, família, sociedade e também para a equipe de saúde.

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, a cor também significa transmutação e mudança. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado bebê prematuro aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação. Subdivide-se a classificação em prematuros extremos, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas e correm mais risco de vida.

Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço. Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 15 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) e mais 51 leitos na Maternidade, sendo dez deles destinados às gestantes de alto risco, além de contar com um Banco de Leite Humano (BLH) e uma equipe multidisciplinar para prestar toda a assistência a este bebê prematuro e sua família desde seu nascimento.

Essencial para o desenvolvimento da criança, o leite materno é um aliado importantíssimo para a vida dos recém-nascidos, principalmente os prematuros, tendo em vista que em alguns casos, eles ainda não podem ter contato com a mãe para mamar.

“Cada gota consumida faz a diferença na vida deste bebezinho prematuro. Por isso, todos os dias passamos visitando e conversando com as mães, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite. Nesse processo, bem informal, é possível identificar aquelas mães que apresentam dificuldade e prestamos um auxílio”, afirma a chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos Faria.

Segundo ela, as doações são essenciais, pois a prioridade são os bebês prematuros. “Temos uma média de 600 bebês receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques”, explica. Em outubro, o BLH do HRSM conseguiu coletar um total de 206,19 litros de leite, ficando atrás do mês de setembro, quando foram arrecadados 214,28 litros. As doações são sempre necessárias.

Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite Humano do HRSM ou se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4.

Atualizado em 21/11/2024 – 10:56.

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Câncer de próstata

Exame de toque retal não pode ser substituído por PSA, diz patologista

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exame toque retal cãncer de próstata
Foto/Imagem: Freepik

A medição da concentração do antígeno prostático específico total (PSA), do inglês Prostate Specific Antigen, é mais um aliado na saúde masculina, mas não substitui o exame digital retal, que continua sendo o mais importante recurso adotado pelos médicos urologistas para o diagnóstico do câncer de próstata, mesma nas fases mais precoces da doença.

O médico patologista clínico e professor titular de Clínica Médica e Medicina Laboratorial da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML), Dr. Adagmar Andriolo, esclarece que exames laboratoriais, como a medida do PSA total, com os cálculos da relação PSA livre sobre Total e do PHI (do inglês Prostate Health Index) e outros marcadores, devem ser entendidos como recursos complementares.

“Em relação ao exame digital e a medida do PSA, um não exclui o outro, portanto, os dois recursos devem ser realizados inicialmente, até mesmo para detectar, precocemente, a presença de câncer. Diante de uma suspeita clínica obtida pela história e/ou pelo exame digital e/ou pelo valor de PSA elevado, são realizados os exames de imagem, como a ressonância magnética e, somente, por fim, o de anatomia patológica ( biópsia), que auxilia na confirmação ou exclusão do diagnóstico”, explica.

Para a suspeita e posterior diagnóstico do câncer da próstata, vários aspectos devem ser considerados e, por essa razão, a consulta com o urologista se faz muito necessária. Dentre esses aspectos, ressaltam-se a idade do paciente, seu histórico pessoal e familiar, características anatômicas da glândula, dentre outros.

“Indivíduos com mais de 50 anos de idade possuem maior risco de desenvolverem esse tipo de câncer, assim como aqueles com história familiar na qual parentes de primeiro grau tenham tido câncer de próstata antes dos 50 anos (ainda que, do ponto de vista legal, parentes de primeiro grau sejam apenas pais e filhos, para essa avaliação, devem ser incluídos irmãos e tios paternos). Para esses indivíduos, está indicada uma avaliação mais precoce (antes dos 50 anos), que inclui, ao menos, o exame digital (toque) e medida do PSA total. Entendemos que há resistência das pessoas e muitos preferem fazer apenas o PSA, mas essa não é a recomendação médica, uma vez que, como em todos os exames laboratoriais, existe a possibilidade de resultados falso positivos e falso negativos”, detalha o professor Adagmar Andriolo.

Diante de evidências de tumor, o exame digital retal também é usado para direcionar a biópsia, caso necessário, com a finalidade de reduzir o risco de resultado falso negativo. O médico lembra que o exame de próstata não precisa, obrigatoriamente, ser anual, podendo ser realizado mais espaçadamente, a critério do urologista, baseado no risco individual.

“A idade de 50 anos para o primeiro exame digital retal e eventual medida da concentração do PSA é apenas para pessoas sem parentes próximos com câncer. Se a pessoa teve um irmão que apresentou o tumor antes dos 45 anos, o ideal é que ele comece a investigar também nessa mesma idade ou até um pouco antes. A mesma conduta deve ser aplicada ao indivíduos afrodescendentes, nos quais a ocorrência deste tipo de câncer é maior e , em geral, mais precoce” diz.

Alguns anos atrás, discutiu-se muito a validade da realização do exame de PSA como triagem populacional, chegando a ser contraindicado por entidades científicas internacionais. “Essa decisão se baseou no fato de que muitos pacientes eram encaminhados para realizar biópsia a partir de níveis alterados de PSA e os resultados eram negativo. para a presença de câncer. A supressão total de medida do PSA, no entanto, fez com que um grande número de pacientes fosse diagnosticado apenas em fases mais avançadas da doença, quando o tratamento é menos efetivo. A partir dessa constatação, as recomendações foram revistas e, no momento, o exame de PSA deve ser solicitado após avaliação adequada do risco do indivíduo e conscientização a respeito de suas limitações. Diante de alteração, faz-se exame de imagem e a biópsia é o último recurso na maioria dos casos”, explica Dr. Andriolo.

Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma associação de direito privado para fins não econômicos, fundada em 31 de Maio de 1944. Tem como finalidade congregar médicos, portadores do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e de outras especialidades, regularmente inscritos nos seus respectivos Conselhos Regionais de Medicina, e pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estejam ligados à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, e estimular sempre o engrandecimento da especialidade dentro dos padrões ético-científicos.

Entre associados estão médicos patologistas clínicos e de outras especialidades (como farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio). Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios. Ao longo das últimas décadas a SBPC/ML tem promovido o aperfeiçoamento científico em Medicina Laboratorial, buscando a melhoria contínua dos processos, evolução da ciência, tecnologia e da regulação do setor, com o objetivo principal de qualificar de forma permanente a assistência à saúde do brasileiro.

A SBPC/ML completou 80 anos em 2024. Além de fomentar o desenvolvimento contínuo da ciência, tecnologia e regulação no setor, a SBPC/ML lançou seu novo portal de notícias para aprimorar a comunicação com associados e a população, e está atualizando regularmente o Lab Tests Online, plataforma que oferece informações sobre exames laboratoriais, visando qualificar a assistência à saúde.

Atualizado em 20/11/2024 – 14:46.

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